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Efeitos do Resveratrol no aumento da esperança de vida

Efeitos do Resveratrol no aumento da esperança de vida

A capacidade que o resveratrol possui em mimetizar os efeitos da restrição calórica, no que respeita ao aumento da esperança de vida, foi primeiramente observada por David Sinclair e seus trabalhadores em Saccharomyces cerevesiae.

O processo de envelhecimento está, em parte, relacionado com o estilo de vida adquirido e prevenção de doenças. Porém, apenas hoje em dia, se começa a estudar profundamente o papel de genes específicos no prolongamento da longevidade.

A restrição calórica é uma intervenção que promove o aumento da longevidade através da activação de enzimas histonas desacetilases, conhecidas por sirtuínas. Acredita-se que esta baseia-se numa resposta de sobrevivência ao stress ambiental ou nutricional, onde ocorrem alterações no metabolismo mitocondrial, aumento da sensibilidade à insulina, diminuição dos níveis do factor de crescimento semelhante à insulina tipo 1, entre outros efeitos.

Os polifenóis, como o resveratrol, exercem uma diversidade de benefícios para a saúde através da activação de múltiplas vias intracelulares, muitas das quais são as mesmas que as activadas pela restrição calórica, muito conhecida por reforçar a saúde e aumentar a esperança de vida.

Um primeiro alvo do resveratrol é a classe das sirtuínas que estão envolvidas nos processos metabólicos. Nos mamíferos, foram identificadas sete classes de sirtuínas, das quais o SIRT-1 se acredita ser responsável pelos benefícios na saúde e longevidade tanto na restrição calórica como através das acções do resveratrol. Estas sirtuínas são expressas em tecidos adultos e fetais, assegurando, provavelmente, a chave para a saúde humana e longevidade.

Ainda não foi totalmente esclarecido se a extensão da acção do resveratrol sob estas enzimas é directa ou indirecta e se os seus efeitos estão apenas restringidos à restrição calórica e envelhecimento uma vez que exibe propriedades biológicas pleiotrópicas. As vias reguladas pelas sirtuínas incluem a gliconeogénese e glicólise no fígado, metabolismo das gorduras e sobrevivência celular.

De acordo com o tipo de células ou circunstâncias, a activação das sirtuínas poderá activar ou suprimir determinados genes, conduzindo a uma diminuição da apoptose, um aumento da actividade anti-oxidante e da protecção do ADN, efeitos anti-inflamatórios e à modulação de outros mecanismos que promovem a saúde da célula e, consequentemente, do organismo. Através da sua activação é ainda possível melhorar a função mitocondrial, induzir genes para a oxidação de ácidos gordos e aumentar o potencial de membrana da mitocôndria.

A capacidade que o resveratrol possui em mimetizar os efeitos da restrição calórica, no que respeita ao aumento da esperança de vida, foi primeiramente observada por David Sinclair e seus trabalhadores em Saccharomyces cerevesiae. Desde então os efeitos do resveratrol têm vindo a ser estudados num elevado número de organismos como Drosophila melanogaster, Caenorhabditis elegans e Nothobranchius furzeri, aumentando a esperança de vida entre 18-56%. (…)

Por outro lado, o resveratrol é capaz de modular a actividade de genes envolvidos na apoptose, crescimento e divisão celular, adesão célula-célula, regulação do sistema nervoso, sinalização neuroendócrina, desenvolvimento muscular, transcrição, proteólise, inibição da acção da HMG-CoAredutase, entre outras, pensando-se promover a vida útil das células.

Fonte: O RESVERATROL COMO MOLÉCULA ANTI-ENVELHECIMENTO, Andreia Catarina Lopes Alves,  Faculdade de Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2015

Nota: A informação contida nesta página, não substitui a opinião de um técnico de saúde. Para um acompanhamento mais personalizado contacte o Aconselhamento Online ou “Há sempre uma solução perfeita na Casa Escola António Shiva®

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