Glossário das Doenças
Enfarte do miocárdio (crise cardíaca)
(Ver também Distúrbios cardiovasculares.)
O enfarte do miocárdio atinge sobretudo as pessoas entre os 50 e os 60 anos.
“O impacto mundial destas doenças ligadas à hipertensão é duas vezes superior ao que se pensava anteriormente “, afirmava Gro Harlem Brundtland, a directora da Organização Mundial de Saúde, num comunicado, aquando da publicação do relatório anual da OMS de 200. Felizmente, 85% dos doentes sobrevivem a um primeiro enfarte.
Também chamado “crise cardíaca”, o enfarte é uma crise extremamente dolorosa que conduz à morte por paragem cardíaca, se não se actuar imediatamente para o reactivar.
O enfarte do miocárdio atinge sobretudo as pessoas entre os 50 e os 60 anos. E o risco de enfarte é 8 vezes mais elevado nos homens na casa dos quarenta.
Quais são os sintomas?
– Angústia com sensação de morte iminente.
– Dor no peito.
– Perda de fôlego.
– Palidez.
– Pulso acelerado.
– Sensação de aperto no peito, como num torno (esta dor pode irradiar para o braço esquerdo ou para os dois braços e subir pelo pescoço até aos maxilares).
– Suores frios.
– Por vezes: náuseas, vómitos.
Atenção! Não confundir a crise cardíaca com a crise de pânico.
Quais são as causas físicas?
O enfarte surge quando um coágulo sanguíneo ou outros tipos de obstruções bloqueiam uma artéria que leva o sangue oxigenado ao coração.
Vários factores podem intervir (ver Distúrbios cardiovasculares).
Assinalemos, em particular, que o tabaco é responsável por 20% dos casos de enfarte, enquanto que a hipertensão explica 50% dos casos.
Quais são os factores psicológicos?
- O stress crónico e o tipo psicológico podem também desempenhar um papel importante. Ver Distúrbios cardiovasculares.
- De notar que 33 a 50% das pessoas que têm um enfarte, sofrem de depressão. Este factor de risco – independente de outros factores psicológicos – duplica o risco de aparecimento de um problema coronário
- Segundo a abordagem da biologia total, a crise cardíaca está associada a um conflito de território. Como explica Jean-Jacques Crèvecoeur em A linguagem da cura:
“Segundo os Drs. Hamer, Sabbah ou Scohy, isto vem do facto de, muitas vezes, os seres humanos serem incapazes de fazer o luto da sua perda de território. (…) Em vez de encararem a realidade de frente, de passar pelas diferentes fases do luto (choque, negação, raiva, regateio, depressão, aceitação e decatexis), o ser humano nega frequentemente a realidade do que lhe aconteceu, tenta “pensar noutra coisa “, enterrar o seu sofrimento, metê-lo no armário. Assim, ficamos em conflito activo de perda de território durante vários meses, ou até vários anos.”
Como curar-se mais depressa
No que se refere ao enfarte de miocárdio, a prevenção e o tratamento estão intrinsecamente ligados.
Os melhores expedientes dos médicos
—► Tome Aspirina®
Para além de reduzir a inflamação que pode estar na origem da doença cardiovascular, a Aspirina® fluidifica o sangue. A toma diária de um ou dois comprimidos de fraca dosagem pode reduzir o risco de formação de um coágulo sanguíneo, o que permite prevenir as crises cardíacas.
—► Respire de forma correcta em caso de crise cardíaca
Se o coração deixar de bater normalmente e a pessoa começar a desfalecer, não demorará mais de 10 segundos a perder totalmente a consciência. Não é, por isso, o melhor momento para se ficar só!
Felizmente, é possível sobreviver a uma crise cardíaca, nestas circunstâncias. Vejamos como proceder desde os primeiros sintomas:
- Tussa de forma repetida e muito vigorosa. Esta tosse deve ser profunda e prolongada – como quando se tenta eliminar a expectoração, tossindo “a plenos pulmões”.
- Respire profundamente entre cada movimento de tosse.
- Tosse e respiração profundas deverão alternar-se sem interrupção.
Ao praticar esta técnica poderá ter tempo para pedir ajuda. Ou até, se assim proceder, talvez possa normalizar a pulsação cardíaca.
Se faz parte do grupo de pessoas em risco, pratique esta técnica de vez em quando.
Porque funciona este truque?
– A respiração profunda permite levar o oxigénio aos pulmões.
– Os movimentos ligados à tosse exercem uma pressão benéfica sobre o coração, o que permite, efectivamente, manter a circulação do sangue e favorece a recuperação do ritmo cardíaco normal.
Observações:
- Segundo o relatório 2002 da OMS, seria possível obter progressos rápidos utilizando um cocktail que combinasse medicamentos anti-colesterol, de tipo estatinas, com fracas doses de hipotensores e de Aspirina®. (No entanto, deverá igualmente apostar nas medidas naturais que a seguir descrevemos. São muito menos caras do que os medicamentos e revelam-se muito eficazes!)
- Como o enfarte está muito ligado à hipertensão, ver também as recomendações feitas na rubrica Hipertensão.
Evite jogar ténis de forma excessivamente enérgica em pleno sol, depois de uma refeição copiosa! Segundo o Dr. Larry Kenney, esta será a receita perfeita para fazer uma crise cardíaca.
A melhor planta
De uma maneira geral, recomenda-se não beber demasiado café. Pode, no entanto, optar pelo chá preto (Camellia sinensis). Num estudo epidemiológico onde se comparava a utilização do chá preto e do café (cafeína e descafeinado) para reduzir o risco de enfarte do miocárdio, apenas o chá preto foi associado a uma redução do risco.
Utilização: Para reduzir o risco de crise cardíaca será necessário tomar, pelo menos, uma chávena por dia.
NOTA: O alho pode revelar-se igualmente útil em caso de distúrbios cardiovasculares. Ver Distúrbios cardiovasculares.
Os melhores suplementos
São vários os suplementos que se revelam úteis em caso de distúrbios cardiovasculares. Ver Distúrbios cardiovasculares.
Outras boas alternativas
—► Alimentação
Como se explica em Distúrbios cardiovasculares, vários alimentos podem ser favoráveis.
– No caso mais específico do enfarte, o consumo frequente de peixe parece ser particularmente interessante para as mulheres.
Um estudo recente sugere que as mulheres que consomem peixe, pelo menos, 5 vezes por semana, poderão reduzir, em mais de 1/3, o risco de vir a sofrer uma doença do coração, e em metade o risco de, num prazo até 16 anos, virem a morrer de uma crise cardíaca. Mesmo o facto de se comer peixe 1 a 3 vezes por semana já permitirá reduzir o risco em mais de 20% !
– Alguns estudos epidemiológicos sugerem que um maior consumo de alimentos ricos em vitamina E poderá reduzir, de forma significativa, o risco de doenças cardiovasculares ou de complicações como o enfarte do miocárdio.
De referir, no entanto, que os suplementos de vitamina E não parecem produzir os mesmos efeitos.
—► Poderá ser igualmente útil:
– seguir sessões de Acupunctura e um tratamento homeopático;
– praticar ioga.
Ver Distúrbios cardiovasculares.
As melhores soluções psicológicas
Quando se sofre de um enfarte, pode, naturalmente, subsistir um medo latente, o qual irá ter uma influência negativa. Pode impedir a vítima de empreender certas actividades ou até levá-la a ampliar desmesuradamente sensações físicas anormais.
Acontece que uma emoção muito violenta, como o medo, constitui uma causa possível de enfarte, numa pessoa já de si fragilizada, do ponto de vista cardíaco. Não é verdade que se costuma dizer: “Tu matas-me do coração!”? Pode-se, no entanto, reduzir ao máximo o impacto desta ansiedade tóxica, utilizando os seus recursos interiores.
—► Pratique regularmente uma técnica de relaxamento baseada na respiração profunda
Deste modo, estará a colocar todas as hipóteses a seu favor. Em caso de situação difícil, estará em melhores condições para controlar as reacções fisiológicas.
—► Pratique a auto-hipnose (ver o capítulo 32) e a visualização
Estas duas abordagens complementam bem as técnicas de respiração. Para ficar a saber mais, consulte Distúrbios cardiovasculares.
De notar que as visualizações “As mãos de luz” e “A seta da dor” são particularmente indicadas para aqueles que tenham sofrido uma crise cardíaca.
Faça ao menos isto:
– Adopte uma alimentação equilibrada.
– Pratique regularmente exercício físico.
– Aprenda a gerir a ansiedade e a controlar o sistema cardíaco por meio de
uma respiração profunda, da auto-hipnose e da visualização.
De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.






ADORO ESTE SITE, TODOS OS DIAS VENHO AQUI,,ABRAÇOS
Olá Maria de Souza, gratos pelo seu comentário. Pode contar com a nossa informação responsável.