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Dr. Arnoldo Velloso da Costa

Do livro MAGNÉSIO: O QUE ELE PODE FAZER POR VOCÊ

História do Magnésio

Fundamentos da Evolução Biológica

Na evolução do planeta Terra, cuja idade é de aproximadamente 4,6 bilhões de anos, houve gradativamente um processo de resfriamento em que foram surgindo elementos de peso atômico baixo, como o hidrogênio e o hélio. O planeta estratificou-se em uma crosta sólida e um núcleo constituído por ferro e níquel. O manto, que faz parte da crosta terrestre, tem composição semelhante ao mineral olivina, que é um silicato de ferro e magnésio.

Inicialmente em altas temperaturas, o planeta não tinha água em estado líquido; após o resfriamento, contudo, houve água suficiente
para a formação progressiva dos oceanos. Desde esse estado primitivo, o fenômeno do vulcanismo contribuiu para criar uma atmosfera cujos componentes eram: vapor d’água, metano, dióxido de carbono, monóxido de carbono e nitrogênio (derivado dos nitritos) e, finalmente, o gás sulfídrico, originário dos sulfuretos. 

A atmosfera secundária tinha propriedades químicas mais redutoras que oxidantes, sendo o ponto de partida para as primeiras formas
de vida surgidas há cerca de 3,5 bilhões de anos, fase precedida por uma evolução química estimada em 500 milhões de anos. 

Evolução química

Gradativamente, todas as moléculas necessárias à construção dos organismos se constituíram a partir de compostos inorgânicos que, à custa de reações químicas, agruparam-se sob a forma de aminoácidos e nucleotídios, blocos formadores da proteína. Esta é a pedra angular da matéria prima constituinte de todos os seres vivos.

Fosfatos inorgânicos ou orgânicos, que constituem reserva de energia química, foram se organizando em formas cada vez mais complexas, por meio do processo de formação de moléculas de maior peso molecular, a polimerização.

As fontes de energia disponíveis nesta fase da evolução do planeta, o raio e o trovão, provavelmente foram fontes iniciais para a síntese de compostos orgânicos a partir da matéria prima dos gases da atmosfera primitiva. Uma bem sucedida experiência, realizada há mais de quatro décadas, revelou a possibilidade de síntese de aldeídos, ácidos carboxílicos e aminoácidos a partir da mistura de gases submetida à ação de descargas elétricas. 

 

Evolução Biológica

A partir de gotículas que tinham a capacidade de absorver energia do meio ambiente, forma pré-biótica de atividade, ao longo de 500 milhões de anos foi surgindo progressivamente a capacidade de processamento das moléculas absorvidas sob a forma de um metabolismo elementar e também a possibilidade de reprodução às expensas de um primitivo sistema de transmissão genética.

Provavelmente, as células primitivas eram constituídas de centenas de moléculas básicas, capazes de assegurar a síntese de proteínas e a geração de energia anaeróbia, ou seja, gerada em atmosfera sem oxigênio.

Pesquisas recentes apontam para o papel fundamental do magnésio nesta fase primordial da evolução da vida, em vista de sua abundância na composição da água e sedimento dos oceanos, admitido como o berço das formas primitivas da vida.

Por sinal, o sistema celular tem profunda semelhança com a água do mar, que se parece com o fluido extracelular, rico em cloretos, em oposição ao meio intracelular, rico em fosfatos, magnésio e potássio, que é análogo à composição do sedimento marinho, cujo teor de cloretos é baixo. É ponto pacífico nestas considerações teóricas que o magnésio foi o elemento essencial para catalisar as reações químicas necessárias à lenta evolução das formas pré-bióticas para as formas primitivas de vida. 

Os organismos primitivos unicelulares procarióticos – que são seres vivos desprovidos de núcleo celular – reproduziam-se por divisão simples e, gradativamente, conseguiram reduzir o dióxido de carbono até a glicose – utilizando o gás sulfídrico como fonte de hidrogênio – e liberando o enxofre. Por sua vez, organismos como as cianobactérias convertiam o dióxido de carbono em glicose a partir da água, liberando o oxigênio.

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Dr. Arnoldo Velloso da Costa

 

Do livro MAGNÉSIO: O QUE ELE PODE FAZER POR VOCÊ

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