O enxofre é encontrado em mais de 150 compostos diferentes dentro do corpo humano. Há componentes de enxofre em praticamente todos os tipos de célula, por isso ele é extremamente importante.
Em um estudo feito por Rod Benjamin, o diretor de desenvolvimento técnico para Bergstrom Nutrition, foi dado a tomar a pessoas saudáveis MSM, mas em doses diferentes (um grama, dois gramas e três gramas).
Os Investigadores queriam saber se o MSM era um bom “fornecedor” de Enxofre para o organismo, e para isso mediram a saída de sulfatos através da urina.
Eles não só descobriram que o MSM estava fornecendo Enxofre ao organismo, mas uma coisa espantosa estava acontecendo – quanto maior a dose de MSM, menos sulfatos saíam na urina.
O que eles concluíram foi que o MSM ” é muito mais complexo do que apenas um simples doador de enxofre. É uma compartimentação do enxofre e do metabolismo de enxofre dentro do corpo. Isto sugere que o MSM está, na verdade, permitindo um melhor metabolismo, uma melhor incorporação do enxofre em todo o corpo. Não é apenas um simples doador de enxofre “.
Nobel de Medicina diz: “Cura de doenças não é lucrativa para a indústria farmacêutica”
O premio nóbel de medicina britânico, Richard J. Roberts, denunciou a indústria farmacêutica por sobrepor os seus benefícios económicos à da saúde das pessoas, detendo o avanço científico da cura de enfermidades, porque curar não é rentável.
“Os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos pela indústria farmacêutica, que, em contrário, desenvolve drogas cronificadoras que são consumidas de forma serializada”, disse Roberts em uma entrevista para a revista PijamaSurf.“Algumas drogas que poderiam curar a doença não são investigadas.”
“Alguns fármacos que poderiam curar definitivamente não são investigados. Até que ponto é válido que a industria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, os quais chegam a se parecer muito com a mafia”, pergunta-se o nobel da Medicina de 1993.
O Cientista e Investigador acusa a indústria farmacêutica de se esquecer de servir as pessoas e estar preocupada apenas com a rentabilidade económica. “É comprovado como, em alguns casos, os pesquisadores dependentes de fundos privados poderiam ter descoberto medicamentos muito eficazes que poderiam ter acabado completamente com uma doença “, explicou.
“A Industria Farmacêutica não está tão interessada em cura-lo a si, como em sacar-lhe dinheiro”
Acrescenta que as empresas param de investigar, porque “eles não estão tão interessados em curá-los, como em sacar-lhes dinheiro, assim a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que cronificam a doença e fazem experimentar uma melhoria que desaparece quando você parar de tomar a droga. “
Diante disso, diz que é comum para a indústria estar interessada em áreas de pesquisa, não para encontrar a cura de certas doenças, mas “apenas para cronificar doenças com drogas cronificadoras muitos mais rentáveis do que os que curam completamente e de uma vez por todas “.
Quanto aos motivos de porque os políticos não intervêm, Roberts argumenta que “em nosso sistema, os políticos são meros empregados ‘dos grandes capitais’, que investem o necessário para que sejam eleitos os seus protegidos, e se não forem, eles compram aqueles que foram escolhidos”.
Vocês Sabiam que no ano de 1931 um cientista recebeu o prémio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DO CANCRO? Foi este Sr., Otto Heinrich Warburg (1883-1970) que ganhou o Prêmio Nobel em 1931 por sua tese “A causa primária e a prevenção do cancro”. Segundo este cientista, o cancro é a consequência de uma alimentação antifisiológica e um estilo de vida antifisiológico. Mas Por que? Porque uma alimentação antifisiológica – dieta baseada em alimentos acidificantes + sedentarismo, cria em nosso organismo um ambiente de ACIDEZ. A ACIDEZ por sua vez, EXPULSA o OXIGÉNIO das células.
Ele afirmou: “A falta de oxigénio e a acidez são as duas caras de uma mesma moeda: quando você tem um, você tem o outro. Ou seja, se você tem excesso de acidez, então automaticamente falta oxigênio em seu organismo!E levando em consideração as ultimas descobertas no que refere se ao genoma humano que identificou certas anomalias no genes que desencadeiam a geração de células cancerosas essa pesquisa do doutor Warburg tem sua relevância pois,Doutor Mercola diz “nossos genes carregam a arma das nossas doenças ,porem nossa alimentação e estilo de vida é que vai puxar o gatilho”. O doutor Warburg afirmava que “Privar uma célula de 35% de seu ooxigéniodurante 48 horas, pode convertê-la em cancerígena.”Ainda segundo Warburg: “Todas as células normais tem como requisito absoluto o ooxigénio porém as células cancerosas podem viver sem oxigénio – uma regra sem excepção. E também: “Os tecidos cancerosos são tecidos ácidos, enquanto que os saudáveis são tecidos alcalinos.” Em sua obra “O metabolismo dos tumores”, Warburg demonstrou que todas as formas de cancro se caracterizam por duas condições básicas: a acidose (acidez do sangue) e a hipoxia (falta de oxigénio). Também descobriu que as células cancerosas são anaeróbias (não respiram o oxigénio e NÃO PODEM sobreviver na presença de altos níveis de oxigénio; em troca, sobrevivem graças a GLICOSE, sempre que o ambiente está livre de oxigénio…
Portanto, o cancro não seria nada mais que um mecanismo de defesa que tem certas células do organismo para continuar com vida num ambiente ácido e carente de oxigénio por isso alguns tratamentos complementares como o do doutor Max Gerson contra o cancro tinha uma quantidade significativa de bons resultados pois a base do protocolo do doutor Max era oxigenar o organismo através de uma dieta de alimentação que estimula a alcalinidade do organismo e retirada de vários alimentos que acidificavam o organismo e a retirada de açucares refinados que no fim das contas acabavam gerando mais glicose no organismo que juntamente com o organismo debilitado e acido alimentavam as células cancerosas. O Doutor George w. Crile, de Cleverand, um dos cirurgiões mais importantes do mundo declara abertamente: “Todas as mortes mal chamadas “naturais”, não são mais que o ponto terminal de uma saturação de ácidos no organismo.” Como dito anteriormente, é totalmente impossível que um cancro prolifere numa pessoa que libera seu corpo da acidez, nutrindo-se com alimentos (o que chamamos de nutracéuticos) que produzam reações metabólicas alcalinas e aumentando o consumo de água de boa qualidade e que, por sua vez, evita os alimentos que produzem acidez, e se abstém de elementos tóxicos.
Em geral o cancro não se contrai nem se herda, o que se herda são os costumes alimentícios, ambientais e o estilo de vida. Isto sim é que produz o cancro.
Agora reflita, porque em irmãos gémeos, muitas vezes um morrerá em decorrência do cancro e outro por outra causa?
Ora, se a genética de ambos é a mesma, o que realmente influenciou sua vida foi de fato a Epigenética e não só a genética. Como o próprio nome já diz, esta ciência estuda a interferência do meio ambiente sobre a genética, explicando o motivo pelo qual as alterações acontecem. Para as pessoas que não conheciam esta palavra, e mesmo médicos que não estão familiarizados, saibam que este é o assunto dentro da medicina mais pesquisado em todo mundo na atualidade!
Mencken escreveu: “A luta da vida é contra a retenção de ácido”. “O envelhecimento, a falta de energia, o stress, as dores de cabeça, enfermidades do coração, alergias, eczemas, urticária, asma, cálculos renais e arterioscleroses entre outros, não são nada mais que a acumulação de ácidos.”
O Dr. Theodore A. Baroody disse em seu livro “Alkalize or Die” (Alcalinizar ou Morrer): “Na realidade não importa os diversos nomes de enfermidades. O que importa sim é que todas elas provém da mesma causa básica: muito lixo ácido no corpo!” O Dr. Robert O. Young disse: “O excesso de acidificação no organismo é a causa de todas as enfermidades degenerativas. Quando se rompe o equilíbrio e o organismo começa a produzir e armazenar mais acidez e lixo tóxico do que pode eliminar, então se manifestam diversas doenças.”
“Que teu alimento seja teu remédio, que teu remédio seja teu alimento.” Hipócrates (pai da medicina moderna).
A sua saúde está nas suas mãos, use-a com sabedoria.
O organismo humano é algo extraordinário. Mesmo alguém que não tenha estudado em profundidade o nosso corpo, consegue perceber o quão fantásticos são todos os mecanismos que permitem o equilíbrio e funcionamento dos nossos órgãos, que nos possibilitam viver.
Por exemplo, todos os fenómenos que induzem o parto e até mesmo a conceção e criação de uma vida são um dos exemplos claros que nos mostram que o nosso corpo é algo inteligente.
Mas por vezes esquecemo-nos disso.
Se pensarmos no corpo de uma mulher, conseguimos perceber que ao mínimo desequilíbrio, tudo deixa de funcionar corretamente.
Cerca de noventa por cento das mulheres sofrem problemas de tiróide, seja hiper ou hipotiroidismo. Como é a tiróide que regula todas as hormonas que atuam no nosso corpo, um pequeno desequilíbrio na mesma pode levar a graves consequências, como excesso de peso, deformação do corpo, alterações a nível do ciclo menstrual, etc.
É por causa disto que muitas mulheres ganham ou perdem peso facilmente e que não têm um ciclo menstrual regular.
E como é que podemos resolver todos estes desequilíbrios?
Dando ao corpo aquilo que ele necessita.
E os ómegas são cruciais para a manutenção do equilíbrio do ser humano, e principalmente do organismo feminino.
E o óleo de Krill é rico nesses ómegas, sendo que é muito mais potente que o óleo de peixe e que os óleos vegetais, pois os ómegas do óleo de Krill estão na forma ativa, ou seja, na forma em que o organismo os utiliza, enquanto os ómegas do óleo de peixe têm que ser convertidos pelo nosso organismo na forma ativa.
Para além disso, não existe o risco de contaminação por metais pesados e poluição, pois o krill é um ser vivo que não sobrevive em ambientes poluídos.
E quais são os benefícios dos ómegas no corpo da mulher?
Aliviam as dores menstruais, pois relaxam as paredes uterinas, facilitando a passagem do fluxo.
Para além disso, ao atuarem na tiróide, equilibram-na e regularizam o ciclo menstrual.
Ao regularizarem a ação da tiróide também vão levar a um equilíbrio no peso corporal, podendo levar à diminuição do peso, e à acentuação as formas femininas.
Por isso, todas as mulheres deveriam ingerir ómegas, pois estes não são produzidos pelo organismo, e para além de ajudarem na parte hormonal, também vão atuar na pele, no cabelo e no sistema cardiovascular.
Outra função do óleo de krill e dos seus poderosíssimos ómegas é o facto de acabar com inflamações e consequentemente acabar com a celulite. É normal o corpo da mulher ter celulite, mas o que não é normal é ter a chamada “pele casca de laranja”. Esse tipo de pele não é nada mais, nada menos, do que a inflamação dos tecidos. Por isso, ao tomar o óleo de krill, as mulheres poderão finalmente eliminar o problema da “pele casca de laranja” na raiz do problema.
Por isso, como podem ver, o óleo de krill só traz benefícios para o corpo feminino.
Todas as doenças têm algo em comum – a intoxicação do organismo
“A natureza de todas as doenças é a mesma. Creio que a sua manifestação sob tantas formas distintas se deve à grande diversidade das partes em que o mal está situado. Efectivamente, a sua essência é uma só: tal como a causa que as produz.” Hipócrates
O nosso organismo é extremamente inteligente; é a organização mais perfeita que conheço, onde cada célula, apesar de funções diferentes, tem o mesmo objectivo: o bem estar do Todo.
Todas as ações do nosso organismo seguem uma única meta – o equilíbrio. Muitas vezes não lhe garantimos as condições para que o faça, e é neste momento que surgem as ditas doenças – sinais de que algo não está bem.
A poluição, a forma de lidar com as situações que nos acontecem no dia-a-dia (stress), e até a comida que ingerimos (por conter pesticidas, conservantes, etc.), ou mesmo as vacinas (que contêm venenos perigosos tal como alumínio, mercúrio) entre outros factores, podem ser elementos que podem levar á doença; mas é necessário que hajam certas condições para que esta se instale.
Num organismo que funcione na perfeição, não se pode instalar a enfermidade.
Estimulando o Poder curativo de cada Organismo
“É preciso tratar-se o homem globalmente, nas suas dimensões física e psíquica, orgânica e espiritual, e não a pedaços isolados do seu ser, pois a diagnósticos fragmentados apenas corresponderão tratamentos fragmentados.” Christopher Vasey
A medicina alopática tem como base o tratamento do sintoma, mas isso não vai eliminar a causa do problema.
Como Christopher Vasey refere, no seu livro COMPREENDER AS DOENÇAS GRAVES, “as enfermidades são manifestações distintas de um mesmo e único transtorno. Esse denominador comum, esse mal profundo de onde saem todos os outros males, está sedeado no meio humoral que também se designa por terreno. O terrenoé o conjunto de células e líquidos (ou humores) nos quais se encontra mergulhado: o sangue, a linfa, o líquido cefaloraquidiano, etc. Os líquidos intra e extra celulares representam 70% do peso do corpo. A sua importância é capital, posto que constituem o meio ambiente das nossas células.”
Num organismo inteligente, o que é necessário fazer é ajudar a que ele mesmo se cure, e a medicina natural não faz mais do que copiar os procedimentos curativos accionados pelo próprio organismo, tal como Hipócrates refere, “a medicina é a arte de imitar os procedimentos curativos da natureza.”
Christopher Vasey afirma que, “um remédio não tem capacidade para curar as doenças de uma pessoa morta. Faltam-lhe as forças vitais orgânicas que poderão estimular, orientar e manter”.
A força vital do organismo “é a força de coesão e de acção mais poderosa que existe. No entanto, é invisível; só o raciocínio pode concebê-Ia” Hipócrates
O que fazer para ajudar o organismo a retomar o Equilíbrio?
“As doenças não aparecem subitamente; são o resultado de um longo processo” Christopher Vasey
O primeiro objectivo da terapêutica natural é então a desintoxicação do terreno.
Quando o terreno se encontra sobrecarregado de toxinas, também os órgãos estão congestionados e o sangue impuro. Os tecidos estão envenenados e as células asfixiadas pelos resíduos. Neste ponto existe apenas uma solução lógica para devolver ao corpo a sua saúde: limpá-lo.
Como Limpar o nosso organismo?
“O corpo está doente na sua totalidade. Nenhuma enfermidade permanece estritamente confinada num só órgão”. Alexis Carrel
Uma das formas muito utilizadas para fazer a limpeza do organismo é a estimulação das vias excretoras. Através de métodos específicos, são abertos os canais que dão passagem aos resíduos para o exterior, nomeadamente, através do fígado, dos intestinos, dos rins, da pele e das vias respiratórias.
Alguns métodos utilizados para a estimulação das vias excretoras são os jejuns, as mono dietas, os banhos hipertérmicos, as limpezas linfáticas, alguns exercícios físicos, plantas medicinais, sudação, reflexologia, entre outras.
Todos os métodos são viáveis, mas, para limpar o organismo em profundidade, temos que ter em conta que a grande massa de resíduos encontra-se incrustada nas profundezas dos tecidos. Portanto, é necessário extraí-la, para que os refugos possam ser conduzidos ao sangue e, em seguida, aos canais excretores. Para proceder ao desalojamento das toxinas que impregnam os tecidos, é conveniente recorrer a métodos diferentes dos que se utilizam para estimular as vias excretoras.
Porquê a Limpeza do organismo através do fígado?
O fígado, além de estar implicado no metabolismo de proteínas e gorduras, decompor a hemoglobina dos glóbulos vermelhos, armazenar sais minerais, e de ser um reservatório de sangue, é um grande agente de desintoxicação.
Ele desempenha um papel chave em todas as funções vitais. Não só filtra e elimina os resíduos, como neutraliza e destrói os venenos e as toxinas, as substâncias cancerígenas e os micróbios.
O bom funcionamento de todo o organismo depende do bom funcionamento do fígado.
Quando o terreno está intoxicado, o fígado é o primeiro órgão a ser subcarregado, podendo colocar em questão as suas funções.
Como fazer a limpeza do organismo através do fígado?
A contaminação do organismo foi-se produzindo ao longo de anos, e para que se possam eliminar as toxinas que estão alojadas mais profundamente, é necessário um programa que se prolongue pelo menos até 5 semanas.
Primeiramente é necessária a eliminação de resíduos que se acumularam no próprio órgão, facilitando assim a depuração do sangue, para que se possam depois eliminar os outros resíduos que irão se desincrustar á medida que o organismo fica mais limpo.
A limpeza do organismo através do fígado é feita com os Sais de Epson.
Os Sais de Epson são diretamente extraídos nas termas de Epson, em Inglaterra. Muito conhecidas pelas suas propriedades curativas, deram a conhecer as propriedades do Sulfato de magnésio e os seus benefícios para o nosso organismo.
Em que consiste a Limpeza do Organismo através do Fígado?
A Limpeza do Organismo através do Fígado consiste de 5 sessões de limpeza que devem ser feitas com um intervalo de 7 dias. Se começar a limpeza num Sábado, a próxima limpeza se iniciará no Sábado seguinte.
Faça a limpeza num dia que esteja em casa, em descanso. Não omita nenhum dos ingredientes.
Composto por Elisabete Milheiro
Fontes:
Christopher Vasey, COMPREENDER AS DOENÇAS GRAVES, Editora Estampa
Marcia Starck MANUAL COMPLETO DE MEDICINA NATURAL, Editora Estampa
Indústria farmacêutica expande diagnósticos e inventa novas doenças
– Existe um número muito maior de pessoas saudáveis do que de pessoas doentes no mundo e é importante, para a indústria farmacêutica, fazer com que as pessoas que são totalmente saudáveis pensem que são doentes. Existem muitas maneiras de se fazer isso. Uma delas é mudar o padrão do que se caracteriza como doença. Outra é criar novas doenças.
Parece teoria conspiratória. Mas a declaração da médica e professora Adriane Fugh-Berman é baseada em anos de pesquisa a respeito das práticas da indústria farmacêutica e da facilidade com que ela manipula os médicos, usados não apenas para vender remédios, mas também para promover doenças. No momento, ela está pesquisando algo que descobriu faz pouco tempo. Representantes de fabricantes de material cirúrgico muitas vezes são vistos dentro de salas de operação “ajudando” os cirurgiões. “Que relacionamento é esse?”, quer saber a pesquisadora.
Adriane Fugh-Berman é formada pela escola de medicina da Universidade Georgetown com especialização em medicina familiar. Militou em uma organização voltada à saúde da mulher e ouviu muitas más respostas de médicos, há duas décadas, quando reclamava que não existiam estudos comprovando a necessidade de tratamentos hormonais para mulheres na menopausa. Existia, isso sim, risco — como mais tarde ficou comprovado. O tratamento hormonal aumentou em muito os casos de cancro de mama e a prática mudou. Antes disso, ela ouviu muitas críticas em conferências e seminários médicos.
Quando embarcou no estudo e no programa de educação a respeito da relação dos médicos com a indústria farmacêutica, ela esperava uma reação ainda pior. Professora adjunta do Departamento de Farmacologia e Fisiologia da Georgetown, ela recebeu uma verba para estruturar o programa voltado para a educação dos médicos e para expor as práticas de marketing da indústria, os métodos que ela emprega para influenciar a prescrição de medicamentos. Tarefa espinhosa.
Filha de um casal ativo nos anos sessenta, nos protestos contra a guerra do Vietname, a médica e professora Adriane Fugh-Berman abraçou a oportunidade e criou um blog bem sucedido, com informações e denúncias de gente que trabalhou na indústria farmacêutica e aprendeu as técnicas empregadas para conquistar e influenciar os médicos. Nos últimos dez anos, ela viu resultados do trabalho nos Estados Unidos. Mas alerta que a indústria farmacêutica vê o Brasil, a China e a Índia como os principais mercados para a expansão da venda de remédios.
Fugh-Berman escreveu vários artigos mostrando que a indústria seleciona profissionais ainda em formação, nos chamados Cursos de Educação Continuada (CME). Vendedores bem preparados identificam possíveis formadores de opinião nos centros médicos das universidades: médicos, enfermeiros e assistentes. Eles são paparicados.
Recebem presentes, atenção, são convidados para jantar. Depois de uma checagem, são escolhidos os que poderão falar em nome da indústria e servir aos propósitos mercadológicos. Enquanto falam o que a indústria quer ouvir e divulgam, no setor, a visão das empresas, continuam recebendo todos os privilégios. Assim, as farmacêuticas vão comprando acesso aos profissionais que podem prescrever e promover remédios.
Viomundo – Como, quando e por que você lançou o blog Pharmedout, da Universidade Georgetown, do qual é diretora?
AFB – Originalmente, fomos financiados com dinheiro de uma punição. A Warner Lambert, que era uma subsidiária da Pfizer, foi processada pelos 50 estados americanos mais o Distrito de Columbia por causa da propaganda de um composto que aqui nos EUA se chama Gabapentin.
É um remédio para convulsões, para epilepsia, que estava sendo vendido e promovido como sendo um remédio para depressão e bipolaridade, dor muscular, tudo…
Houve um acordo na justiça a respeito da propaganda ilegal desse remédio. [Nota do Viomundo: Em 2004, a Pfizer foi obrigada a pagar US$ 430 milhões pela propaganda fraudulenta do remédio, vendido com o nome de Neurontin].
Os procuradores estaduais decidiram usar parte do [dinheiro do] acordo para financiar esforços de educação de médicos e do público a respeito das propagandas da indústria farmacêutica. Acho que eles financiaram 26 centros médicos universitários para criar modelos educativos.
Nós recebemos financiamento por dois anos e tivemos melhores resultados do que os outros projetos e somos o único projeto que continua sobrevivendo. Ao menos dos que não existiam antes disso. Existem uns dois que já funcionavam antes.
Eu venho de um ativismo na área de saúde. Trabalhei com um grupo chamado Rede de Saúde da Mulher que não recebe dinheiro algum da indústria e já tinha experiência com essa história de tentar promover mudança social sem ter orçamento…
Produzimos vídeos com gente que trabalhou na indústria, escrevemos análises de artigos acadêmicos, divulgamos material educacional na internet e não recebemos mais dinheiro desde 2008.
Viomundo – Como estão sobrevivendo?
AFB – Estamos sobrevivendo de doações individuais e organizamos uma conferência todo ano. Pedimos algum dinheiro para a escola e cobramos uma taxa de inscrição, apesar de deixarmos todo o mundo que não tem dinheiro entrar de graça porque tem muitos estudantes e eles não pagam nada, por exemplo.
Levantamos um pouquinho de dinheiro com a conferência e algumas doações da escola. Por exemplo, a verba para estudar a relação entre cirurgiões e representantes dos fabricantes de material cirúrgico que ficam dentro da sala de operações ajudando os cirurgiões e ninguém sabe nada a respeito dessas relações e como começaram.
Ganhamos um dinheiro do departamento de filosofia da Georgetown para essa pesquisa. Mas a maior parte da nossa verba vem de contribuições individuais. Temos apenas um funcionário remunerado. Eu não ganho nada do projeto e temos voluntários. Quando o dinheiro acabou, em 2008, ninguém saiu. Todo mundo ficou no projeto. E continuaram fazendo trabalho voluntário nos últimos cinco anos.
Viomundo – Num dos seus artigos você diz que a indústria farmacêutica promove doenças e não apenas a venda de remédios. Você pode explicar e dar exemplos do que está falando?
AFB – Existe um número maior de pessoas saudáveis do que de pessoas doentes no mundo e é importante para a indústria fazer com que as pessoas que são totalmente saudáveis pensem que são doentes. Existem muitas maneiras de se fazer isso.
Uma delas é mudar o padrão do que caracteriza uma doença. Essa é uma área muito vasta e interessante. O padrão para diagnóstico de pressão alta e diabetes e colesterol alto caiu ao longo dos anos.
Viomundo – Para incluir mais gente nessas categorias de doentes?
AFB – Exatamente. Quando eu estava na escola de medicina, uma pressão de 12 por 8 era considerada perfeita. Era o alvo. E agora é considerada pré-hipertensão.
Viomundo – Como aconteceu essa mudança?
AFB – Existem comités que fazem as recomendações para essas mudanças e eles estão cheios de gente que recebe dinheiro das grandes empresas farmacêuticas.
Por exemplo, o Programa Nacional de Educação sobre o Colesterol é supostamente independente e assessora o governo a respeito da maneira de administrar o colesterol.
O comitê que decidiu reduzir as metas tinha uma única pessoa com menos de três conflitos de interesse com os fabricantes de remédios de colesterol. Não sei nem se era zero, mas menos de três!
Obviamente, qualquer pessoa tomando decisões a respeito de remédios para um hospital ou um país não deve ter nenhum conflito de interesse com nenhum fabricante de remédios.
Outra forma de fazer com que pessoas saudáveis pensem que são doentes é expandir a categoria da doença ou até mesmo criar doenças.
Por exemplo, restless leg syndrome (síndrome da perna que não para). É uma doença real, neurológica, raríssima.
Mas foi redefinida de forma que se você está agitado durante a noite, pode ser diagnosticado com essa doença.
Outro exemplo é a doença da ansiedade social. É bom notar que a psiquiatria é a profissão mais suscetível a diagnósticos questionáveis porque todos os diagnósticos são subjetivos.
Dependem muito da cultura e não existe nenhuma prova, nenhum exame para comprovar a existência da doença. Por isso é um alvo.
Uma das categorias que talvez tenha sido criada é essa doença da ansiedade social que antes chamávamos de vergonha.
Outra que foi criada é osteopenia, ou baixa massa óssea, que agora é considerada precursora da osteoporose e a osteoporose é apenas um fator de risco. Não é uma doença, é uma indicação de risco para quedas e fratura de ossos.
Então a osteoporose é um fator de risco para um fator de risco de uma doença. E a osteopenia é um fator de risco para um fator de risco para um fator de risco.
Viomundo – E eu aposto que existe um remédio para isso…
AFB – Claro. E os remédios mais usados podem aumentar o risco de fraturas se forem tomados por mais de cinco anos!
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) também seria um exemplo de algo que provavelmente existe, mas agora qualquer criança que não se comporta na sala de aula é diagnosticada com TDAH e medicada.
Outra coisa que foi inventada é TDAH em adultos. Antes só existia em crianças. Agora também existe em adultos e assim podem continuar tomando remédios o resto da vida.
Existe também um esforço para classificar o vício em nicotina como uma doença porque as empresas que vendem produtos para ajudar a parar de fumar… as empresas de seguro de saúde só cobrem os gastos com esses produtos por dois meses porque eles devem te ajudar a parar de fumar. Depois de dois meses você parou de fumar e pronto.
Mas existe um movimento das empresas que fabricam esses produtos para classificar esse vício como uma doença para que os seguros cubram o custo do uso desses produtos pelo resto da vida.
Assim, eles tentam provar para os fumantes que eles não podem parar e que é melhor substituir o cigarro por um desses produtos. Talvez seja melhor mesmo usar um substituto da nicotina do que fumar, mas quem está tomando essa decisão são as empresas farmacêuticas que usam formadores de opinião na comunidade médica. E essas decisões não são baseadas em Ciência.
São tomadas apenas porque empresas biomédicas poderosas garantem que as opiniões que são favoráveis a elas calem as opiniões contrárias.
Metade das pessoas que consegue eliminar o cigarro com sucesso simplesmente param de fumar. E a indústria farmacêutica odeia isso. Quer fazer com que as pessoas acreditem que necessitam da ajuda dela. E que não podem parar sozinhas ou talvez não possam nunca parar.
É um recado horrível não somente para os consumidores, mas para os profissionais de saúde dizer: “Seus pacientes não conseguem parar de fumar”. Porque isso é o que você tenta primeiro. Se isso não funcionar, então usa um substituto. Mas alguns desses produtos também têm efeitos adversos.
Viomundo – Você diria que no fim do dia o dinheiro é a causa de todos esses problemas? A ganância?
AFB – Acho que o mais importante é separar a indústria farmacêutica da educação, da regulamentação e das decisões a respeito de que remédios e tratamentos devem ser cobertos.
Não se pode permitir que a indústria se envolva com a educação, que influencie a regulamentação e participe dos comités que decidem que remédios são cobertos.
Eles podem apresentar argumentos e, se tiverem informações, podem apresentar para o comité. Mas as pessoas que participam desses comités não podem ter conflitos de interesse.
E uma das armadilhas é o seguinte conceito: “Eu não tenho conflito de interesses com essas empresas em particular”. Se estou avaliando um remédio, talvez eu tenha uma relação com a empresa B, mas estamos avaliando um produto da empresa A. Então não é um conflito de interesse.
Isso é uma tremenda armadilha por vários motivos. Um deles é que promover um remédio é muito mais do que divulgar os benefícios daquela droga. Pode ser também divulgar informações negativas a respeito de outros remédios. Divulgar informações negativas a respeito de dietas e exercícios. E não está mencionando o remédio da empresa com a qual tem relações.
O que muita gente não sabe e é muito importante é que a promoção de um remédio às vezes começa dez anos antes dele chegar ao mercado. Essa droga pode nem ter sido testada em humanos ainda, mas a empresa já está tentando plantar a semente na cabeça dos médicos de que a doença é um grande problema, que não é brincadeira.
“TDAH destrói vidas. Síndrome da ansiedade social destrói vidas. É uma epidemia trágica. Muito mais séria e abrangente do que você pensa”.
Isso começa anos antes. Pessoas são pagas para falar sobre isso. Quando a droga chega ao mercado você diz “graças a Deus surgiu um remédio para essa doença incurável da qual ouço falar há anos!”.
Viomundo – Por que a população em geral e os médicos, em particular, caem nessa armadilha tão facilmente e com tanta frequência?
AFB – Olha, é mais difícil enganar a população do que os médicos. É muito fácil enganar os médicos. Por vários motivos. Ao menos nos EUA, os médicos, em geral, vêm das classes mais altas da sociedade. Nunca venderam nada. Não têm vendedores na família. Não têm familiaridade com técnica de vendas.
Às vezes conversamos com estudantes que têm vendedores na família e eles identificam claramente as técnicas de vendas. Os médicos não reconhecem. Não apenas vêm das classes mais altas, mas também são ingênuos.
Aparentemente, nos Estados Unidos, e não sei se isso se aplica também ao Brasil, os médicos são mais suscetíveis a golpes financeiros. Eles são inteligentes. São muito bons nas provas de múltipla escolha. Mas não têm esperteza. São crédulos. Para mim foi muito interessante descobrir isso.
Viomundo – Isso não é apenas uma maneira de desculpá-los facilmente? Eles não deveriam ter mais responsabilidade sobre o que estão fazendo?
AFB – Mas eles não são expostos… Ok, nós fazemos uma apresentação chamada “Porque o almoço é importante” e trabalhamos nela com muito cuidado. Usamos psicologia social para ajudar os médicos a perceber esses truques. Uma das coisas que fizemos na apresentação foi, numa das primeiras vezes que a testamos, espalhei pessoas na plateia para anotar os comentários que os médicos faziam. Pegamos os comentários mais comuns e transformamos em slides. Depois usamos esses slides com outras plateias e teve um efeito impressionante.
Um deles, por exemplo, dizia: “Você está errado, os representantes das indústrias farmacêuticas são meus amigos!” ou “eu sou muito inteligente para ser comprado por uma fatia de pizza e você está sugerindo isso!”
Pusemos esses comentários nos slides e depois explicamos porque estavam errados. Os médicos ficaram chocados. Realmente chocados! Porque mostramos o que estavam pensando. Foi muito eficaz.
As pessoas saíram das nossas apresentações jurando que jamais receberiam um representante da indústria novamente. Nunca iriam a um jantar pago pela indústria novamente. Ninguém gosta de ser enganado e quando você descobre que está sendo enganado você fica com raiva. E eles não estavam com raiva de nós e sim dos fabricantes de remédios.
A grande maioria dos médicos quer fazer o melhor para os seus pacientes. Existem alguns que fazem qualquer coisa por dinheiro. Mas eles são a minoria. A maioria quer fazer o melhor para os pacientes. Mas eles não se dão conta de que as fontes das informações que recebem são contaminadas, que estão sendo manipulados pela indústria de diversas maneiras.
Que a indústria controla a informação sobre remédios apresentados em encontros médicos, em publicações médicas, em toda fonte de informação da qual eles dependem. E não gostam quando descobrem isso.
Viomundo – Como é possível mudar tudo isso se a indústria controla a pesquisa e o desenvolvimento de novos remédios, os testes em humanos, tem um dos maiores lobbies no Congresso e assim controla as leis escritas a respeito dela. Como escapar dessa situação?
AFB – Acho que é preciso promover mudanças em várias frentes. Algumas coisas mudaram um bocado, nos EUA, nos últimos cinco a dez anos. Ainda existe muito a fazer, mas acho que boa parte é expor os problemas.
Trabalhos como o da ProPublica divulgando na internet os pagamentos para médicos, de forma simples e acessível. A divulgação obrigatória [do que os médicos recebem da indústria] é importante. Mas não é suficiente.
Algumas mudanças tem que vir da profissão médica mesmo. Ela tem que recusar a relação com a indústria em nível individual ou no nível das sociedades médicas que aceitam dinheiro da indústria. As sociedades médicas têm que parar de receber dinheiro.
Os médicos têm que recusar presentes e temos que tirar todas as pessoas que tenham qualquer conflito de interesse com a indústria farmacêutica dos órgãos decisórios sobre riscos e benefícios de remédios.
Tem que haver reformas legislativas também. Você mencionou a pesquisa, que é muito importante. Nos EUA, há 30 anos, o Instituto Nacional de Saúde financiava 70% de todas as pesquisas biomédicas. Agora, é a indústria que financia 70% das pesquisas biomédicas. Isso é um problema.
Precisamos de mais financiamento do governo. Testes financiados pelo governo às vezes descobrem que remédios antigos são melhores do que os novos. A indústria nunca vai financiar esse tipo de estudo. A indústria financia vários estudos e só publica aqueles dos quais gosta, o que faz sentido de um ponto de vista de negócios.
Viomundo – Sim. Mas não faz o menor sentido para a minha saúde.
AFB – Exato. Existe um movimento internacional para obrigar as empresas a divulgarem as informações de testes em humanos. Se não publicarem, têm que disponibilizar os dados para que outros pesquisadores possam publicá-los, o que é ótimo!
Isso vem do ativismo da comunidade da saúde. Mas algo tem que ser feito pela comunidade médica. Quando vamos à comunidade médica com nossas apresentações, quando lhes explicamos, em geral reagem bem.
Eles vão eliminar essas relações se acharem que são más para os pacientes. Então, parte da solução é a educação e também divulgação obrigatória, exposição, legislação, regulamentação… são várias frentes.
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