Glossário das Doenças

Epilepsia
A epilepsia é uma doença física que provoca alterações breves e súbitas da actividade eléctrica normal no cérebro. Efectivamente, durante a crise, as células cerebrais efectuam uma descarga incontrolável de influxos nervosos, cuja intensidade é 4 vezes maior do que o habitual! O comportamento, os movimentos, pensamentos, percepções e emoções ficam então temporariamente afectados. A epilepsia pode surgir em qualquer altura da vida – incluindo depois dos 65 anos. (Isto explica-se, em particular, devido ao aumento de casos de problemas cardíacos ou de acidentes vasculares cerebrais). Aproximadamente 10% das pessoas sofrem uma crise ao longo da sua vida, mas é necessário que se esteja em presença de crises repetidas para que se possa falar de epilepsia.
Quais são os sintomas?
– Aura. Esta sensação varia de caso para caso: alteração da temperatura, odor particular, ansiedade, tensão, som musical, odor ou sabor especial. – Outros sintomas: convulsões, contracções musculares, gritos, perda de consciência, respiração ruidosa.
Quais são as causas físicas?
Cerca de 70% dos casos não encontram explicação. No entanto, crê-se que 10 a 15% do conjunto dos casos sejam de origem genética, uma vez que a epilepsia parece ser mais dominante em certas famílias. Em cerca de 30% dos casos, a epilepsia pode nomeadamente explicar-se por uma das razões seguintes: – traumatismo craniano; – tumor no cérebro; – acidentes vasculares cerebrais; – malformação congénita no cérebro, associada a uma doença, um ferimento ou uma infecção na mulher grávida, que possa ter afectado o desenvolvimento do sistema nervoso do feto; – febre elevada; – infecções como a meningite ou a encefalite; – intoxicação associada ao abuso de álcool ou de drogas, ou ainda desmame de qualquer destas substâncias; – certas doenças neurológicas: esclerose em placas, paralisia por lesão cerebral; – desequilíbrio bioquímico: reduzida taxa de açúcar, sódio ou cálcio, carências vitamínicas graves; – reacções alérgicas a certos alimentos.
Quais são os factores psicológicos?
- O stress e as emoções violentas, tais como a raiva, o medo ou a ansiedade, podem desencadear crises.
- Segundo a abordagem da biologia total, as crises de epilepsia podem explicar-se, designadamente, pela atitude seguinte:
“Para viver uma tal situação, é com certeza porque a vida me deu rejeição, violência, raiva e desespero. (…) A rejeição de si próprio é extrema e dela resulta um conflito de individualidade. (…) Não tenho outra opção senão abandonar-me aos sentimentos intensos que me habitam. Fujo inconscientemente destas situações que tanto me fazem sofrer (…). O espírito não tem, neste momento, qualquer controlo. A epilepsia adverte assim as pessoas que me rodeiam sobre a minha grande necessidade de amor e de atenção.”
Como curar-se mais depressa
A medicina recorre à cirurgia (lobectomia), aos medicamentos anti-convulsivos ou ainda à estimulação do nervo vago, por meio de um implante. A epilepsia pode durar toda a vida, mas a maioria das pessoas atingidas acabam por deixar de ter crises. Boa notícia (se assim se pode dizer!): o facto de ser diagnosticada em tenra idade constitui um dos factores que favorecem uma remissão a longo prazo.
Os melhores expedientes dos médicos
—► Experimente a abordagem global do Dr. Andrew Weil Este médico pensa que seja possível reduzir a dose de anti-convulsivos, observando as medidas seguintes: – Elimine todos os estimulantes: tabaco, café, chá, bebidas do tipo cola, drogas estimulantes. – Tome 500 mg de cálcio e 250 mg de magnésio 3 vezes por dia, com as refeições, para reduzir a irritabilidade nervosa. – Tome vitamina E. Dose: 400 UI para as pessoas com menos de 40 anos e 800 UI para as que têm mais de 40 anos. – Pratique exercícios de respiração para relaxar e controlar o stress (Ver adiante). – Pratique a retro-acção biológica para retardar as ondas cerebrais (Ver adiante). —►Para os casos difíceis: a dieta cetogénica No princípio do século XX, alguns médicos observaram que as crianças que jejuavam tinham menos crises de epilepsia. Daí nasceu a dieta cetogénica, assim designada porque força o organismo a produzir mais cetonas. Por razões não totalmente esclarecidas, um nivel elevado de cetonas no sangue (cetose) está associado a uma redução das crises. Este método foi abandonado, dada a sua dificuldade de aplicação e devido também ao aparecimento dos anti-convulsivos; no entanto, há alguns anos, recomeçou-se a utilizá-lo para tratamento das crianças epilépticas que não respondiam aos tratamentos clássicos. E os estudos mais recentes tendem a confirmar a eficácia deste método. Em síntese, esta dieta poderá revelar-se: – eficaz para 1/3 a metade dos casos; – parcialmente eficaz para outro 1/3 dos casos. Uma boa parte das crianças assim tratadas poderão regressar a uma dieta normal ao fim de dois ou três anos sem terem crises, nem terem tomado medicamentos. Como funciona esta dieta?
- A criança jejua 2 ou 3 dias para libertar o organismo das suas reservas de gorduras.
- É submetida a um regime muito rico em gorduras (natas, manteiga, ovos, molhos, etc.), mas muito fraco em açúcar e em proteínas. É necessário seguir a dieta à risca, pois mesmo uma pequeníssima quantidade de açúcar pode reduzir, em muito, a produção de cetonas.
E quanto aos adultos? Poucas investigações foram dedicadas à eficácia deste regime nos adultos. Tudo indica, no entanto, que os que se prontificarem a seguir uma tal dieta extremamente restrita poderão obter bons resultados. Observações: – Este regime é muito rico em gorduras, mas deve-se contar escrupulosamente as calorias. Sendo bem seguido, não provocará qualquer aumento de peso e em certos casos de obesidade, as crianças irão mesmo emagrecer. – Esta dieta pode apresentar alguns efeitos secundários: desidratação, problemas gastrintestinais, cálculos renais, toxicidade hepática, etc. Provoca igualmente inúmeras carências que irão requerer a administração de suplementos de vitaminas e minerais. Daí a importância em seguir tal regime sob estrita supervisão médica.
A melhor planta
Talvez valha a pena experimentar a valeriana (Valeriano officinalis). Estudos efectuados em animais sugerem que a valeriana pode apresentar propriedades anti-convulsivas, o que daria um certo crédito à utilização tradicional desta planta no tratamento da epilepsia. A valeriana exerce igualmente uma acção sedativa. É calmante e favorece o sono. Utilização: 30 a 60 gotas de tintura-mãe, 3 vezes por dia.
Os melhores suplementos
Ver acima as recomendações do Dr. Andrew Weil no que diz respeito ao cálcio e à vitamina E.
Outras boas alternativas
—► Alimentação As alergias estão associadas a diversas doenças da criança. Experimente, por isso, suprimir progressivamente certos alimentos. Talvez consiga assim isolar um ou mais alimentos potencialmente causadores das reacções alérgicas que desencadeiam as crises. —►Homeopatia Segundo o médico homeopata Alain Horvilleur, não é possível curar a epilepsia com a homeopatia. Esta pode, no entanto, “reduzir as doses dos medicamentos clássicos indicados, bem como acalmar o estado nervoso concomitante “. Para isso, consulte um homeopata.
As melhores soluções psicológicas
—► Técnicas de relaxamento Qualquer exercício respiratório pode favorecer o relaxamento, e a redução do stress permitirá controlar melhor a epilepsia. Para mais informações, ver o capítulo 37 (Chave n° 8). —► Experimente a retro-acção biológica (“biofeedback”) Os diversos aparelhos de Biofeedback permitem modular certas funções biológicas consideradas, em princípio, involuntárias: pulsação cardíaca, ondas cerebrais, pressão arterial, etc. Se sofre de epilepsia, pode seguir uma formação para aprender a utilizar tais aparelhos. Deste modo, poderá controlar certas funções fisiológicas associadas às crises de epilepsia. —► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita a afirmação seguinte: Opto por ver a minha natureza eterna e alegre.
Como prevenir as crises de epilepsia?
São bastante conhecidos os factores que podem desempenhar um papel de desencadeamento nos epilépticos declarados. Para além de evitar o stress e as emoções violentas (raiva, medo, ansiedade, etc.), é preciso ter-se igualmente consciência dos riscos que os factores seguintes poderão representar: – alimentação deficiente e refeições irregulares; – estimulação luminosa intermitente (vídeo, estroboscopio, etc.); – doença, febre ou alergias (entre outras, reacções alérgicas a certos alimentos); – falta de sono; – calor ou humidade. De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.





Meu filho tem 15 anos até a pouco tempo foi tratado como síndrome de west até que dois médicos da puc disseram quevivquadro dele não era west por ter começado as comvulcoes oito horas após nascido mas numca acharam nada para explicar as crize hoge por exemplo teve mais de 50 tinham tirado o primidona voltei a dar e voltei a dar o Canabidiol sabendo que numca os controlou mas não sei mais o que fazer os médico não se importam o que faço podem me ajudar
Olá Elvira, para que a possamos ajudar da melhor forma, sugiro que coloque a questão para “A Saúde Integral tem a Solução”, no seguinte link:
http://solucaoperfeita.com/antoniotfernandes/saude-integral-solucao/
Obrigado