Quando um dos nervos que une a coluna aos membros inferiores fica sob pressão, a dor acontece: é a ciática. Não é uma doença, mas um sintoma de um problema envolvendo o nervo a que foi buscar o nome – o nervo ciático, o mais longo do corpo humano e que desce da coluna vertebral até aos pés, passando pelas nádegas e por cada uma das pernas. É ele que controla a maioria dos músculos dos membros inferiores, conferindo sensibilidade às coxas, pernas e pés.
A ciática ocorre quando este nervo é sujeito a pressão, geralmente na região lombar (a parte inferior da coluna).
A importância do Magnésio para os músculos e nervos
O primeiro proeminente pesquisador a investigar e a promover os efeitos do magnésio foi um cirurgião francês, Professor Pierre Delbet MD. Gradualmente o Prof Delbet descobriu que o magnésio era benéfico para uma ampla gama de doenças. Estes incluíram tremores e cãibras musculares.
Padre. Benno J. Shorr (padre jesuíta, Professor de Física, Química e Biologia do Colégio Catarinense / Sta. Catarina) também afirma que “Quem sofre de nervo ciático pode se curar de forma perfeita, indolor, fácil e barata. E tem, ao mesmo tempo, a cura de todas as doenças causadas pela carência de magnésio no passado. O meu caso, de quase paralítico, como referência. Aos 55 anos de idade, sentia estranho peso na perna direita. Aos 65 anos, virou dor intratável. Aos 69 anos formigava toda a perna ao ficar em pé (sentado, não). Então atinei ser bico de papagaio, já visível aos 55 anos, que calcificara e apertava o nervo que descia à perna. Fugia da dor sentando e, na cama, enrolado como um gato. Ouvi de um especialista: -Isso já não é um bico, mas sim um bando de papagaios! Todas as vértebras estão calcificadas, curvando a espinha. Não tem cura?. Angustiado, apelei instantaneamente ao bom Deus para dar um -jeitinho-… Pouco depois, o padre Suarez mostrou-me no livro do padre Puig o uso do magnésio…”
Relembramos que os resultados que partilhamos no nosso site são acerca do cloreto de magnésio P.A. em sais. Porquê Cloreto de magnésio P.A.? Porque daqui se extrai todas as formas de magnésio que o organismo humano usa nas infinitas ações químicas e biológicas. Outra forma não vai repor o equilíbrio, mas somente restaurar uma carência específica.
Também chamado de sistema neurovegetativo, ele se encarrega de toda atividade não-consciente do indivíduo. As funções orgânicas (circulação sanguínea, digestão, respiração etc.), mas também psicológicas, emotivas e de defesa (arrepio, vómito, enrubescimento da face, instinto de fuga ou de agressividade etc.), dependem dele. Enquanto o sistema nervoso central está relacionado aos músculos estriados, ele comanda, por sua vez, os músculos lisos. Ele compreende o sistema parassimpático e o sistema simpático. O sistema parassimpático é responsável por tudo o que diz respeito à atividade de rotina do organismo, como as funções orgânicas; enquanto o sistema simpático é responsável pelas atividades de excitação, de defesa e de urgência, como a agressividade, a fuga. O sistema neurovegetativo é gerado pelo hipotálamo e pelo bolbo raquidiano.
Os males do sistema nervoso autónomo
Os desequilíbrios do sistema neurovegetativo exprimem a nossa dificuldade para ouvir o Consciente e o Não-Consciente dentro de nós. Eles nos dizem que o nosso Não-Consciente tem dificuldade para gerar solicitações que vêm do mundo exterior e, em particular, as emoções. Acontece então um fenómeno de saturação do sistema central consciente, que não consegue mais dirigir a nossa atividade física, pois o sistema neurovegetativo toma o comando. Ele nos “obriga” a fazer ou a não poder fazer um certo número de gestos, de atos, ou nos impede de ter acesso a alguns níveis de consciência ou de memória. Todas as manifestações da “famosa” espasmofilia, como os tremores, os tiques ditos “nervosos”, as náuseas, as enxaquecas, as cãibras, as crises de tetania muscular, são expressões dessa dificuldade interior para dominar e para responder corretamente às solicitações do mundo exterior.
Do Livro Diga-me onde dói e eu te direi por quê de Michael Odoul
A determinação sérica do magnésio não se correlaciona com a reserva corporal total do elemento, podendo ocorrer hipomagnesemia, quando o conteúdo celular do cátion é normal, ou depleção celular sem a queda dos valores séricos. Se o quadro clínico for sugestivo do distúrbio e o valor do magnésio no soro normal, necessitamos da medida do conteúdo eritrocitário e a excreção urinária de 24h do elemento.
As causas e os mecanismos de produção da hipomagnesemia são mostrados no Quadro 3.
Na cetoacidose diabética, grandes quantidades de magnésio são perdidas na urina na fase de poliúria e acidose. A concentração do Mg ++ segue habitualmente o mesmo padrão do K +: encontra-se usualmente elevada antes do tratamento (pode chegar a 9,3 mEq/I) e cai rapidamente durante a insulino-terapia e hidratação (pode chegar a níveis de até 0,5mEq/I).
No alcoolismo é frequente o aparecimento de hipomagnesemia, na presença ou ausência de cirrose ou delirium tremens. O álcool favorece a excreção renal de magnésio, são frequentes as perdas gastrintestinais por vômitos e diarréia e alguns alcoólatras apresentam perda renal e intestinal do elemento pelo hiperaldosteronismo secundário (cirrose).
Quando um paciente toma diuréticos, costumamos prescrever suplementos de K +, porém nos esquecemos do Mg ++. Muitas arritmias induzidas pelo digitálico e com K + sérico normal são provocadas pelo déficit de Mg ++.
No hiperparatireoidismo e na moléstia osteolítica maligna, encontramos a associação de hipercalcemia e hipomagnesemia. Alguns destes pacientes apresentam reflexos hiperativos, tremores e convulsões, que são abolidas com a administração do sulfato de magnésio.
Manifestações clínicas. A sintomatologia costuma aparecer com concentrações séricas inferiores a 1mEq/I, porém muitos pacientes são assintomáticos mesmo nesses níveis tão baixos.
A hipomagnesemia leva à hiperexcitabilidade neuromuscular, às vezes acompanhada de distúrbios do comportamento. Digno de nota é o aparecimento de tetania clinicamente impossível de distinguir daquela causada pela hipocalcemia, exceto que ela somente reverte ao normal com a administração de magnésio. É também frequente o aparecimento de convulsões generalizadas ou focais, ataxia, vertigem, fraqueza muscular, tremores, depressão, irritabilidade e comportamento psicótico. Todos esses distúrbios são revertidos com a administração do elemento em falta. Os sinais e sintomas da hipomagnesemia são mostrados no Quadro 4. A depleção de magnésio aumenta a perda renal de potássio, a enzima Na++-K+ -ATPase, a qual depende do magnésio, é inibida pelos digitálicos e a depleção de magnésio aumenta a concentração de digoxina no miocárdio. Assim, a hipomagnesemia e os digitálicos possuem efeitos aditivos, provocando a perda de potássio do músculo cardíaco e, como resultado, ela pode precipitar arritmias cardíacas, particularmente nos indivíduos digitalizados. Essas arritmias caracterizam-se pela refratariedade parcial ou total ao tratamento usual, respondendo, entretanto, à administração de magnésio.
Alguns autores não acreditam que a hipomagnesemia possa provocar arritmias no paciente digitalizado.
As alterações eletrocardiográficas, quais sejam, depressão do segmento ST com achatamento ou inversão da onda T, também são reversíveis com a administração do cátion.
A hipomagnesemia constitui-se em fator de risco para a aterosclerose e retinopatia diabética. Existem dados que suportam a hipótese de que a deficiência de magnésio está associada com a morte súbita na moléstia isquêmica do coração por produzir espasmo de coronária. A hipomagnesemia induz à supressão da glândula paratireóide, com consequente diminuição dos níveis circulantes de PTH.
Quadro 3 – Causas e mecanismos da hipomagnesemia _________________________________________________________________________
A – Redistribuição compartimental
Glicose e aminoácidos intravenosos
Realimentação de desnutrido
Correção da acidose em insuficiência renal
Cetoacidose diabética tratada
Pancreatite aguda
Pós-paratireoidectomia
B – Perda gastrintestinal
Diarréia – Vômito
Sucção nasogástrica prolongada
Fístula biliar ou intestinal
Enterite regional
Síndrome de má absorção
Ressecção intestinal extensa
C – Perda Renal
Diuréticos
Diurese osmótica ou salina
Hiperaldosteronismo primário e secundário
Excesso de álcool etílico ou carboidrato
Hipopotassemia
Hipercalcemia
Hipertireoidismo
Nefropatia por aminoglicosídeos, glomerulonefrite, pielonefrite, hidronefrose, acidose tubular renal, nefropatia tubulointersticial familial com hipopotassemia
Transplante renal
D – Outras
Sudorese profusa
Queimadura extensa
Líquido de diálise sem magnésio
Lactação excessiva
Hiperparatireoidismo
Moléstia osteolítica malígna
Alcoolismo ( perda gastrintestinal, renal e desnutrição )
Quadro 4 – Sinais e sintomas da hipomagnesemia _________________________________________________________________________
A – Sistema nervoso central
Confusão, irritabilidade, delírio, alucinações, psicose, rebaixamento do nível de consciência
B – Neuromuscular
Tetania (sinal de Chvostek, sinal de Trousseau, espasmo carpo-podal, convulsões generalizadas ou focais, hiperreflexia e clônus, fasciculação muscular, tremores, fraqueza muscular, dificuldade nos movimentos finos, insônia, nistagmo, ataxia, vertigem, disartria, movimentos musculares involuntários atetóides ou coreiformes de extremidades.
C – Cardíacos
Taquicardia sinusal ou nodal,extra-sístoles ventriculares ou atriais, precipitação de arritmias principalmente na presença de digitálico
Eletrocardiograma: depressão do segmento ST e achatamento ou inversão de onda T.
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