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Glossário das Doenças

Zona

A zona é igualmente conhecida pelos nomes de “cinto de fogo”, “fogo de Sto. António” ou “fogo sagrado”, o que evoca bem a sensação de ardor que ela provoca.

A zona é uma forma específica de herpes: herpes zoster. Embora muito desagradável, esta afecção cutânea é relativamente benigna, não constituindo, em caso algum, risco de vida. Em determinados casos raros, a zona causa lesões nervosas e distúrbios da visão, mas estas complicações são bastante benignas.

Normalmente, ao longo da vida não se experimenta mais do que um episódio de zona. Apenas em cerca de 1% dos casos o herpes zoster sofre várias reactivações.

 

Quais são os sintomas?

Fase 1:

Dores vivas e persistentes (sensação de ardor, formigueiro, etc.) numa área específica do corpo: cintura, tórax, pescoço, cabeça. Estas dores manifestam-se geralmente de um só lado, ao longo de uma faixa de pele que acompanha o nervo afectado por uma reacção inflamatória.

Fase 2:

Manchas vermelhas e bolhas vesiculosas surgem sobre as áreas doridas. As dores e prurido persistem e são constantes.

Fase 3:

As lesões transformam-se em crostas, que acabam por cair, deixando cicatrizes.

Nota: Em cerca de 20% dos casos verifíca-se aquilo a que se chama nevralgias “pós-herpéticas”.

 

Quais são as causas físicas?

A zona é provocada por um vírus muito semelhante ao da varicela. Efectivamente, esta doença atinge 25% dos adultos, aqueles que tenham já tido varicela.

É verdade que, depois de se ter contraído varicela, se fica imunizado para toda a vida contra ela. No entanto, determinados elementos virais poderão subsistir, vindo então a instalar-se nos gânglios da medula espinal, onde permanecem em estado latente.

Tudo o que venha enfraquecer o sistema imunitário poderá, eventualmente, reactivar estes elementos virais: alimentação deficiente, factores psicológicos (ver a seguir), etc.

 

Quais são os factores psicológicos?

  • Um excesso de fadiga ou um choque emocional podem debilitar as defesas imunitárias e activar o herpes zoster.
  • Poderá tratar-se de uma reacção biológica ao facto de se sentir ferido com alguém. Nestas circunstâncias, a pessoa tem tendência para se fechar sobre si própria, por forma a evitar outras feridas. Porém, como explica Jacques Martel:

“Ao proceder desta forma, estarei a virar sobre mim próprio a tal agressão da qual julgo ter sido vítima; dou assim razão aos meus agressores. A erupção exacerbada tem por objectivo fazer-me tomar consciência que estou a viver uma reacção ou uma irritação emocional intensa face a alguém ou a qualquer coisa, que me provoca um stress excessivo e me dificulta as minhas tomadas de decisões. O meu corpo está então a dizer-me que devo ter confiança na corrente de vida que reside dentro de mim”.

 

Como curar-se mais depressa

Quando não tratadas, as lesões de zona duram, em média, três semanas. Todavia, é possível acelerar a cura e, deste modo, “facilitar a vida”.

 

Os melhores estratagemas dos médicos

  • Evitar a exposição aos raios ultravioletas – do sol ou de uma lâmpada solar.
  • Durante a fase 1, acalmar a dor por meio de um analgésico de uso corrente.
  • Durante a fase 2, pode-se proceder desta maneira para obter alívio:

–     Aplique compressas de calamina sobre as lesões. Isto terá por efeito secar as feridas, para além de aliviar a comichão. A calamina é um produto vendido sem receita médica.

–     Aplique compressas de água fria sobre as bolhas rebentadas.

–       Depois de aplicar as compressas, pode espalhar um unguento antibiótico receitado pelo médico, por forma a impedir que as lesões infectem, enquanto acelera a cicatrização.

–       Cubra as lesões com uma ligadura ou uma gaze, para evitar que o contacto com o ar possa reactivar a dor!

Não rebente as bolhas! E também não deve coçar-se, já que corre o risco de infectar a área atingida.

•    Vá ao médico o mais rapidamente possível se a zona lhe atingir o rosto. Existe o perigo de afectar igualmente os olhos.

 

As melhores plantas

—► Aloé vera (Aloe barbadensis)

O uso empírico e a realização de diversos estudos demonstram que o aloé vera pode dar muito bons resultados no tratamento de vários tipos de afecções cutâneas. O mesmo acontece com a zona, como sugere, nomeadamente, um caso que nos foi descrito.

Esta pessoa não se sentia satisfeita com os tratamentos convencionais, mas conseguiu obter o alívio que procurava, utilizando gel de aloé vera.

Utilização:

Aplique uma boa quantidade de um creme à base de aloé vera ou de gel extraído da planta fresca. Cubra então a área afectada com uma película aderente ou com um simples saco de plástico.

—► Pimenta (Capsicum frutescens)

Esta contém capsicina, uma substância que podemos encontrar nos cremes destinados a inibir a transmissão das mensagens de dor, emitidas pelos nervos da pele.

Diversos estudos vieram demonstrar que tais cremes podiam aliviar as dores nevrálgicas pós-herpéticas.

Utilização:

Utilize um creme ou uma loção contendo entre 0,025% e 0,075% de capsicina. Aplique-o sobre as áreas doridas, até 4 vezes por dia.

São geralmente precisos 2 ou 3 dias para se começar a sentir os seus efeitos terapêuticos.

Nota: Este produto não deve ser utilizado em lesões abertas ou em vesículas inflamadas!

 

Outras boas alternativas

—► Acupunctura

Se sofre de nevralgia pós-herpética, a acupunctura pode aliviar.

—► Homeopatia

Segundo o Dr. Alain Horvilleur, “o tratamento homeopático da zona é muito eficaz, desde que seja aplicado logo no início da erupção “. Vejamos então quais as suas recomendações.

Durante a erupção

1.  Arsenicum Álbum 30 CH. Tome uma dose logo que possa, mas não deve repeti-la.

2.   Em seguida, durante 3 semanas, tome diariamente 3 grânulos dos
remédios seguintes:

–    Mezereum 9 CH;

–    Ranunculus Bulbosus 9 CH;

–    Rhus Toxicodendron 9 CH.

Nota: Se actuar deste modo o mais rapidamente possível, não irá sofrer sequelas.

 

Em caso de sequelas

Escolha um dos remédios seguintes, em função dos sintomas específicos que sentir:

–     Para a sensação de ardor que possa ser aliviada pelo calor: Arsenicum Álbum 9 CH.

–     Para uma sensação de ardor que se agrave com o calor: Mezereum 9 CH.

–     Para dores agravadas ao toque, no banho ou durante a noite: Mezereum 9 CH.

–     Para as dores súbitas que surgem ao longo do nervo afectado: Kalmia Latifolia 9 CH.

–     Para as dores violentas: 9 CH.

Tome 3 grânulos do remédio seleccionado, 3 vezes por dia.

 

As melhores soluções psicológicas

—► Primeiras medidas importantes:

–     Dado que o stress é um factor desencadeador e agravante, será de todo o interesse praticar uma técnica de relaxamento.

–     Procure ter boas noites de sono. Tente até dormir mais tempo.

–     Recorra à hipnose, se sofre de nevralgias pós-herpéticas.

—► Em estado de auto-hipnose, repita também a afirmação seguinte:

“Sinto-me calmo e relaxado porque tenho confiança no processo da vida. Tudo está bem no meu universo.”

 

Atenção!

Tal como a varicela e o herpes, também a zona é potencialmente contagiosa. Assim, se for atingido, “mantenha as distâncias” em relação às pessoas que o rodeiam.

Para além de evitar os contactos físicos directos, tenha o cuidado de mudar de roupa de vestir, de roupa de cama e de toalhas de banho diariamente. Estas roupas devem ser sempre lavadas em água muito quente.

 

Faça ao menos isto:

–    Aplique as recomendações dos médicos.

–    Reforce a sua imunidade física e psicológica.

–    Recorra ao gel de aloé vera e à homeopatia.

–    Em caso de dores pós-herpéticas, utilize um creme à base de pimenta.

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

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