by Cloreto de Magnésio | Mai 20, 2015 | Livro METAFÍSICA DA SAÚDE - VALCAPELLI & GASPARETTO, Sistema Respiratório

ASMA BRÔNQUICA
SENTIMENTO DE INFERIORIDADE DISFARÇADO PELO
DESEJO DE PODER E CONTROLE DO AMBIENTE
Trata-se de doença crónica pulmonar, caracterizada por hiper-reatividades brônquicas, levando à obstrução das vias respiratórias. A asma é reversível, espontaneamente ou após um tratamento.
A crise de asma manifesta-se com tosse, chiado no peito e falta de ar. Pode ser desencadeada por alérgenos, infecções virais, exercício físico, emoções, poluentes, fumo e alterações bruscas de temperatura. A asma é geralmente causada pela sensibilidade às substâncias alérgicas, difíceis de serem identificadas. Acredita-se que o espasmo brônquico representa uma resposta alérgica à exposição direta ao alérgeno inalado ou ingerido.
Conforme estatísticas publicadas no Manual Merck de Medicina, em 10% a 20% dos asmáticos, a crise é precipitada por alérgenos, mais comumente pólens transportados pelo ar, poeira doméstica, pêlos de animais e outros anexos animais; em outros 30% a 50%, parece ser deflagrada por fatores não-alérgicos, como infecção, odores irritantes, tais como tinta fresca, gasolina, ar frio, fumo, etc., e fatores emocionais.
Desde o tempo de Hipócrates comentava-se que existia a associação entre problemas emocionais e a precipitação de ataques asmáticos. A relação dos fatores emocionais como agravantes de alguns casos de crises asmáticas é comprovada pela psicologia, que possui hoje muitos casos registrados, nos quais os ataques foram iniciados mais por acontecimentos do que pela presença de um antígeno específico.
O relato mais conhecido é chamado “asma das rosas”, em que o paciente entra em crise sempre que estiver diante de rosas. A crise surge também quando lhe apresentam uma rosa artificial. Outros casos relatados de precipitação dos ataques asmáticos são aqueles que ocorrem em uma hora regular do dia, quando a pessoa ouve uma certa música ou fala de um determinado assunto.
Outra situação que pode provocar uma crise na pessoa é quando acontece algo que lhe causa muita alegria, num impulso espontâneo em que ela exterioriza a alegria por meio do riso. Nesse momento pode surgir uma crise, pois a dificuldade do asmático consiste na exteriorização do sentimento. Ele não permite se expor abertamente, e, quando o faz, imediatamente se reprime, voltando a se fechar. Esse mecanismo interior aciona a crise asmática.
A crise caracteriza-se por uma contração dos brônquios menores e bronquíolos (pequenos condutos pelos quais o ar penetra nos pulmões), desprovendo assim de oxigênio, em quantidades apropriadas. O asmático faz força para inspirar profundamente, e a expiração é mais difícil e prolongada, por causa do bloqueio das vias respiratórias.
Quem sofre de asma tenta receber atenção e afeto em demasia, por isso inspira com força e absorve tanto ar que os pulmões ficam demasiadamente inflados. A crise é provocada na eliminação do ar. Esse mecanismo orgânico dá a sensação de estar expondo seus conteúdos internos, que são muito diferentes daquilo que tenta mostrar aos outros.
O asmático quer absorver tudo e não expelir nada, e isso causa a sensação de asfixia, consequentemente o espasmo brônquico. Metafisicamente, ele anseia por amor e não consegue ser amável. A relação do asmático com as pessoas de seu convívio costuma ser complicada, porque sua atitude fere os princípios de um relacionamento saudável, em que é preciso haver a troca. A própria vida requer constante troca com o ambiente, por meio do ar que é inspirado e exalado a todo instante. O mesmo é necessário haver nas relações humanas.
É justamente nesse ponto que repousa a maior complicação do asmático: ele só quer receber, sem nada fazer em troca. Exige que seus entes queridos façam tudo por ele. Toda vez que um asmático considerar que não está recebendo atenção suficiente, ele se isola. Por mais que seus familiares façam alguma coisa por ele, nunca o satisfazem, espera receber sempre mais. A contração brônquica, que precipita a crise asmática, é o reflexo do estado de isolamento. Com a oclusão dos brônquios não há interação do ser com o meio. Diferentemente do que aparenta, o asmático não expõe seus verdadeiros sentimentos. Mostra ser uma pessoa comunicativa e às vezes até sentimental, com o propósito de chamar a atenção e impressionar os outros. Seus sentimentos, como inferioridade, inadequação, etc., não são revelados para ninguém. Geralmente, nem ele mesmo tem consciência dessa condição de inferioridade que existe em seu íntimo. Ele não assume seus pontos fracos para si, tampouco para os outros; ao contrário, procura mostrar-se superior. Sua vida não é conduzida de acordo com seus próprios valores. Molda-se de acordo com a dinâmica do ambiente, adotando comportamentos bem conceituados, para ser reconhecido. Agindo assim, está considerando mais os outros do que a si mesmo.
Quando uma pessoa estiver querendo chamar a atenção de todos que estão à sua volta, é que a opinião deles é mais importante do que aquilo que ela está sentindo. Para manter a harmonia interior é necessário dar credibilidade a seus sentimentos e não depender do aval dos outros. A asma é caracterizada metafisicamente por um conflito entre o sentimento e o desejo. O asmático se sente inferior e deseja ser o centro das atenções da família. Desse modo, conclui-se que o comportamento adotado pelo asmático para se promover não passa de um disfarce para esconder seu sentimento de inferioridade. O sentimento de inferioridade seguido do egocentrismo atrai para si pessoas dominadoras, que passam a controlar sua vida. O asmático quer a todo custo dominar os outros. Se ele não consegue, ou se for dominado por alguém, isso o deixa “arrasado”, podendo até precipitar frequentes crises.
Quando não consegue exercer poder sobre o ambiente, utiliza-se das crises para chamar a atenção de seus familiares. Ele põe em risco a saúde para ser o centro das atenções, tirando proveito da própria ruína. Obviamente, esse é um mecanismo inconsciente. A doença requer cuidados especiais das pessoas ao redor. É necessário afastar os animais de estimação, remover o pó, manter a casa limpa e higienizada, tudo para evitar que ele entre em crise. Mediante esses cuidados a favor do bem-estar do asmático, ele monopoliza a atenção daqueles que o cercam, exercendo assim, uma espécie de controle sobre o ambiente.
A asma é mais comum em crianças. É nessa fase que se busca uma maneira de lidar com as próprias sensações e conquistar seu espaço no ambiente. Como o mundo da criança gira em torno da família, esta representa seu maior valor afetivo. Assim, portanto, a problemática interior do asmático está mais frequente no lar. Se a condição metafísica for específica aos familiares, os mesmos fatores alérgicos que dentro de sua casa provocam crises de asma, quando inalados em outros recintos não afetam tanto.
Quando a asma se estende à adolescência e até à fase adulta, isso representa que a pessoa não se resolveu interiormente, arrastando para o convívio social seu sentimento de inferioridade. Nesse caso, a inalação dos fatores alérgicos em qualquer ambiente provocará a mesma reação da doença alérgica.
É difícil para um asmático admitir a si mesmo sua condição emocional de inferioridade. O mecanismo de compensação é acionado porque ele não aceita sua verdade interior. Prefere fugir disso, conquistando à sua volta uma situação contrária. Por mais que se sobressaia perante os outros, não resolve aquilo que traz dentro de si. É preciso encarar sua realidade, desenvolver a auto-estima. Não dê tanta importância aos outros, senão você se torna dependente deles e isso dificulta o fortalecimento interior e o faz sentir-se pior ainda.
Do Livro METAFÍSICA DA SAÚDE , VOL. 1 Sistemas Respiratório e Digestivo, VALCAPELLI & GASPARETTO
Postado por Elisabete Milheiro
by Cloreto de Magnésio | Mai 19, 2015 | Livro METAFÍSICA DA SAÚDE - VALCAPELLI & GASPARETTO, Sistema Respiratório

BRONQUITE
DIFICULDADE DE RELACIONAR-SE COM O AMBIENTE
SENTIR-SE AGREDIDO E NÃO SABER COMO SE EXPRESSAR
TER NECESSIDADE DE CHAMAR A ATENÇÃO, ISOLAR-SE OU FAZER CHANTAGEM
A inflamação dos brônquios revela um estado emocional de desconforto e irritabilidade acerca do que se passa ao redor. Essa condição é desencadeada pela falta de habilidade em lidar com os fatores internos frente às situações. Quem tem seus brônquios inflamados geralmente vive num ambiente tumultuado, com atritos e discussões, ou num silêncio demasiado, em que não há diálogo entre as pessoas. Ambos os casos podem causar medo de se expressar e ser tratado com estupidez ou com indiferença.
Em virtude disso, algumas pessoas afetadas pela bronquite preferem se isolar e permanecer caladas; outras recorrem ao exibicionismo para chamar a atenção; existem, ainda, aquelas que se revoltam e se tornam rebeldes. No caso de crianças, anseiam serem aceitas pelos pais. Sentem-se inadequadas e têm necessidade de aprovação. Isso faz com que fiquem o tempo todo querendo agradá-los. Como não são hábeis para se expor, exageram no comportamento, acabando por serem mal interpretadas e em muitos casos reprimidas.
Quem sofre de bronquite não expressa aquilo que sente, está sempre procurando um jeito certo para se colocar. Costuma sufocar sua essência para agradar os outros. De uma maneira ou de outra, “força a barra” para se relacionar com as pessoas e não age com naturalidade. Existem aspectos específicos a serem considerados para os casos agudos e crónicos. Bronquite aguda é uma inflamação da mucosa brônquica que se desenvolve durante ou após um resfriado comum ou outras infecções geralmente virais das vias aéreas superiores.
Quando os brônquios se inflamam, instala-se uma tosse inicialmente seca e posteriormente muco-purulenta, com sensações ásperas na parte superior do peito e, ocasionalmente, falta de ar e chiado no peito. A característica básica da postura interna que somatiza a bronquite aguda corresponde a uma fase que a família está atravessando. Nesse período, a pessoa fica abalada com a situação, sentindo-se agredida pelo que está acontecendo. Trata-se de uma situação nova em sua vida, que, por não saber lidar bem com ela, se torna confusa.
Vejamos alguns exemplos que podem desencadear esse quadro em você: o processo de separação dos pais, a presença de alguém que vem morar em sua casa e passa a ser o centro das atenções, comprometendo a harmonia do ambiente. Raramente a problemática está relacionada com o ambiente de trabalho, porém em alguns casos é nesse campo que repousa a confusão interior.
Assim sendo, os acontecimentos que provocam a manifestação da bronquite aguda podem ser: uma ameaça de ser mandado embora, um risco de falência da empresa ou, ainda, a contratação de alguém para trabalhar em seu departamento que, de certa forma, representa uma ameaça ao seu emprego ou à harmonia do ambiente de trabalho. À medida que se resgata a ordem interior e se conquista a harmonia no ambiente, a manifestação da bronquite aguda deixa de existir. Sobre os sintomas da bronquite aguda, convém salientar que a aspereza da relação entre as pessoas de seu meio se manifesta na forma de sensações ásperas na parte superior do peito.
A tosse demonstra que existe algo profundamente arraigado a ser expresso. Na medida em que a pessoa se propõe a falar a respeito, isso gera condições metafísicas para suavizar os sintomas. Bronquite crónica é uma inflamação brônquica de longa duração, com tosse persistente e expectoração durante pelo menos três meses consecutivos.
Os casos crónicos estão relacionados com a persistência na problemática interior que foi apresentada anteriormente. Melhor dizendo, criaram-se vícios de comportamento, e a pessoa insiste em agir de maneira indevida. Ela não consegue resolver sua dificuldade de lidar com o ambiente. Frequentemente depara com estupidez ou indiferença e ainda não sabe como se posicionar. Mesmo assim, não desiste de ser considerada pelos outros ou de ser o centro das atenções. Será que adianta insistir nisso? Que tal desistir? É isso mesmo! Deixar todo mundo de lado e se ocupar mais com você mesmo, dar mais importância a suas próprias coisas.
A sugestão é que você dê mais atenção a si do que aos outros. A autovalorização e o amor-próprio são fatores determinantes para se obter o reequilíbrio interior. Dê mais importância ao que você sente do que ao que os outros podem falar ou pensar a seu respeito. Apoie-se, para não depender da aprovação de ninguém. Não é se anulando que isso o fará integrar-se ao ambiente. Valorize seu jeito de ser. Seja a todo instante, e cada vez mais, você mesmo.
Do Livro METAFÍSICA DA SAÚDE , VOL. 1 Sistemas Respiratório e Digestivo, VALCAPELLI & GASPARETTO
Postado por Elisabete Milheiro
by Cloreto de Magnésio | Mai 11, 2015 | Livro METAFÍSICA DA SAÚDE - VALCAPELLI & GASPARETTO, Sistema Respiratório

BRÔNQUIOS
RELAÇÃO ENTRE O INTERNO E O MEIO EXTERNO
INTERAÇÃO HARMONIOSA COM O AMBIENTE
Os dois brônquios primários derivam da bifurcação da traquéia e se ramificam em brônquios cada vez menos calibrosos, até chegarem aos bronquíolos e alvéolos, conduzindo assim o ar do meio externo para o interno. Os brônquios são dutos por onde é absorvida a vida, que é representada pelo ar inspirado.
Também por eles passam os conteúdos provenientes do interior do organismo, sendo, portanto, uma via de expressão da natureza íntima do ser no ambiente. No âmbito metafísico, os brônquios correspondem às relações interpessoais e à interação harmoniosa entre o mundo interno e o meio externo. De maneira informal, os brônquios são chamados de árvore brônquica. Essa relação exemplifica bem sua função.
Comparando-os a uma árvore cujas extremidades das folhas estariam relacionadas com a região nasal e suas raízes com os bronquíolos, pode-se dizer que é no tronco de uma árvore que passam tanto os elementos extraídos pelas raízes quanto aqueles absorvidos pelas folhas. Uma árvore se torna forte quando há uma boa absorção dos raios luminosos e do dióxido de carbono, que é realizada pelas folhas.

No organismo, esse processo estaria relacionado com o ar inspirado. Os elementos vitais absorvidos pelas raízes da árvore são distribuídos até as folhas, passando pelo tronco. Analogamente, as sensações produzidas no interior do indivíduo são externalizadas para o ambiente, passando pelos brônquios.
Os brônquios representam o sincronismo entre as emoções e os pensamentos, que modelam a expressão dos desejos e vontades. A maneira como você aprendeu a lidar com as situações do ambiente e seu comportamento influencia as funções brônquicas.
Quem tem habilidade de conviver harmoniosamente, acatando os fatores externos e se integrando ao ambiente, é bem-sucedido nas relações interpessoais. Sabe o momento certo de intervir e como o fazer, e consequentemente mantém as funções brônquicas saudáveis.
Aqueles que não conseguem manter o equilíbrio, por não serem receptíveis nem expressivos, poderão apresentar comprometimentos nos brônquios.
A relação problemática não significa apenas ser reprimido. Inclui também os comportamentos exagerados, com o propósito de chamar a atenção dos outros.
Do Livro METAFÍSICA DA SAÚDE , VOL. 1 Sistemas Respiratório e Digestivo, VALCAPELLI & GASPARETTO
Postado por Elisabete Milheiro
by Cloreto de Magnésio | Mai 4, 2015 | Livro METAFÍSICA DA SAÚDE - VALCAPELLI & GASPARETTO, Sistema Respiratório

CALOS NAS CORDAS VOCAIS
REVOLTA E ASPEREZA NA FORMA DE FALAR
O enrijecimento das cordas vocais reflete a postura interior de forçar a voz para impor autoridade, exercer o poder e dominar o assunto ou aqueles que estão ao seu redor.
A insegurança ou falta de argumentação leva a pessoa a tentar ser persuasiva na comunicação forçando exageradamente a voz.
Essa condição também provoca a rigidez na maneira de falar, pronunciando palavras agressivas e reprimindo a ternura na expressão verbal.
Quer fazer-se de “durão” para impressionar os outros e não demonstrar suas fraquezas. A falta de firmeza interior ou de competência faz com que a pessoa tente impor respeito por meio da voz.
Vale lembrar que o respeito é adquirido pela postura e não aos berros. Por isso, procure preservar uma boa condição emocional em lugar de forçar a expressão verbal para obter o poder e controle da situação.
A revolta e a indignação, quando expressas pela via oral, em forma de grosserias e estupidez, são um fator metafísico desencadeador da calosidade nessa região do corpo.
Do Livro METAFÍSICA DA SAÚDE , VOL. 1 Sistemas Respiratório e Digestivo, VALCAPELLI & GASPARETTO
Postado por Elisabete Milheiro
by Cloreto de Magnésio | Abr 22, 2015 | Livro METAFÍSICA DA SAÚDE - VALCAPELLI & GASPARETTO, Sistema Respiratório

VOZ
VIA DE EXPRESSÃO DO SER
A laringe é considerada o órgão da voz, pois, na mucosa que reveste a cartilagem da laringe, encontram-se as aberturas conhecidas como cordas vocais. A voz é produzida pela vibração causada nas cordas vocais durante a passagem do ar entre elas. Embora a língua, os lábios, os dentes e o palato contribuam bastante para modificar os sons, não são eles os responsáveis pela produção da voz. Isso se dá no interior da laringe, na caixa da voz.
A laringe correlaciona-se metafisicamente com a auto-expressão. Por ser também responsável pela verbalização, associa-se à nossa expressão na vida. Falar acerca do que sentimos ou pensamos favorece o bom funcionamento da laringe.
A palavra tem o poder de transformação, possibilita uma série de mudanças na vida da própria pessoa e daqueles que estão à sua volta. Por outro lado, a palavra pode tornar-se um meio de destruição, tanto de quem fala quanto de quem ouve. Às vezes, uma palavra é suficiente para enaltecer ou arrasar a pessoa. A voz é o veículo de manifestação do ser, a porta de expressão dos sentimentos e a assinatura dos pensamentos.
A palavra é o compromisso que assumimos perante os outros. Embora o pensamento tenha uma considerável força, a palavra tem o poder realizador. Se for bem empregada, produz excelentes resultados na vida. É com ela que os homens se relacionam, fazem a história e mudam os hábitos.
Durante uma conversa, a pessoa se revela para os outros e tem a chance de descobrir mais sobre si mesma. Se prestássemos mais atenção no que falamos, descobriríamos sentimentos que permanecem obscuros à consciência. São coisas que não admitimos pensar a respeito, como nossa vaidade, orgulho, etc.; poderíamos até obter respostas que estamos procurando nas outras pessoas.
Pode-se dizer que aquilo que tanto falamos aos outros é o que precisamos ouvir. Ao dar uma orientação a alguém, geralmente estamos apontando soluções para nossos próprios problemas. Assim, portanto, a voz é um agente que possibilita o autoconhecimento.
As características da voz apontam alguns aspectos metafísicos dignos de serem observados e reformulados a fim de se conquistarem a harmonia interior e o bem-estar. Quem fala muito não se ouve. A necessidade de se ouvir faz com que a pessoa fale exageradamente. O assunto mais abordado é exatamente o que ela mais precisa ouvir. Aquele que se cala sufoca sua voz interior.
Resiste em admitir seus próprios sentimentos. A tonalidade da voz reflete nossa condição emocional. O tom varia de acordo com o estado de humor: Quando estamos motivados, a voz segue um compasso rítmico e harmonioso. Quando estamos desanimados, a voz é “melosa”. Quando estamos bem-humorados e serenos, falamos pausadamente, numa altura suficiente para que os outros ouçam. Quando estamos agitados e ansiosos, falamos rápido demais, atropelamos os outros na conversa e até mesmo as palavras que pronunciamos. Esse estado provoca também o aumento do volume da voz.
Falar alto demais demonstra agitação interior e anseio por ser ouvido pelos outros. Pessoas que têm esse comportamento não se ouvem nem prestam atenção em si mesmas, muito menos naqueles que estão ao seu redor. Se fossem mais atentas, perceberiam que a altura de sua voz estava quebrando a harmonia do ambiente.
Quem fala muito alto não se sente integrado ao meio. O aumento do volume da voz se torna um mecanismo usado para se destacar e impor sua presença. Já aqueles que falam muito baixo, como se falassem para dentro, são oprimidos. Sufocam seus sentimentos e não se expressam livremente.
Outro aspecto interessante da voz é o timbre. Existe timbre de voz agudo e grave. Em ambos pode-se observar importantes características da personalidade, apontados abaixo: Voz aguda é um reflexo de imaturidade, comum na pré-adolescência, podendo estender-se para a fase adulta caso a pessoa não desenvolva a maturidade. Persiste em continuar se expressando como criança, demonstrando assim traços de personalidade infantil.
Voz grave reflete o amadurecimento da personalidade. É uma voz bem colocada, com força de expressão, normalmente pronunciada numa altura suficiente para ser ouvida. É característica das pessoas mais centradas em si, que não demonstram dificuldades em se colocar perante os outros. A voz exageradamente grave demonstra um mecanismo de compensação. Falar grosso é querer exercer um poder “glutal”, melhor dizendo, se impor verbalmente. É um mecanismo de compensação dos fatores de desigualdade, como a baixa estatura, sentimento de inferioridade, etc.
Mulheres com voz grossa sempre usaram esse recurso para impor sua autoridade, a exemplo de uma menina criada com vários irmãos que desde pequena precisou falar grosso para ser respeitada. Existe um hormônio produzido pela glândula supra-renal que regula o timbre da voz. Ele também é responsável pela formação de pêlos no corpo. Assim, portanto, geralmente a mulher que tem o timbre de voz grosso apresenta maior quantidade de pêlos no corpo. Em suma, a liberdade de expressão é primordial para o bom funcionamento das cordas vocais.
As dificuldades de se expor geram acúmulo energético na região da garganta, produzindo uma sensação desagradável, popularmente conhecida como “nó na garganta”. Caso esses bloqueios não sejam solucionados, provocam complicações na laringe.
Uma pessoa vaidosa reprime seus sentimentos, e a primeira parte do corpo a ser afetada pelas emoções contidas são as cordas vocais.
Do Livro METAFÍSICA DA SAÚDE , VOL. 1 Sistemas Respiratório e Digestivo, VALCAPELLI & GASPARETTO
Postado por Elisabete Milheiro
by Cloreto de Magnésio | Abr 16, 2015 | Livro METAFÍSICA DA SAÚDE - VALCAPELLI & GASPARETTO, Sistema Respiratório

LARINGE
SELEÇÃO E DISCERNIMENTO ENTRE IDÉIAS E FATOS
A laringe é um tubo formado por várias cartilagens que ligam a parte inferior da faringe com a traquéia.
Dentre as funções da cartilagem da laringe destacam-se duas: “caixa da voz” e uma espécie de válvula localizada na epiglote.
A epiglote é uma cartilagem que está ligada à borda superior da laringe. Tem a forma de uma folha que age como uma espécie de dobradiça da porta de entrada da laringe. É movimentada pela contração dos músculos durante a deglutição, impedindo a passagem dos alimentos e líquidos para a traquéia.

Há duas passagens na garganta: uma para os alimentos e líquidos e outra para o ar. No âmbito metafísico, a função da epiglote está relacionada à habilidade em discernir entre o que você sente e o que os outros falam ou ainda, entre os fatos e as idéias insólitas. Isso significa achar que as coisas são de uma determinada forma e deparar com uma realidade totalmente diferente.
Quando os palpites dos outros interferirem em seus sentimentos, é que você não está suficientemente seguro em relação a eles. A falta de solidez interior o deixa vulnerável ao que vem de fora. É comum as pessoas fazerem expectativas. Isso as faz sentirem-se temporariamente confortáveis, mas é pura ilusão acionada para suavizar o desconforto provocado pela triste realidade.
Quanto maior for a ilusão frente aos problemas, mais difícil fica para solucioná-los. Torna-se complicado para a pessoa que se entrega aos devaneios selecionar o que são exageros de sua parte e o que é verdadeiramente correto. A dificuldade de discernimento entre os pensamentos e os fatos reflete na laringe, provocando o engasgo.
Do Livro METAFÍSICA DA SAÚDE , VOL. 1 Sistemas Respiratório e Digestivo, VALCAPELLI & GASPARETTO
Postado por Elisabete Milheiro