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Não são os micróbios que provocam as doenças

Não são propriamente os micróbios o que provocam as doenças

Não são propriamente os micróbios o que provoca as doenças

Essa cultura de achar que os micróbios são responsáveis pelas doenças tem a ver com o trabalho do cientista francês Louis Pasteur (1848). Ele de­fendia a Teoria do Germe na qual acreditava que os germes, como as bactérias, vírus e fungos, entre outros, eram a razão das enfermidades. Um contem­porâneo de Pasteur, o médico Claude Bernard, defendia a Teoria do Terreno Biológico, na qual os germes (micróbios) só eram capazes de prosperar se encontrassem um Terreno Biológicofrágil, susceptívelàs doenças. O fato é que Pasteur, no seu leito de morte, reconheceu que Bernard estava certo, afirmando que os germes não são o problema e que o Terreno Biológicoé que importa. De fato, temos 10 vezes mais bactérias do que células no corpo e esses seres são es­senciais no processo digestivo e na secreção de importantes substâncias para o nosso corpo. No entanto, se os tecidos do nosso corpo, do nosso sangue ou demais líquidos do nosso corpo estiverem com o pH ligeiramente ácido de­vido a maus hábitos alimentares e pensamentos tóxicos, esse terreno biológi­co frágil será suscetível ao aparecimento de bactérias patogénicas e de outras doenças como o câncer. Os tecidos da célula cancerígena possuem alto nível de acidez, com pH de 4,5. O pH ideal do nosso sangue deve ser ligeiramente alcalino, entre 7,36 e 7,42, que é o ideal.

Observe que no novo paradigma voltado para saúde, mesmo quando adoecemos, as bactérias possuem um papel fundamental, pois denunciam que nosso sistema de defesa está frágil e precisamos ver as causas desse problema. Só matar as bactérias não trará a solução definitiva.

A lógica de simplesmente eliminar os sintomas nos traz o risco de passarmos a vida inteira doentes e acharmos que isso é natural. Esse modelo de manutenção da doença é alimentado pela indústria farmacêutica, que é uma das indústrias mais lucrativas do mundo, e está por trás do aumento acelerado das doenças crónicas no mundo. Para muitas pessoas, parece ser normal alguém ir ao médico e, por possuir colesterol alto ou pressão alta, ser receitado um medicamento com a recomendação de ser ingerido por toda vida. Uma dura sentença cada vez mais questionável. E compreensivo porque a palavra cura não pode ser falada no meio académico convencional: o propósito do modelo não é de curar, pois como a cura não é possível nessa perspectiva, os profissionais de saúde não são educados a investigar e atuar nas causas dos problemas, e sim são educados a receitar medicamentos para a vida toda, levando ao adormecimento crónico, o que atesta a ineficácia do modelo biomédico atual.

Os sinais da falência deste modelo são contundentes e em todo o mun­do emergem novas experiências capazes de contemplar o ser humano inte­gralmente.

Estamos a caminho de um novo salto quântico na nossa percepção que nos possibilitará fazer melhores escolhas e de nos empoderarmos para assu­mirmos o leme da nossa própria história sem depender das muletas que nos mantém eternamente doentes.

 

Do livro:

Pontos de Mutação na saúde, A interconectividade Mente-Corpo-Universo, Wallace Liimaa