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Alterações nos órgãos uro-genitais

Os órgãos uro-genitais femininos compreendem o aparelho urinário e o aparelho genital. Com o avançar da idade, as paredes da vagina vão ficando mais magras, secas, menos elásticas e mais vulneráveis a infecções. Estas mudanças podem tornar incómodas ou dolorosas as relações sexuais.

Após 4 ou 5 anos do último período menstrual,  há uma maior probabilidade de aumento de infecções das áreas vaginais e urinárias. Se os sintomas como a dor e a necessidade frequente de urinar ocorrerem, deve consultar o seu médico.

As infecções são facilmente tratadas com antibióticos, mas tendem a ocorrer periodicamente.

Para ajudar a prevenir estas infecções, urine antes e depois das relações sexuais; também não deve manter a bexiga cheia por períodos longos, deve beber bastantes líquidos e deve manter a sua área genital limpa.

O simples duche não é considerado um bom preventivo de infecção.

Vamos ver, agora, com maior detalhe as complicações uro-genitais mais associadas ao período da menopausa e os órgãos mais vulneráveis a inflamações: a vulva, a vagina, o útero, os ovários, a bexiga e a uretra.

Já lhe falei das perturbações ligadas ao aparelho reprodutor (os quistos ováricos, os miomas do útero, etc.) mas chamo novamente o útero para esta nossa conversa, porque uma das complicações uro-genitias envolvem este órgão. Trata-se do prolapso útero-vaginal.

 

Prolapso útero-vaginal

É uma descida dos órgãos genitais que envolve o útero e as paredes vaginais, com uma alteração da posição da bexiga e do recto.

O prolapso tem consequências directas no nosso dia-a-dia causando:

– incontinência urinária

– leucorreia

– dificuldades na micção: no esvaziamento total da bexiga

– evacuação mais difícil

– sensação de pressão sobre a vagina

– tensão na zona inguinal (virilha)

– dores lombares

 

 

O aparelho de fixação dos órgãos

Os órgãos genitais internos, como o útero, as trompas, os ovários e a parte superior da vagina permanecem suspensos na bacia, devido a um conjunto de ligamentos e feixes musculares, que funcionam como um aparelho de fixação dos órgãos.

Este aparelho não é rígido. Ele permite pequenas adaptações momentâneas dos órgãos que mudam ligeiramente de lugar: quando, por exemplo, a bexiga está muito cheia ou o intestino está muito carregado, ou quando tossimos.

 

A gravidez como causa de prolapso

A gravidez é o exemplo mais perfeito dessa adaptação, pois a dilatação decorrente e as alterações hormonais que lhe são próprias vão conduzir a um relaxamento do aparelho de fixação, que se vai operando ao longo dos 9 meses.

Durante o parto, este aparelho é muito solicitado: as dilatações maiores que ocorrem podem mesmo provocar a ruptura de alguns músculos do seu encaixe ósseo, facto que nem sempre é detectável.

Após o parto, este aparelho de fixação não regride totalmente e não raramente vêm a aparecer cicatrizes nesses músculos que, entretanto, perderam parte da sua competência funcional, ou seja, a função de suporte dos órgãos perdeu qualidade.

A gravidez e o parto são, por isso, uma primeira causa de prolapso útero-vaginal.

 

Associadas ao prolapso, surgem infecções recorrentes (que se repetem) das vias urinárias, como a vaginite e a leucorreia, que veremos mais à frente.

 

Do livro MENOPAUSA E ANDROPAUSA – Como ultrapassar sem problemas esta fase, de Paula Branco, Publicações Prevenção de Saúde

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