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Glossário das Doenças

 

 

Rinite alérgica: febre dos fenos e rinite alérgica aperiódica

 

A rinite alérgica é desencadeada por uma reacção excessiva do sistema imunitário. Em presença do alergénio causal, este liberta histamina e diversas outras substâncias químicas. Segue-se uma irritação e uma inflamação da mucosa nasal, dos seios nasais e dos olhos. Na maior parte dos casos, a rinite alérgica surge, geralmente, em indivíduos entre os 10 e os 20 anos de idade, mas os seus sintomas atenuam-se durante as últimas décadas de vida. Com efeito, esta doença pode afectar cerca de 25% dos jovens adultos!

Existem duas categorias de rinites alérgicas:

– A febre dos fenos é uma doença crónica que aparece num período fixo – essencialmente na Primavera – e está relacionada com a floração da planta à qual se é alérgico.

–    A rinite alérgica aperiódica persiste ao longo de todo o ano (contrariamente à febre dos fenos). A pessoa afectada parece estar permanentemente constipada. As crises desencadeiam-se, muitas vezes, ao despertar, mas podem repetir-se várias vezes ao dia.

 

Quais são os sintomas?

–  Irritação do nariz e corrimento.

–  Espirros em sucessão.

–  Mucosidades, obstrução nasal mais ou menos intensa.

–  Tensão dos seios nasais.

–  Hemorragias nasais (em certos casos).

–  Comichão e olhos vermelhos, lacrimejar, olheiras.

–  Alteração do gosto e do olfacto.

–  Comichão no fundo da garganta.

N.B: É geralmente agravada durante as estadias no campo, bem como durante a exposição ao ar livre, enquanto que a chuva – que faz descer o pólen até ao solo – e a clausura em lugares com janelas fechadas atenua os sintomas.

 

Quais são as causas físicas?

–   Hereditariedade afectando a imunidade. (Representa um factor causal bastante importante. O risco é de 30% se um dos pais também sofrer de rinite, e de 60 a 70% se os dois pais sofrerem.)

–  Abuso de descongestionantes nasais.

–  Hipersensibilidade a medicamentos.

–  Distúrbios hormonais associados à gravidez, à pílula contraceptiva e, mais raramente, ao hipotiroidismo.

–  Alergénios mais frequentemente associados à rinite alérgica aperiódica: poeiras, ácaros, poluentes químicos diversos, pêlos dos animais, etc.

–  Alergénios mais correntes na febre dos fenos: gramíneas, árvores e plantas herbáceas.

 

Quais são as causas psicológicas?

–  Congestão emocional.

–  Sensação de perseguição.

–  Culpabilidade.

–  Irritação contra alguém específico ou mais generalizada.

 

Como curar-se mais depressa

Se os produtos vendidos sem receita médica não fizerem efeito, o médico poderá receitar diferentes medicamentos mais eficazes. Estes medicamentos têm por efeito suprimir ou bloquear o processo alérgico, mas é preciso não esquecer que eles contribuem assim para perpetuar a doença! Além disso, são vários os que podem provocar efeitos secundários indesejáveis. Designadamente, na criança, podem desencadear reacções bastante fortes, não devendo, por isso, ser utilizados sem recomendação médica. Daí a importância em experimentar as estratégias seguintes!

 

Os melhores expedientes dos médicos

  • Para evitar a congestão nasal durante o sono, eleve a cabeceira da cama, por forma a reduzir a pressão dos líquidos orgânicos no nariz e assim favorecer uma melhor drenagem do muco.
  • Durante o dia, as medidas que se seguem permitirão liquefazer o muco e respirar melhor:

–  Faça inalações de vapores.

–  Cheire uma cebola.

–  Friccione-se com mentol. Mas cuidado com os olhos!

–  Coma pratos picantes e alho cru.

–  Beba caldos de galinha.

  • Para desobstruir o nariz de um bebé ou de uma criança pequena:

Retire uma parte do muco, utilizando um aspirador nasal. Deposite uma gota de água salina morna em cada uma das narinas, posicionando a criança de maneira a que a gota escorra para o fundo do nariz. Erga a criança logo que a gota penetre no nariz.

 

As melhores plantas

—► Urtiga-maior (Urtica dioica, Urtica urens e outras espécies híbridas)

A urtiga é de uma eficácia espectacular em caso de rinite alérgica.

Utilização: Conforme as necessidades, tome 1 a 2 cápsulas de extracto liofilizado (seco por um processo em que o produto em estado líquido é congelado), de 2 em 2 ou de 4 em 4 horas.

—► Petasite (Petasites hybridus, Petasites officinalis)

A petasite é uma planta de grandes folhas que forma colónias à beira dos riachos. Um estudo realizado em regime de duplo anonimato demonstrou que um extracto específico desta planta (o ZE 339, Zeller AG) é tão eficaz como a cetirizina – um medicamento convencional – para atenuar os espirros, o corrimento nasal, o prurido nasal e ocular, bem como a congestão nasal.

Utilização: Conforme necessário, tome 4 vezes por dia, durante 2 semanas, um extracto (ZE 339, Zeller AG) estandardizado a 8 mg de petasite em comprimido.

—► Fórmula Jie Min Tang

Trata-se de uma decocção específica da farmacopeia chinesa que permite limitar a alergia. Para a obter consulte um especialista de plantas chinesas.

Os melhores suplementos

—►Ovo de codorniz

Existem muitos testemunhos positivos sobre os benefícios dos ovos de codorniz contra a rinite alérgica.

—► Quercetina

A quercetina é um tratamento particularmente interessante em caso de alergias a gatos e de febre dos fenos. Este flavonóide de origem vegetal tem por efeito estabilizar as membranas das células responsáveis pela libertação de histamina (os mastócitos).

Utilização: Tome 400 mg de quercetina, 2 vezes por dia. entre as refeições. Este remédio não tem efeito imediato sobre os sintomas, mas estes poderão diminuir gradualmente com o tempo.

—► Ferro, vitaminas B e C

Em caso de hemorragias nasais frequentes, um suplemento de ferro será indicado para assegurar uma taxa de ferro adequada. Suplementos de vitaminas B e C serão igualmente úteis para reforçar a parede das mucosas nasais.

 

Outra melhor abordagem

Graças à homeopatia, pode-se efectuar uma dessensibilização em profundidade, embora se trate de um trabalho muito complexo que deverá, necessariamente, ser empreendido por um alergologista homeopata. Vejamos o que diz o Dr. Mireille de Feytau, médico alergologista e homeopata, a este respeito:

“A dessensibilização isoterápica revela-se, muitas vezes, bastante eficaz. Actualmente utilizamos os mesmos produtos que nas dessensibilizações clássicas, mas sob a forma de diluições homeopáticas. Verifica-se, portanto, uma verdadeira continuidade entre estas duas abordagens.”

 

As melhores abordagens psicológicas

—► Primeiras medidas importantes:

–   Dado que o stress acentua os problemas de alergia, todas as abordagens que favoreçam o relaxamento serão benéficas.

–   Muito importante também: tente descobrir quais são os principais agentes irritantes psicológicos e encontrar, para eles, soluções criativas.

—► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita uma das afirmações seguintes:

–   Estou em perfeita sintonia com o Universo e a Vida.

–   Digo SIM à vida.

–   Sinto-me em segurança.

—► Experimente igualmente a visualização seguinte

  1. Feche os olhos. Respire profundamente, algumas vezes seguidas (pela boca, se o nariz estiver obstruído).
  2. Visualize-se no seu ambiente habitual, em presença de um ou mais alergénios (sejam físicos ou psicológicos).
  3. Imagine, em seguida, o seu corpo que continua, apesar de tudo, a funcionar bem. Aprecie o seu estado de abertura face ao ambiente que o rodeia. Aceitá-lo tal como é pode proporcionar-lhe grande alívio.
  4. Respire de novo profundamente e abra os olhos.

 

Como prevenir a rinite alérgica?

—► Adopte as medidas alimentares correctas

–   O consumo de cerveja, vinho ou outros tipos de álcool fermentado podem aumentar ligeiramente a congestão nasal. Em contrapartida, os vinhos espirituosos destilados, como whisky ou gin, por exemplo, poderão ser mais bem tolerados.

–   A amamentação ajuda a retardar e a reduzir os sintomas alérgicos. Pode mesmo eliminá-los completamente!

—► Proceda especialmente deste modo para prevenir a febre dos fenos:

–   Evite o campo durante a época das alergias.

–   Mantenha-se dentro de casa, assegurando o arejamento do seu espaço por meio de um sistema de ar condicionado, em vez de abrir as janelas.

–   Se quiser sair de casa, faça-o logo de manhã (antes da evaporação do orvalho), ou depois de chover.

—► Proceda especialmente deste modo para prevenir as rinites alérgicas aperiódicas:

–   Evite o contacto com animais.

–   Mantenha a sua casa bem limpa.

–   Lave frequentemente a roupa de cama, por forma a limitar a proliferação de ácaros. Pode também revestir o colchão com uma cobertura hipo-alergénica e usar almofadas de espuma sintética lavável. Uma vez em cada 3 meses, vaporize um acaricida em aerossol sobre os colchões, tapetes e sofás. Em seguida, areje o espaço a fundo durante várias horas, antes de entrar dentro dele.

–     Para eliminar os ácaros e respectivas larvas dos bonecos de peluche, coloque-os no congelador durante 72 horas. Repita esta operação de 3 em 3 meses.

–     Sempre que possível, evite os poluentes de qualquer tipo: pesticidas, insecticidas, fumo de cigarro, produtos de limpeza cáusticos, formaldeído (uma substância presente em inúmeros materiais, tais como colas de tapeçaria, tapetes sintéticos, tecidos de revestimento, diferentes painéis de aglomerados, etc).

–  Evite as alcatifas, sobretudo no quarto de dormir.

–  Instale um filtro no sistema de aquecimento central e não se esqueça de substituir o filtro de tempos a tempos.

–  Instale um purificador do ar.

–  Mantenha uma taxa de humidade adequada (cerca de 45%). Um ar ambiente demasiado seco torna a mucosa nasal mais sujeita a hemorragias, enquanto que uma taxa de humidade demasiado elevada favorece a proliferação de bolores que podem revelar-se tóxicos.

–  Por vezes, os aspiradores portáteis eliminam por uma extremidade uma parte das poeiras aspiradas pela outra ponta. Para combater este problema, equipe a sua casa com um aspirador central ou adquira um aspirador portátil de muito boa qualidade.

 

Faça ao menos isto:

–  Faça inalação de vapores.

–  Utilize a urtiga-maior.

–  Consulte um alergologista homeopata.

 

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

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