A voz do silêncio
É no “Dharana” – a intensa e perfeita concentração da mente em algum objecto interno, acompanhada de uma completa abstracção de todas as coisas que pertençam ao Universo exterior ou ao mundo dos errantes sentidos, que tornam a Alma tão desvalida quanto o barco que o vento arrasta sobre as ondas, que cavalgamos a “AVE DA VIDA”
Tornando-nos indiferentes aos objectos da percepção, devemos ir em busca do “Produtor de Pensamentos”, aquele que desperta a ilusão:
A Mente, a grande destruidora do real
– Quando para si mesmo a sua própria forma lhe parecer irreal, tal como formas vistas em sonhos;
Quando deixar de ouvir os muitos, poderá discernir o UM.
O som interno mata o externo.
Então, e só então abandonará o falso, para entrar no verdadeiro.
– Antes que a Alma possa ver, deve ser conseguida a Harmonia interior, e os olhos físicos tornados cegos a toda a ilusão.
– Antes que a Alma possa ouvir, o homem deve tornar-se tão surdo aos rugidos como aos murmúrios, aos bramidos dos enfurecidos elefantes como ao argênteo zumbir do pirilampo de ouro.
– Antes que a Alma possa compreender e recordar, deve unir-se ao Falador do Silêncio,tal como a forma em que é moldada a argila, está primeiro unida à mente do ceramista
Porque então a Alma ouvirá e recordará
E ao ouvido interno falará
A VOZ DO SILÊNCIO
E dirá:
Se a tua Alma sorri ao banhar-se na Luz do Sol da tua Vida
Se a tua Alma canta dentro da sua crisálida de carne e de matéria,
Estás percorrendo o caminho de forma sábia, pois,
Sábio é o que não se demora nos deleitosos recanto dos sentidos
Sábio é o que não dá ouvidos às maléficas vozes da ilusão
ENTÃO, PERCORRERÁS A SENDA
ENQUANTO NÃO TE TORNARES A PRÓPRIA SENDA
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