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Glossário das Doenças

 

 

Herpes labial (ou bucal)

O herpes labial afecta entre 8 e 18 milhões de franceses. O herpes atinge mesmo as crianças pequenas, pois não se trata apenas de uma doença sexualmente transmissível.

Após uma primeira infecção, que se produz geralmente na infância, o vírus pode manter-se latente durante anos ou manifestar-se a intervalos que variam entre alguns meses e alguns anos, surgindo geralmente no mesmo local. Em princípio, um acesso de herpes dura aproximadamente 10 dias, independentemente do facto de se utilizarem, ou não, os tratamentos convencionais que permitem atenuar os sintomas mais desagradáveis. No entanto, determinados meios convencionais permitem reduzir o tempo de fase aguda da doença.

 

Quais são os sintomas?

Em geral, a infecção primária não causa quaisquer sintomas.

O acesso de herpes labial manifesta-se através do aparecimento de várias pequenas borbulhas agrupadas num mesmo local, na maioria das vezes no bordo dos lábios. Estas borbulhas transformam-se rapidamente em bolhas cheias de água, formando em seguida crostas.

Uma erupção pode ainda causar úlceras dolorosas na boca (gengivo-estomatite).

Quais são as causas físicas?

O herpes labial resulta essencialmente de uma infecção pelo vírus Herpes simplex de tipo 1 (HSV-1). Este vírus transmite-se por contacto directo com a zona infectada ou pela saliva.

Os infantários representam locais de contágio particularmente propícios. Nos adultos, os beijos, bem como os contactos sexuais oro-genitais, constituem as principais vias de transmissão.

De notar que o risco de contágio estará no seu máximo no momento da erupção.

 

Quais são os factores psicológicos?

  • É sabido que o stress e a ansiedade podem favorecer o desencadear de um acesso de herpes.
  • Segundo a abordagem da biologia total (ver o capítulo 14), o herpes corresponde à resolução de um conflito de separação. Como explica Jacques Martel:

“Já que é com os lábios que eu beijo as pessoas amadas (cônjuge, filhos, pais, etc), o herpes bucal indica-me que posso estar a viver uma situação de separação com relação a uma pessoa que tinha por hábito beijar. O contacto ao nível da pele dos lábios foi-me retirado por qualquer razão e o herpes aparece.”

 

Como curar-se mais depressa

Nenhum tratamento médico pode curar uma infecção por HSV-1. Este problema perdura por toda a vida, ainda que nem sempre seja visível. Todavia, é possível aliviar a intensidade dos sintomas, aplicando um antiviral sujeito a receita médica. Este tipo de medicamento, que tem por efeito limitar a quantidade de vírus excretado, deve ser aplicado desde o aparecimento dos primeiros sintomas, sem o que perderá a sua eficácia.

Os antivirais são principalmente úteis para as pessoas cujo sistema imunitário está debilitado mas, à parte isto, não apresentam um impacto muito significativo ao nível da duração das erupções.

Em caso de erupções de grande intensidade ou frequentes, o médico poderá receitar, a título preventivo, antivirais em comprimidos.

De notar, no entanto, que segundo os autores de um estudo, “5 estudos americanos demonstraram que os medicamentos habitualmente utilizados no tratamento do herpes não têm um efeito significativo, em comparação com um placebo”.

 

Os melhores expedientes dos médicos

  • Para aliviar a dor, aplique um cubo de gelo sobre as erupções, logo desde o seu aparecimento.
  • Existem diferentes vacinas contra o HSV-1, mas estas não têm qualquer efeito sobre as pessoas já infectadas.

 

As melhores plantas

—► Aloé vera (Aloe barbadensis)

A experiência empírica mostra que esta planta pode ter um efeito notável sobre todos os problemas cutâneos. No caso do herpes labial, pode assim ajudar a aliviar a dor e a acelerar a cicatrização.

Não conhecemos qualquer estudo que se debruce especificamente sobre a sua eficácia em caso de herpes labial, mas dois estudos demonstraram já que esta planta poderia revelar-se muito útil no caso do herpes genital (ver Herpes genital).

Utilização:

Desde o início do acesso, aplique regularmente uma quantidade generosa de um creme à base de aloé vera ou um fragmento da planta fresca.

—► Hamamélis da Virgínia (Hamamelis virginiana)

Um estudo em regime de duplo anonimato veio demonstrar que a aplicação de um creme contendo 2% de um extracto de hamamélis da Virgínia poderá reduzir, de forma significativa, a gravidade das erupções.

Utilização: No âmbito deste estudo, o creme foi aplicado 6 vezes por dia, durante um período que variou entre 3 e 8 dias.

—► Erva cidreira (Melissa officinalis)

A aplicação tópica de erva cidreira pode revelar-se muito eficaz em caso de herpes labial, como demonstra, nomeadamente, um estudo com placebo, sobre um bálsamo de erva cidreira. No grupo que utilizou o bálsamo de erva cidreira, verificou-se uma nítida redução dos sintomas, a partir do 2o dia. Ao 5o dia, havia mais 50% de pessoas sem sintomas do que no grupo placebo.

Utilização: Aplique uma infusão de erva cidreira sobre as lesões, por meio de um pouco de algodão. Repita este tratamento várias vezes ao dia.

Para preparar a infusão, deite 150 ml de água a ferver sobre 2 a 3 g de folhas finamente picadas. Depois, deixe em infusão durante 5 a 10 minutos e coe.

 

Os melhores suplementos

—► Lisina

Alguns estudos demonstraram que, em caso de herpes labial, a lisina pode ser eficaz na redução:

–  da frequência dos acessos de herpes;

–  da gravidade, bem como da duração, dos sintomas.

Utilização: Em dois estudos clínicos, utilizaram-se 1000 mg por dia, durante 12 meses, e 1000 mg, 3 vezes por dia, durante 6 meses.

—► Vitamina E

Um estudo preliminar demonstrou que a aplicação tópica de vitamina E ajudou a acelerar a cura das erupções. A maior parte das pessoas que participaram no estudo viu a dor desaparecer em menos de 8 horas. Um estudo subsequente permitiu obter resultados semelhantes.

Utilização: No estudo acima descrito, um pedaço de algodão impregnado com óleo contendo vitamina E foi mantido sobre a zona afectada, durante 15 minutos, pouco após o aparecimento das borbulhas de herpes. Os participantes deveriam, seguidamente, repetir o tratamento, de 3 em 3 horas até ao fim desse dia, e depois 3 vezes por dia durante os dois dias seguintes.

 

Outra melhor abordagem

Neste caso vale certamente a pena experimentar a homeopatia.

Consulte um homeopata para obter informações sobre o tratamento de fundo.

 

Para tratamento dos acessos agudos:

–  Tome 3 grânulos, 3 vezes por dia, de Rhus Toxidendron 9 CH.

–  Aplique localmente 1 ou 2 gotas, 3 vezes por dia: Calendula TM.

 

As melhores soluções psicológicas

—► Primeiras medidas importantes:

–  Reduza o stress e os conflitos da sua vida.

–  Reavalie a sua visão da sexualidade e a sua forma de se relacionar com os outros. Faça menos julgamentos e tente abrir-se um pouco mais.

—► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita as afirmações seguintes:

–  Aprendo a abrir-me aos outros.

–  Tenho cada vez mais confiança nas minhas relações íntimas.

 

Como prevenir as recidivas

Dado o carácter recorrente do herpes labial, a prevenção faz parte do tratamento.

Para além de reduzir o nível de stress e de ansiedade, deverá começar por evitar:

–  a exposição ao sol (a aplicação de um creme protector sobre os lábios pode ajudar a prevenir as erupções);

–  as substâncias que enfraquecem o sistema imunitário: tabaco, álcool, certos medicamentos e drogas.

De resto, será ainda desejável:

–   evitar alimentos que contenham muita arginina, uma vez que este aminoácido favorece as erupções de herpes;

–  consumir mais alimentos que contenham lisina.

 

Alimentos ricos em arginina: chocolate, nozes (em particular: amendoins, amêndoas, nozes de caju e nozes de Grenoble), sementes de girassol e de sésamo, noz de coco, ervilhas, lentilhas, milho, aveia, trigo-mourisco e cevada.

Alimentos ricos em lisina: peixe (especialmente a solha), aves, leite, iogurtes, favas de Lima, favas mung germinadas e levedura alimentar.

 

Faça ao menos isto:

–  Aplique um cubo de gelo e/ou gel de aloé vera sobre as erupções, desde o início do acesso.

–  Reduza o stress.

 

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

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