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Hipertiroidismo

Glossário das Doenças

Hipertiroidismo

As doenças da tiróide, entre as quais o hipertiroidismo, que afecta sobretudo as mulheres jovens, estão em alta. É recomendável seguir um tratamento com a maior brevidade possível, já que o hipertiroidismo provoca fatalmente, mais tarde ou mais cedo:

–    complicações cardiovasculares;

–    osteoporose.

 

Quais são os sintomas?

–    Batimentos cardíacos acelerados e irregulares, estados febris, tremores dos dedos.

–    Cãibras musculares.

–    Desregulação dos ciclos menstruais na mulher.

–    Debilidade generalizada.

–    Bócio (por vezes).

–    Comichão nos olhos, protuberância ocular unilateral ou bilateral (podendo mesmo provocar dificuldade em fechar o olho saliente, ou os dois), sensibilidade à luz, visão turva.

–    Afrontamentos, transpiração excessiva.

–    Emagrecimento (sem perda de apetite).

 

Quais são as causas físicas?

O hipertiroidismo explica-se por uma sobreprodução de hormonas da tiróide, cujas causas podem variar:

–    doença de Basedow ou de Graves (doença de origem auto-imune: o funcionamento dos anticorpos do organismo sofre uma desregulação, produzindo auto-anticorpos contra o próprio organismo);

–    excesso de iodo, provavelmente de origem medicamentosa ou, inversamente, carência em iodo, provocando o aparecimento de bócio;

–    reacção ao consumo de L-tiroxina (substituto da hormona tiroideia), no tratamento do hipotiroidismo;

–    anomalia congénita da glândula tiróide;

–    presença de um adenoma (tumor benigno) na hipófise.

 

Quais são os factores psicológicos?

  • Uma situação de grande stress crónico pode funcionar como factor desencadeador. Assim, durante a II Guerra Mundial, foram observadas taxas anormais de hipertiroidismo em Londres, as quais estariam, ao que parece, associadas aos bombardeamentos.
  • Segundo Louise Hay, o hipertiroidismo é motivado por uma criatividade frustrada. Estaria assim ligado a uma extrema decepção de não se poder fazer o que se quer, ao facto de se ver obrigado a responder sempre às expectativas dos outros e nunca às suas.
  • Na óptica da biologia total (ver o capítulo 14), o hipertiroidismo resulta do “conflito gerado por nunca ser suficientemente rápido para apanhar o seu bocado”.

Dado que se tem a sensação de ter de andar sempre cada vez mais depressa para conseguir respeitar os seus compromissos, a glândula tiróide começa assim a produzir uma sobrecarga de hormonas tiroideias – que proporcionam, efectivamente maior energia e mais rapidez. Porém, à custa da saúde!

Esta explicação vem assim juntar-se à tese clássica do stress desencadeador.

 

Como curar-se mais depressa

O médico dispõe de dois tratamentos principais para tratar o hipertiroidismo:

–    medicamentos anti-tiroideicos para reduzir a actividade da tiróide;

–    comprimidos de iodo radioactivo, para “queimar” a tiróide e pôr fim à sua actividade.

Por outro lado, para retardar a pulsação cardíaca (demasiado elevada nos doentes com hipertiroidismo), o médico poderá receitar um betabloqueante. Como último recurso, poderá chegar até a recomendar a ablação da tiróide.

De notar, no entanto, que:

  • O tratamento com iodo radioactivo e a cirurgia obrigarão o doente a tomar, para toda a vida, hormonas tiroideias para compensar a ausência de actividade da tiróide.
  • Os tratamentos medicamentosos podem dar origem a certos efeitos secundários e nem sempre é fácil dosear a administração de hormonas tiroideias ou anti-tiroideias. Assim, em 50 a 80% dos casos, a pessoa a quem tenham sido receitados medicamentos anti-tiroideicos para tratamento do hipertiroidismo cairá num estado de hipotiroidismo.

Por isso, não hesite em esgotar primeiro todos os recursos alternativos de que possa dispor.

 

O melhor estratagema dos médicos

É importante efectuar regularmente análises biológicas para reajustar a medicação conforme as necessidades.

 

As melhores plantas

No que diz respeito à fitoterapia, o especialista americano David L. Hoffman aconselha esta mistura:

–    4 partes de tintura-mãe de licopodio(Lycopus spp.).

–    2 partes de tintura-mãe de agripalma(Leonurus cardiaca),

–     2 partes de tintura-mãe de escrofulária (Scutellaria spp.),

–     1 a 5 partes de espinheiro-alvar (Crataegus spp.).

Tome 5 ml desta mistura, 3 vezes por dia. Segundo D. L. Hoffmann, ela poderá aliviar, de forma significativa, a maior parte dos sintomas associados ao hipertiroidismo.

 

Os melhores suplementos

  • Em caso de hipertiroidismo, o organismo tem maior necessidade de vitaminas e de minerais. Tome, todos os dias, multivitaminas, mas sem iodo.
  • O hipertiroidismo pode afectar a densidade óssea. Tome suplementos de cálcio.

Utilização: 1000 mg por dia.

NOTA: Não esquecer a realização de testes de densidade óssea.

 

Outras boas alternativas

—► Alimentação

Em certa medida, é possível reduzir a actividade da glândula tiróide por meio de uma alimentação adequada.

Quando consumidos em cru, os legumes da família da couve (couve comum, couve de Bruxelas, couve-flor, brócolos, etc.) contêm, efectivamente, um composto anti-tiroideico que pode retardar o funcionamento da glândula tiróide. Por outro lado, é de evitar o consumo abusivo de alimentos ou bebidas que estimulem o organismo: café, chá, álcool, aperitivos muito condimentados, etc.

—► Acupunctura

Do ponto de vista da acupunctura, a utilização de anti-tiroideicos ou a ablação da tiróide provoca um desequilíbrio do sistema energético. Em contrapartida, esta abordagem milenar pode desempenhar um papel decisivo na melhoria do estado de saúde em geral e na redução dos sintomas do hipertiroidismo. Pode recorrer a ela no âmbito de uma abordagem global não medicinal ou como complemento dos tratamentos clássicos – que, de qualquer forma, não solucionam tudo!

—► Homeopatia

Actuando ao nível das causas psicológicas profundas da doença, este método pode contribuir para controlar os sintomas.

Foi mesmo descrito um caso em que a homeopatia conseguiu actuar numa doente que não respondia ao tratamento convencional.

No caso em que o tratamento médico seja indispensável, estas abordagens permitem  então   atenuar  os   efeitos   secundários   de   tal tratamento, possibilitando nomeadamente uma redução na utilização de medicamentos. Consulte um médico homeopata.

—► Ioga

A prática de uma técnica de respiração pode ajudar a “abrandar” todo o sistema. Aprenderá assim a:

–    abrandar os batimentos cardíacos;

–    eliminar o estado febril;

–    controlar os afrontamentos.

Com efeito, a prática do ioga torna-se incontornável quando se pretende tratar o hipertiroidismo sem medicamentos ou reduzindo a sua utilização ao mínimo.

 

As melhores soluções psicológicas

—► Primeiras medidas importantes:

–    De uma maneira geral, deve-se ter atenção aos excessos de stress, pois este constitui um factor desencadeador reconhecido das doenças da glândula tiróide. Ao reduzir o seu impacto sobre a tiróide, poderá retardar igualmente a sua actividade. Para obter mais informações acerca da gestão do stress, consulte os capítulos 32, 35 e 38, na parte 1.

–    Aprenda a gerir melhor o seu tempo do ponto de vista profissional e pessoal. Assim:

(1)         Evite fixar objectivos a atingir em prazos demasiado curtos.

(2)         Arranje tempo para fazer as coisas de que gosta verdadeiramente.

–    Seja inovador e criativo. Procure desviar-se (diariamente) dos caminhos já batidos.

—► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita as afirmações seguintes:

Dou o justo valor ao meu poder. Tomo as minhas decisões. Basto-me a mim próprio.

Faça ao menos isto:

–    Reavalie completamente a sua maneira de gerir o tempo.

–    Trabalhe sobre a dimensão psicológica da sua doença.

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

Hipertensão arterial

Glossário das Doenças

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Hipertensão arterial

Em situação de stress, é normal que a tensão arterial se eleve, mas se esta se mantiver elevada mesmo quando se está em repouso, estar-se-à provavelmente, perante um caso de hipertensão arterial. O sangue exerce então uma forte pressão sobre as paredes das artérias.

Segundo a OMS, 30% dos homens e 50% das mulheres com idades entre os 65 e os 75 anos sofrem de hipertensão. Como a hipertensão arterial é geralmente assintomática, pode, tal como M. Jourdan que fazia prosa sem o saber, ter hipertensão e ignorá-lo. Mas a hipertensão é nitidamente mais perigosa do que a prosa. E não é por acaso que os especialistas a denominam o “assassino silencioso” ! A longo prazo, uma hipertensão não controlada provoca aterosclerose, isto é, um aperto das artérias e, eventualmente, o seu estrangulamento. Representa, portanto, um importante factor de risco para as crises cardíacas, os acidentes vasculares cerebrais, a insuficiência renal e os distúrbios da visão. Aliás, neste último caso, a hipertensão pode mesmo conduzir à perda total da visão.

 

Quais são os sintomas?

A hipertensão é geralmente assintomática, mas uma hipertensão grave pode ocasionar diversos sintomas.

–  Dores de cabeça acompanhadas de fadiga. (Estas dores de cabeça são localizadas ao nível da nuca e manifestam-se muito cedo, de manhã.)

–  Vertigens ou zumbidos dos ouvidos.

–  Palpitações.

–  Hemorragia nasal.

–  Confusão, sonolência.

–  Entorpecimento, formigueiro nos pés e nas mãos.

 

Quais são as causas físicas?

—► Em caso de hipertensão essencial ou primária (85% dos casos):

–  Hereditariedade.

–  Idade.

–  Alimentação inadequada.

–  Obesidade.

–  Tabagismo.

–  Inactividade física. -Etc.

 

—► Em caso de hipertensão secundária:

–  Afecção renal ou endócrina.

–  Ingestão de certos medicamentos (anti-inflamatórios, descongestionantes).

 

Quais são as causas psicológicas?

–  Stress, angústia.

–  Raiva.

–  Ambição.

Ver também Distúrbios cardiovasculares.

 

Como curar-se mais depressa

Antes de recorrer aos medicamentos, o médico deverá incitar o doente a adoptar algumas medidas relativas ao seu modo de vida (ver a seguir). Se estas não derem os resultados pretendidos, diversos medicamentos podem assegurar um controlo adequado da hipertensão: diuréticos, betabloqueantes, inibidores cálcicos e inibidores da enzima de conversão, etc.

Quando tomados por tempo prolongado, estes medicamentos podem dar origem a efeitos secundários. O ideal será, portanto, começar por uma abordagem mais “suave”, que, de qualquer modo, acabará, mais tarde ou mais cedo, por se revelar mais eficaz.

 

Os melhores expedientes dos médicos

—► Experimente o regime DASH

Nos Estados Unidos, os National Institutes of Health (NIH) preconizam o regime DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension = Abordagens Dietéticas para Combater a Hipertensão). Este regime alimentar, muito semelhante à dieta mediterrânica, é especialmente concebido para tratar a hipertensão. Estudos realizados demonstraram já a sua eficácia e, no caso de uma hipertensão em fase 1, poderá mesmo substituir os medicamentos habituais.

É aliás uma abordagem vivamente recomendada pelos médicos americanos Andrew Weil e Julian Whitaker, os dois mais célebres defensores das medicinas alternativas nos Estados Unidos.

Grosso modo, esta dieta resume-se às quatro medidas seguintes.

–  Consumir muitos frutos e legumes.

  Comer alimentos ricos em cálcio, magnésio e potássio.

–   Limitar o consumo de sal. Alguns estudos indicam que 30% dos hipertensos (em particular os que apresentam maior sensibilidade ao sódio), podem controlar a pressão sanguínea ao reduzirem o consumo de sal.

–   Comer alho. Embora as suas propriedades benéficas não estejam ainda comprovadas de forma rigorosa, vários médicos recomendam o alho pelas suas propriedades vasodilatadoras. Para mais pormenores, leia adiante.

—► Pratique regularmente exercício físico

Os exercícios de tipo cardiovascular (marcha rápida, corrida, bicicleta, dança, natação) poderão fazer imenso bem. Idealmente, deverá praticar durante cerca de 45 minutos, 3 a 4 vezes por semana.

Peça a opinião do seu médico antes de empreender qualquer programa de exercício. Em caso de tensão elevada, certos exercícios podem ser contra­indicados, nomeadamente os que obrigam a levantar pesos (lançamento do peso, halterofilia, etc.).

 

As melhores plantas

—► Alho (Allium sativum L.)

Valerá certamente a pena experimentar! Várias investigações demonstram que o alho pode reduzir a tensão arterial de 2 a 7%, após 4 semanas de tratamento.

Utilização: Em estudos clínicos foram utilizados extractos de 600 a 1200 mg. distribuídos em 3 doses diárias. Estes extractos consistiram em pó de alho estandardizado contendo 1,3% de alliine.

—► Folha de oliveira (Olea europaea)

A investigação tende a confirmar o uso empírico da folha de oliveira contra a hipertensão arterial.

Utilização: Tome uma chávena de tisana, 3 a 4 vezes por dia. Deixe em infusão 2 colheres de café de folhas secas numa chávena de água a ferver, durante 30 minutos e depois coe.

Quais são os melhores suplementos?

—► Óleos de peixe

Certos peixes, como o arenque, a cavala, o salmão, a sardinha ou a truta, contêm óleos ricos em ácidos gordos omega-3 – e muito particularmente sob a forma de ácido eicosapentaenóico e de ácidoe docosahexaenóico.

Diversos estudos sugerem que os suplementos de óleo de peixe poderão reduzir modestamente – embora de forma significativa – a pressão sistólica e diastólica, nos doentes que sofrem de hipertensão ligeira.

Utilização: Tome diariamente 4 g de óleo de peixe ou um suplemento que lhe forneça 2,04 g de EPA (ácido eicosapentaenóico) e 1,4 de DHA (ácido docosahexaenóico).

—► Potássio

Segundo uma meta-análise de estudos controlados, o potássio poderá ser útil no tratamento da hipertensão. A administração de suplementos de potássio parece reduzir a pressão sistólica em cerca de 2-4 mmHg e a pressão diastólica em cerca de 0,5-3,5 mmHg.

De referir, no entanto, que o potássio será sobretudo eficaz nos doentes cuja taxa de potássio é fraca e nos que consomem muito sal.

Utilização: Os suplementos deverão ser adaptados a cada caso, em função da sua taxa de potássio sanguíneo.

 

Outras boas alternativas

—► Acupunctura

Vários estudos de pequena dimensão demonstram que a acupunctura pode fazer baixar a tensão arterial.

—► T’ai Chi

Num estudo de selecção aleatória, com a duração de 12 semanas, um programa de T’ai Chi revelou ser tão eficaz como os exercícios cardiovasculares, na redução da tensão arterial em pessoas de idade igual ou superior a 60 anos que não praticavam qualquer exercício físico antes do estudo.

Este estudo vem também provar que a prática de exercícios ligeiros poderia ser suficiente para reduzir a tensão arterial, nas pessoas de idade.

—► Homeopatia

Um tratamento de fundo poderá ser útil a longo prazo. Consulte um homeopata.

As melhores abordagens Psicológicas

—► Primeiras medidas importantes:

–   Uma vez que o stress pode fazer subir a tensão arterial, dedique-se a actividades que possam eliminar o stress (meditação, relaxamento muscular., Ioga, biofeedback, auto-hipnose, etc.) pelo menos 2 ou 3 vezes por semana.

–   Evite as preocupações inúteis.

—► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita uma das afirmações seguintes:

–   Vou avançando alegremente.

–   Abandono-me às forças de vida.

—► Experimente igualmente a visualização seguinte:

  1. Feche os olhos e expire 3 vezes.
  2. Imagine-se deitado numa praia maravilhosa.
  3. Como uma esponja, absorva a harmonia que se liberta do seu ambiente. Deixe-se embalar pelo som das ondas. Sinta a brisa e o doce calor do sol acariciar o seu corpo.
  4. Respire o ar fresco e regenerador do mar alto. Pouco a pouco, a harmonia da natureza irá acalmá-lo, e poderá sentir a tensão arterial voltar ao normal.
  5. Abra os olhos.

Repita esta visualização de manhã e à noite, sempre que sentir que a tensão se eleva.

 

Como prevenir a hipertensão?

  • A hipertensão descobre-se, geralmente, por mero acaso, num exame de rotina. Se tiver mais de 50 anos será, assim, importante medir a tensão arterial, pelo menos, de dois em dois anos, para prevenir surpresas. Adopte uma dieta mediterrânica. Limite o consumo de sal. Os produtos de charcutaria, os petiscos, a “fast food” e os alimentos em conserva, designadamente as sopas, são em geral demasiado salgados.
  • Consuma alimentos ricos em potássio (damasco, banana, citrinos, pêssego, maçã, ameixa, tomate, favas, cereais integrais, batatas e pêra abacate).
  • Coma peixes ricos em ácidos gordos omega-3, mas evite os peixes que contêm demasiado mercúrio, como o atum, uma vez que esta substância eleva a pressão sanguínea. 
  • Mantenha um peso saudável (idealmente, combinando o exercício físico com bons hábitos alimentares).
  • Limite o consumo de álcool. Não mais de dois copos de cerveja ou de vinho por dia.
  • Pratique exercício físico regularmente.
  • E sobretudo: aproveite a vida.

 

Faça ao menos isto:

-Experimente o regime DASH.

–  Pratique exercício físico regularmente.

–  Tome alho e suplementos de óleo de peixe.

–  Reduza o stress por meio de uma técnica de relaxamento e procure gerir
melhor o seu tempo.

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

Herpes genital

Glossário das Doenças

Herpes genital

Sexualmente transmissível  e  muito contagiosa, esta doença afecta aproximadamente 20% dos adultos. Os sintomas surgem cerca de uma semana após o momento da contaminação.

 

Quais são os sintomas?

–  Bolhas na região genital. Ao abrirem, estas formam pequenas úlceras.

–  Dores intensas e comichão na região genital.

–  Outros sintomas possíveis: micção dolorosa (quando a urina entra em contacto com as feridas), febre, fadiga, perda de apetite, dores de cabeça.

 

Quais são as causas físicas?

Geralmente, o herpes genital é causado pelo vírus Herpes simplex de tipo 2 (VHS-2). Na maioria dos casos, a contaminação verifica-se durante as relações sexuais não protegidas.

Saiba também que os contactos oro-genitais podem favorecer as “trocas virais” entre a boca e a região genital.

 

Quais são os factores psicológicos?

Ao afectarem a imunidade, o stress e a fadiga podem favorecer o aparecimento de herpes.

Outros elementos psicológicos podem também intervir:

–  Pode, por exemplo, tratar-se de uma culpabilidade nascida de um conflito entre o desejo sexual e uma visão punitiva da espiritualidade. Esta culpabilidade pode gerar um desejo inconsciente de autopunição quando se pratica sexo fora do casamento.

–   O herpes genital pode também ser a manifestação de um conflito de separação, de acordo com o caso, pode aparecer devido a uma separação definitiva (divórcio, etc.) ou temporária (viagem, etc.)

Como curar-se mais depressa

Num primeiro tempo, o médico irá receitar medicamentos antivirais em comprimidos.

Em caso de recidivas frequentes, poderá aconselhar um tratamento “supressivo”. Este consiste em tomar um antiviral em comprimido, todos os dias, durante vários meses – o que, em 80% dos casos, porá fim às recidivas.

 

Os melhores expedientes dos médicos

  •  Consultar um médico logo que surjam as lesões características. Tal procedimento tem duas vantagens:

–     Se as lesões não tiverem tido tempo de secar, o médico poderá recolher uma amostra de líquido, sendo-lhe assim mais fácil estabelecer um diagnóstico.

–     Se aplicar o tratamento logo aos primeiros sintomas, pode reduzir a duração do acesso de herpes.

  • Tome banhos quentes. Em seguida, limpe-se cuidadosamente, mas não utilize a mesma toalha que usa para o resto do corpo.
  • Não toque nas lesões, sob pena de espalhar o vírus por outras zonas do corpo. Se tocar nelas, lave bem as mãos.
  • Mantenha as lesões limpas e secas.
  • Não utilize qualquer creme de venda livre, à base de antivirais, de cortisona ou de antibióticos. Este tipo de creme só pode ser aplicado no caso de herpes labial. Já para não falar no facto de os cremes à base de cortisona poderem retardar a cicatrização!
  • Aplique gelo no fundo das costas. Isto poderá ajudar a reduzir a dor e a inflamação, em caso de lesões genitais.

 

As melhores plantas

—► Aloé vera (Aloe barbadensis)

Estudos realizados tendem a confirmar o valor desta utilização tradicional do aloé vera. Assim, um estudo controlado, em regime de duplo anonimato, focou a utilização de um creme com uma concentração de 0,5% de aloé vera, em 60 homens que sofriam de herpes genital. Esta preparação permitiu:

–    reduzir o tempo de cura: de 4,9 dias, em vez de 12 dias;

–    aumentar a percentagem de indivíduos completamente curados ao fim de duas semanas: de 66,7%, em vez de 6,6%.

Utilização: Neste estudo, o creme foi aplicado 3 vezes por dia, durante 5 dias. Experimente um creme de boa qualidade.

—► Eleuterococo ou ginseng siberiano (Eleutherococcus senticosus)

Como sugerido por vários estudos realizados com placebo, este parente siberiano do ginseng (daí o seu apelido) poderá reduzir a frequência, a gravidade e a duração dos episódios de herpes.

Utilização: Alguns estudos utilizaram extractos estandardizados contendo 0,3% de eleuterosido E, à razão de 400 mg por dia.

 

O melhor suplemento

Conhece a propolis, aquela goma que as abelhas utilizam para a construção das colmeias? A utilização terapêutica desta substância, proveniente dos rebentos de certas árvores, remonta à Antiguidade.

Segundo um estudo multicêntrico em duplo anonimato, a propolis parece ser mais eficaz do que uma pomada contendo 5% de aciclovir – um tratamento convencional – no tratamento das lesões de herpes genital, reduzindo os sintomas locais.

Além disso, a propolis parece actuar mais rapidamente e de forma mais completa!

Utilização: Neste estudo foi aplicada, 4 vezes por dia, uma pomada contendo 3% de propolis.

 

Outra melhor abordagem

A homeopatia poderá ajudar a aliviar os sintomas e a prevenir as recidivas.

Utilização:

–    Para os acesso agudos, tome Rhus Toxicodendron 9 CH, à razão de 3 grânulos, 3 vezes por dia.

–    Para o tratamento de fundo, consulte um homeopata.

 

As melhores soluções psicológicas

Sabe-se que o stress pode induzir acessos de herpes.

Num estudo realizado com placebo, foi possível reduzir a frequência, a gravidade e a duração dos episódios de herpes oral ou genital, com uma série de sessões onde se reuniam os elementos seguintes: informação sobre o herpes genital, gestão do stress, exercícios de respiração profunda ou de visualização mental.

Além disso, certos dados tendem a provar que a auto-hipnose, praticada diariamente, permite atenuar a intensidade dos sintomas.

—► Primeiras medidas importantes:

–    Descanse.

–    Avalie a sua sexualidade.

–    Reavalie a sua visão da espiritualidade. Procure descobrir em que medida certos condicionamentos religiosos podem bloquear a sua vitalidade e uma das suas expressões mais naturais, que é a sexualidade.

—► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita as afirmações seguintes:

–    Gosto do meu corpo e aceito-o como o templo da minha espiritualidade.

–    Estou bem com a minha sexualidade, que me ajuda a conhecer-me melhor.

Como prevenir o herpes genital?

  • Não tenha relações sexuais enquanto durar a crise. Aguarde até que todas as lesões estejam completamente curadas.
  • Advirta os seus parceiros anteriores.
  • Se é portador do vírus do herpes labial (VHS-1),correrá sério risco de causar o aparecimento de herpes genital no seu parceiro, durante uma relação oro-genital.

 

Faça ao menos isto:

–    Experimente o aloé vera.

–    Consulte um homeopata, em caso de recidiva.

–    Trabalhe a dimensão psicológica do problema com a auto-hipnose.

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

Herpes labial (ou bucal)

Glossário das Doenças

 

 

Herpes labial (ou bucal)

O herpes labial afecta entre 8 e 18 milhões de franceses. O herpes atinge mesmo as crianças pequenas, pois não se trata apenas de uma doença sexualmente transmissível.

Após uma primeira infecção, que se produz geralmente na infância, o vírus pode manter-se latente durante anos ou manifestar-se a intervalos que variam entre alguns meses e alguns anos, surgindo geralmente no mesmo local. Em princípio, um acesso de herpes dura aproximadamente 10 dias, independentemente do facto de se utilizarem, ou não, os tratamentos convencionais que permitem atenuar os sintomas mais desagradáveis. No entanto, determinados meios convencionais permitem reduzir o tempo de fase aguda da doença.

 

Quais são os sintomas?

Em geral, a infecção primária não causa quaisquer sintomas.

O acesso de herpes labial manifesta-se através do aparecimento de várias pequenas borbulhas agrupadas num mesmo local, na maioria das vezes no bordo dos lábios. Estas borbulhas transformam-se rapidamente em bolhas cheias de água, formando em seguida crostas.

Uma erupção pode ainda causar úlceras dolorosas na boca (gengivo-estomatite).

Quais são as causas físicas?

O herpes labial resulta essencialmente de uma infecção pelo vírus Herpes simplex de tipo 1 (HSV-1). Este vírus transmite-se por contacto directo com a zona infectada ou pela saliva.

Os infantários representam locais de contágio particularmente propícios. Nos adultos, os beijos, bem como os contactos sexuais oro-genitais, constituem as principais vias de transmissão.

De notar que o risco de contágio estará no seu máximo no momento da erupção.

 

Quais são os factores psicológicos?

  • É sabido que o stress e a ansiedade podem favorecer o desencadear de um acesso de herpes.
  • Segundo a abordagem da biologia total (ver o capítulo 14), o herpes corresponde à resolução de um conflito de separação. Como explica Jacques Martel:

“Já que é com os lábios que eu beijo as pessoas amadas (cônjuge, filhos, pais, etc), o herpes bucal indica-me que posso estar a viver uma situação de separação com relação a uma pessoa que tinha por hábito beijar. O contacto ao nível da pele dos lábios foi-me retirado por qualquer razão e o herpes aparece.”

 

Como curar-se mais depressa

Nenhum tratamento médico pode curar uma infecção por HSV-1. Este problema perdura por toda a vida, ainda que nem sempre seja visível. Todavia, é possível aliviar a intensidade dos sintomas, aplicando um antiviral sujeito a receita médica. Este tipo de medicamento, que tem por efeito limitar a quantidade de vírus excretado, deve ser aplicado desde o aparecimento dos primeiros sintomas, sem o que perderá a sua eficácia.

Os antivirais são principalmente úteis para as pessoas cujo sistema imunitário está debilitado mas, à parte isto, não apresentam um impacto muito significativo ao nível da duração das erupções.

Em caso de erupções de grande intensidade ou frequentes, o médico poderá receitar, a título preventivo, antivirais em comprimidos.

De notar, no entanto, que segundo os autores de um estudo, “5 estudos americanos demonstraram que os medicamentos habitualmente utilizados no tratamento do herpes não têm um efeito significativo, em comparação com um placebo”.

 

Os melhores expedientes dos médicos

  • Para aliviar a dor, aplique um cubo de gelo sobre as erupções, logo desde o seu aparecimento.
  • Existem diferentes vacinas contra o HSV-1, mas estas não têm qualquer efeito sobre as pessoas já infectadas.

 

As melhores plantas

—► Aloé vera (Aloe barbadensis)

A experiência empírica mostra que esta planta pode ter um efeito notável sobre todos os problemas cutâneos. No caso do herpes labial, pode assim ajudar a aliviar a dor e a acelerar a cicatrização.

Não conhecemos qualquer estudo que se debruce especificamente sobre a sua eficácia em caso de herpes labial, mas dois estudos demonstraram já que esta planta poderia revelar-se muito útil no caso do herpes genital (ver Herpes genital).

Utilização:

Desde o início do acesso, aplique regularmente uma quantidade generosa de um creme à base de aloé vera ou um fragmento da planta fresca.

—► Hamamélis da Virgínia (Hamamelis virginiana)

Um estudo em regime de duplo anonimato veio demonstrar que a aplicação de um creme contendo 2% de um extracto de hamamélis da Virgínia poderá reduzir, de forma significativa, a gravidade das erupções.

Utilização: No âmbito deste estudo, o creme foi aplicado 6 vezes por dia, durante um período que variou entre 3 e 8 dias.

—► Erva cidreira (Melissa officinalis)

A aplicação tópica de erva cidreira pode revelar-se muito eficaz em caso de herpes labial, como demonstra, nomeadamente, um estudo com placebo, sobre um bálsamo de erva cidreira. No grupo que utilizou o bálsamo de erva cidreira, verificou-se uma nítida redução dos sintomas, a partir do 2o dia. Ao 5o dia, havia mais 50% de pessoas sem sintomas do que no grupo placebo.

Utilização: Aplique uma infusão de erva cidreira sobre as lesões, por meio de um pouco de algodão. Repita este tratamento várias vezes ao dia.

Para preparar a infusão, deite 150 ml de água a ferver sobre 2 a 3 g de folhas finamente picadas. Depois, deixe em infusão durante 5 a 10 minutos e coe.

 

Os melhores suplementos

—► Lisina

Alguns estudos demonstraram que, em caso de herpes labial, a lisina pode ser eficaz na redução:

–  da frequência dos acessos de herpes;

–  da gravidade, bem como da duração, dos sintomas.

Utilização: Em dois estudos clínicos, utilizaram-se 1000 mg por dia, durante 12 meses, e 1000 mg, 3 vezes por dia, durante 6 meses.

—► Vitamina E

Um estudo preliminar demonstrou que a aplicação tópica de vitamina E ajudou a acelerar a cura das erupções. A maior parte das pessoas que participaram no estudo viu a dor desaparecer em menos de 8 horas. Um estudo subsequente permitiu obter resultados semelhantes.

Utilização: No estudo acima descrito, um pedaço de algodão impregnado com óleo contendo vitamina E foi mantido sobre a zona afectada, durante 15 minutos, pouco após o aparecimento das borbulhas de herpes. Os participantes deveriam, seguidamente, repetir o tratamento, de 3 em 3 horas até ao fim desse dia, e depois 3 vezes por dia durante os dois dias seguintes.

 

Outra melhor abordagem

Neste caso vale certamente a pena experimentar a homeopatia.

Consulte um homeopata para obter informações sobre o tratamento de fundo.

 

Para tratamento dos acessos agudos:

–  Tome 3 grânulos, 3 vezes por dia, de Rhus Toxidendron 9 CH.

–  Aplique localmente 1 ou 2 gotas, 3 vezes por dia: Calendula TM.

 

As melhores soluções psicológicas

—► Primeiras medidas importantes:

–  Reduza o stress e os conflitos da sua vida.

–  Reavalie a sua visão da sexualidade e a sua forma de se relacionar com os outros. Faça menos julgamentos e tente abrir-se um pouco mais.

—► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita as afirmações seguintes:

–  Aprendo a abrir-me aos outros.

–  Tenho cada vez mais confiança nas minhas relações íntimas.

 

Como prevenir as recidivas

Dado o carácter recorrente do herpes labial, a prevenção faz parte do tratamento.

Para além de reduzir o nível de stress e de ansiedade, deverá começar por evitar:

–  a exposição ao sol (a aplicação de um creme protector sobre os lábios pode ajudar a prevenir as erupções);

–  as substâncias que enfraquecem o sistema imunitário: tabaco, álcool, certos medicamentos e drogas.

De resto, será ainda desejável:

–   evitar alimentos que contenham muita arginina, uma vez que este aminoácido favorece as erupções de herpes;

–  consumir mais alimentos que contenham lisina.

 

Alimentos ricos em arginina: chocolate, nozes (em particular: amendoins, amêndoas, nozes de caju e nozes de Grenoble), sementes de girassol e de sésamo, noz de coco, ervilhas, lentilhas, milho, aveia, trigo-mourisco e cevada.

Alimentos ricos em lisina: peixe (especialmente a solha), aves, leite, iogurtes, favas de Lima, favas mung germinadas e levedura alimentar.

 

Faça ao menos isto:

–  Aplique um cubo de gelo e/ou gel de aloé vera sobre as erupções, desde o início do acesso.

–  Reduza o stress.

 

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

Gripe (influenza)

Glossário das Doenças

 

 

Gripe (influenza)

Não são necessárias apresentações para esta afecção corrente que nos faz sentir tão mal! Obviamente, não deve ser confundida com a simples constipação, com a qual tem vários sintomas em comum, embora de menor gravidade.

 

Quais são os sintomas?

Os sintomas podem durar de 24 horas a uma semana ou mais, mas geralmente, manifestam-se durante 4 ou 5 dias.

  • Num primeiro tempo: arrepios, dores musculares generalizadas, dores de cabeça, febre que pode atingir os 40°C, dores de garganta, espirros. (É o que se chama o “sindroma gripal”, que é aliás comum a várias doenças.)
  • Em seguida, vêm: a tosse seca, o corrimento nasal, as dores no peito (frequentes).
  • Outros sintomas possíveis: ardor nos olhos, suores nocturnos, gastrenterite (falando-se então de gripe intestinal), sonolência intensa, perda de apetite.

 

Quais são as causas físicas?

Existem 3 tipos (ou famílias) do Myxovirus influenza que podem causar a gripe:

–    Tipo A, o mais perigoso;

–    Tipo B, de manifestações menos graves;

–    Tipo C, cujos sintomas se assemelham aos de uma constipação vulgar.

 

Quais são os factores psicológicos?

O stress crónico e a fadiga persistente podem desempenhar um papel chave no desencadeamento e no agravamento da doença, na medida em que enfraquecem a imunidade. Assim, uma pessoa infectada que se encontre em plena forma não chegará a ter mais do que alguns sintomas, mesmo que esteja rodeada de pessoas atingidas.

Com efeito, durante a época das gripes, quase toda a gente fica exposta ao vírus da influenza, mas somente alguns são contaminados. E é possível actuar para não fazer parte deste último número!

 

O frio: outro factor psicológico?

Como pensavam que a gripe era “influenciada” pelo frio, os espanhóis do século XIV deram-lhe o nome de “influenza de fredo”. Na realidade, o frio só muito indirectamente afecta a gripe, já que o vírus tanto se pode instalar no Verão, como no Inverno. Se alguma “influência” exerce o frio, é ao ampliar a deficiência imunitária e reduzir as resistências às infecções respiratórias em geral.

Evite-se, por isso, atribuir maior importância ao frio do que aquela que ele tem. Aquelas pequenas frases como “Tem cuidado que podes apanhar frio!” fazem mais mal do que bem.

O medo é outro factor psicológico que pode desencadear ou agravar a doença.
E lembre-se que este medo é largamente condicionado por certos mitos
colectivos e pelos alertas das autoridades médicas.

 

 Como curar-se mais depressa

 

O médico assistente deverá aconselhar:

–  tomar um analgésico, para aliviar as dores e fazer baixar a febre;

–  determinadas medidas a aplicar em casa (ver adiante). Conforme os casos, poderá ainda receitar igualmente um antiviral.

 

Os melhores expedientes dos médicos

  • Beba muita água ou outros líquidos (sumos de frutos, etc). Deste modo poderá combater a desidratação e assegurar que as secreções de muco são menos espessas e, como tal, mais fáceis de expulsar.
  • Pelas mesmas razões, utilize um humidificador.
  • Fique na cama e repouse muito.
  • Tome analgésicos. (NOTA: A medicina natural contesta, no entanto, esta abordagem, que combate igualmente a febre. Ver mais adiante.)
  • Gargareje com água salgada, para aliviar as dores de garganta (caso se manifestem).

 

As melhores plantas

—► Equinácia (Echinacea purpúrea)

A equinácia pode actuar como antiviral e estimulante imunitário. Muitos estudos (dos quais pelo menos um foi realizado em regime de duplo anonimato) tendem a demonstrar que esta planta poderá reduzir a intensidade e a duração dos sintomas da gripe. Para isso é, no entanto, necessário que se comece a utilizá-la desde os primeiros sinais, prosseguindo o tratamento durante 7 a 10 dias.

Utilização: A Comissão E recomenda 6 a 9 ml do suco extraído da Echinacea purpúrea – ou uma preparação equivalente – por dia. Porém, não deve ser tomada durante mais de 8 semanas.

—► Alho (Allium sativum)

Os fitoterapeutas ou os médicos abertos à fitoterapia costumam recomendar esta planta para prevenir ou combater a gripe.

Utilização: Há quem recomende vários dentes de alho cru por dia. Uma forma simples de tomar o alho cru em quantidade suficiente é cortá-lo em lamelas finas, que deverão então ser introduzidas em fatias de pão barradas com manteiga. Ingeri-lo assim desde o aparecimento dos primeiros sintomas.

 

O melhor suplemento

Os naturopatas ou os médicos abertos à naturopatia recomendam, muitas vezes, vitamina C para prevenir ou combater a gripe. E certas investigações validam esta abordagem.

Assim, num estudo importante, o grupo que tomava vitamina C demonstrou uma redução de 85% nos sintomas da gripe, em comparação com o grupo de controlo, que tomava analgésicos e descongestionantes.

 

Outras boas alternativas

—► Acupunctura

Em geral, a acupunctura pode ajudar o doente a sentir-se melhor e, mesmo, a acelerar a cura. Um pequeno estudo vem aliás confirmar que a acupunctura poderá fazer baixar a febre.

—► Homeopatia

Pode ajudar a título complementar. Experimente, nomeadamente, a fórmula Oscillococcinum, disponível por todo o lado.

Várias investigações vão no sentido de demonstrar que esta fórmula é eficaz para tratar o síndroma gripal.

 

As melhores soluções psicológicas

—► Primeira medida importante:

Repouse. Saiba pôr de parte o trabalho ou as preocupações. A gripe é a “doença desculpa” por excelência. Ela informa-nos que é preciso “parar”. Se compreender a mensagem poderá acelerar o processo de cura (mas não vá dizê-lo ao patrão!) ou evitar as recidivas.

—► Em estado de auto-hipnose (ver o capítulo 32), repita uma das afirmações seguintes:

–  O Inverno favorece a saúde. Incita-me a repousar e ter mais tempo.

–  Como não me deixo influenciar pelas crenças colectivas, sinto-me saudável e respiro livremente.

 

Como prevenir a gripe?

Em período de epidemia, tenha em conta as recomendações seguintes:

  • Evitar qualquer contacto próximo com uma pessoa infectada, pois o contágio mantém-se enquanto durarem os sintomas.
  • Não esquecer que o contágio se processa pelas vias aéreas: o vírus viaja através das pequenas gotas projectadas no ar durante os espirros e a tosse. Assim, é necessário proteger-se convenientemente e, caso esteja infectado, há que colocar sempre a mão diante da boca quando se tosse (ou na curva do cotovelo, como se recomenda às crianças na creche).
  • Lavar as mãos frequentemente e evitar aproximá-las dos olhos e do nariz. (Não esquecer que as principais vias de entrada do vírus são o nariz e os olhos.)
  • Reforçar a imunidade. (Para mais informações, consultar a parte 1.)

 

E a vacinação?

As autoridades médicas recomendam a vacinação a todos aqueles que fazem parte de um grupo de risco. Ou seja:

–  as crianças pequenas, sobretudo as que frequentam infantários ou creches;

–  os idosos, sobretudo se viverem em casas de repouso ou em centros de acolhimento. Na verdade, é dentro deste grupo que se observam 80 a 90% das mortes em consequência da gripe.

Certos médicos são mais reservados no que diz respeito à vacinação. Alegam que, em geral, uma pessoa de boa saúde não precisa de ser vacinada contra a gripe. E também não se deve esquecer que, paradoxalmente, a vacina é menos eficaz entre aqueles que dela mais precisam, ou seja, os idosos. Com efeito, é a competência imunitária de cada um que faz toda a diferença.

 

Faça ao menos isto:

–  Utilize equinácia e alho.

–  Experimente a fórmula homeopática Oscillococcimun.

–  Repouse a fundo e aplique as medidas psicológicas.

 

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.

Fracturas

Glossário das Doenças

Fracturas

 

A fractura é uma ruptura ou uma fenda óssea. Existem dois tipos de fracturas: as fracturas fechadas e as fracturas abertas. Nas fracturas fechadas, com ou sem deslocação, os tecidos moles que envolvem o osso fracturado não são atingidos. Nas fracturas abertas, o osso sai, atravessando a pele, o que provoca o risco de infecção.

Quais são os sintomas?

–    Dor intensa ao menor movimento.

–    Impossibilidade de movimentar a zona atingida.

–    Deformação da zona afectada.

–    Inchaço, edema dos tecidos circundantes.

–    Hematoma resultante de uma hemorragia interna, quando os vasos sanguíneos são afectados.

–    Saída do osso, em caso de fractura aberta.

 

Quais são as causas físicas?

Na maior parte dos casos, as fracturas resultam de um acidente, embora um esforço físico intenso ou uma doença (osteoporose, tumores, quistos) também possam estar-lhe na origem.

Calcula-se que a osteoporose, uma doença que fragiliza o esqueleto, seja responsável por 200.000 fracturas por ano, em pessoas com mais de 65 anos. Regra geral, nestes casos, o osso que quebra é o fémur.

 

Quais são os factores psicológicos?

Os factores diferem consoante a zona afectada. De uma maneira geral, a própria natureza incita-nos a abrandar a cadência.

As fracturas podem, assim, traduzir uma forma de desistência.

 

Como curar-se mais depressa

Qualquer fractura constitui uma urgência médica. A pessoa atingida deverá fazer uma radiografia e colocar um gesso ou uma prótese. Em caso de fractura maior, revela-se por vezes necessário o recurso à cirurgia.

 

O que fazer enquanto se aguarda a assistência médica

Acima de tudo, nunca tentar movimentar o osso afectado, pois corre-se o risco de agravar ainda mais a situação. Se necessário, colocar um penso sobre a ferida para estancar a hemorragia, e agasalhar o ferido. Se não for possível ter acesso a uma ambulância, imobilize a zona afectada antes de transportar a vítima.

–     Se se tratar de uma fractura da perna: Ligue as pernas uma à outra, evitando apertar demasiado os nós e introduzindo um pano dobrado ou uma pequena almofada entre as duas pernas.

–     Se se tratar de uma fractura do antebraço: Imobilize o braço por meio de dois lenços de senhora. Um para segurar o braço contra a caixa torácica e o segundo para passar em volta do pescoço, de modo a sustentar o antebraço.

–     Se se tratar de uma fractura da coluna vertebral: Qualquer movimento, por menor que seja, pode dar origem à paralisia definitiva. Por isso, em nenhum caso deverá tocar, mexer ou virar a vítima. Chame os serviços de assistência especializados, o mais rapidamente possível.

–     Se se tratar de uma fractura do crânio: Em caso de embate craniano importante, vigie a vítima. Uma hemorragia interna poderá revelar-se fatal. Se a vítima estiver consciente, transporte-a ao hospital, em posição deitada. Se estiver inconsciente, coloque-a antes em posição lateral, por forma a prevenir qualquer risco de asfixia provocada pelas secreções ou pelos vómitos.

Tanto num caso como no outro, evite os abanões durante o transporte.

–     Se se tratar de uma fractura da anca ou do colo do fémur: Mesmo que a vítima ainda consiga andar, é absolutamente imprescindível evitar que o faça. As consequências poderão ser dramáticas, sobretudo no caso das pessoas idosas ou das que sofrem de osteoporose. Chame os serviços médicos o mais rapidamente possível.

–     Se se tratar de uma fractura aberta: Quanto menos se movimentar a vítima, menor é o risco de agravar a situação. Enquanto aguarda a assistência médica, cubra a ferida com um pedaço de gaze esterilizada ou, pelo menos, com um pano limpo. Não dê nada de beber ou de comer à vítima, já que ela irá ser, com certeza, anestesiada quando chegar ao hospital.

 

Os melhores expedientes dos médicos

Em inglês utiliza-se a fórmula RICE para descrever a melhor forma de acelerar a cura de uma fractura. R de “rest” (repouso), I de “ice” (gelo), C de “compression” (compressão) e E de “elevation” (elevação).

Se sofre de uma fractura menor, protegida por uma prótese amovível, é possível que o médico assistente lhe permita retirá-la de vez em quando, para proceder a aplicações de gelo. A fim de prevenir as queimaduras provocadas pelo frio, coloque um pano entre a pele e o saco de gelo.

De referir que um saco de legumes ou de milho congelado pode produzir o mesmo efeito. Se não puder retirar a prótese, aplique o gelo directamente em cima dela.

Tem comichão?

Se sentir comichão debaixo do gesso, resista a procurar alívio com a ajuda de uma agulha de tricotar, de uma régua ou qualquer outro objecto. Pode agravar a situação.

Eleve antes a zona afectada à altura do coração. Deste modo, a circulação sanguínea será afectada, o que terá por efeito reduzir a comichão.

 

A melhor planta

A consolda (Symphytum officinale) é uma planta muito conhecida na Europa. Jean Fernel, médico de Henrique II, recomendava-a para tratar as fracturas e acelerar a cicatrização pós-operatória, uma propriedade reconhecida pela Comissão E. A sua denominação científica provém do grego “symphyo” que significa “unir”.

Utilização: Para utilização interna, prepare infusões por um destes métodos:

–      Corte finamente 5 g de raízes e deixe macerar em duas chávenas de água, durante a noite. Beba ao levantar.

–      Leve a infusão 1 a 2 colheres de café de folhas secas em 250 ml de água quente. Aguarde 15 minutos, antes de beber.

Alternando com os cataplasmas de argila, aplique uma trituração da raiz em emplastro morno ou quente, sobre a zona lesada.

Atenção! Antes de empreender qualquer tratamento é necessário assegurar que os ossos estão devidamente alinhados. Além disso, os cataplasmas devem ser sempre aplicados sobre a pele intacta, já que uma cicatrização rápida pode aprisionar impurezas dentro da ferida.

Outras boas alternativas

—► Acupressão

Uma vez prestados os cuidados de emergência, massaje as zonas correspondentes à fractura, membro superior/inferior e vice-versa. Por exemplo, para uma fractura no joelho direito, massaje o cotovelo direito. Massaje em profundidade, no limite do suportável, à razão de duas sessões de 20 minutos por dia. Poderá assim aliviar enormemente a dor causada pela fractura, favorecendo, ao mesmo tempo, o processo de cura.

—► Alimentação

–      Consuma muitos frutos e legumes, dado o seu teor em vitamina C. O organismo necessita dela para reconstituir os tecidos danificados.

–     Uma dieta rica em cálcio e magnésio será igualmente um trunfo para a consolidação do esqueleto.

–     Alguns estudos demonstraram que as pessoas que bebem café e álcool terão maior tendência para sofrer de fracturas.

—► Argiloterapia

No livro Argile qui guérit, Raymond Dextreit refere que a argila constitui um recurso mais útil que o gesso, em caso de fractura. Contrariamente ao gesso, que é passivo, a argila intervêm no processo de cura. No entanto, é fundamental recorrer a um médico para imobilizar os ossos na posição correcta, por meio de talas.

Se o gesso for inevitável, comece a aplicar cataplasmas de argila logo que este seja retirado.

Aplique grandes e espessos cataplasmas sobre a zona afectada e, se possível, renove-os de duas em duas horas, ao longo do dia. Se não, duas ou três renovações também poderão fazer efeito. Durante a noite, aplique apenas um cataplasma, que deverá retirar de manhã.

Argila recomendada: ilite.

Envolva o membro afectado com uma generosa camada de argila (2 ou 3 cm), que deverá manter no lugar até que a argila comece a secar.

Atenção! Caso tenham sido introduzidos quaisquer parafusos, pregos, placas, etc, para reparar a fractura, é sempre possível recorrer à aplicação de argila. Ainda segundo Raymond Dextreit, a argila só favorece a expulsão de corpos estranhos quando estes são móveis (espinhos, pedaços de vidro ou de silex, etc). No entanto, será mais prudente começar por aplicar cataplasmas mais finos (1 cm), que poderá conservar no lugar durante uma hora a hora e meia.

—► Homeopatia

Pode recorrer, nomeadamente, aos remédios seguintes:

–     Arnica Montana: Este remédio é excelente para aliviar a dor e o edema. Convém tomá-la o mais rapidamente possível após o acidente e continuar a tomá-la enquanto a dor e o edema persistirem. A dose pode variar em função do doente.

–     Symphytum Officinale: Tome esta planta durante 3 semanas, para acelerar a cura. Antes de iniciar o tratamento, é necessário aguardar que os ossos sejam de novo colocados no devido lugar. Pode então tomar várias doses ao dia, durante os primeiros dias, passando depois para uma dose por semana, até que a factura esteja sarada.

Dose: 9 CH, 3 grânulos, 3 vezes por dia.

Calcarea Phosphorica: É um bom remédio para aliviar as dores ósseas e articulares.

Dose: 6 CH. 2 grânulos, 3 vezes por dia.

 

As melhores soluções psicológicas

Talvez um dia a hipnoterapia possa vir juntar-se aos lenços de senhora, aos gessos e às muletas, no tratamento de fracturas. É o que sugere um pequeno estudo, descrito no jornal Alternative Therapies in Health and Medicine, em Março de 1999. Num grupo de 12 adultos que sofreram de uma fractura da anca, 6 foram submetidos a sessões de hipnoterapia destinada a acelerar a cura. E este resultado foi alcançado.

Os ossos soldaram mais rapidamente, os doentes sentiram menos dores e, por essa razão, utilizaram menos medicamentos contra as dores do que os outros. Como descreve o autor do estudo. Carol Ginandes, psicólogo clínico da Harvard Medical School, estas pessoas puderam igualmente recomeçar mais cedo a andar e a suportar mais peso sobre as pernas. Ao fim de 6 semanas, já podiam descer escadas, e ao fim de 9 semanas, apresentavam uma melhor mobilidade. O estudo mostra ainda que, ao reduzir o tempo de utilização obrigatória de gesso e de muletas, a hipnoterapia melhora também a moral das vítimas.

 

Como prevenir as fracturas?

A osteoporose é responsável por um grande número de fracturas, nos idosos. Para prevenir o aparecimento desta doença – e as suas consequências – a prática de exercício físico é absolutamente recomendável.

Os exercícios nos quais se tem de suportar o peso corporal (marcha, jogging, ski em passeio, pétanque, etc.) e nos quais é necessário levantar pesos (pesos e alteres, andar com um saco às costas, etc.) são, de longe, os mais eficazes para fortificar o esqueleto.

De uma maneira geral, o exercício permite reforçar a musculatura. Deste modo, ele melhora o equilíbrio e previne as quedas.

Faça ao menos isto

–    Aplique a fórmula “RICE”.

–    Aplique compressas de consolda.

–    Pratique a acupressão.

–    Recorra à argila.

De Glossário das Doenças, do Livro O FACTOR X – Como curar-se mais depressa, de ROBERT DEHIN & JOCELYNE AUBRY, Publicações Prevenção de Saúde.