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Os Complementos Alimentares

b) Os complementos alimentares

A utilização de pólen, de levedura de cerveja, etc. permite acelerar o processo de cura. As fortes concentrações de vitaminas e minerais que estes produtos contêm e a sua fácil assimilação ajudam a satis­fazer as carências muito mais rapidamente, devido ao seu aporte em nutrientes, qualidade e variedade. Efectivamente, cada nutriente de­pende, em parte, da presença de outros nutrientes para que seja assi­milado correctamente. Alguns complementos exercem melhor efeito nuns pacientes do que noutros. Por conseguinte, é necessário um aconselhamento ou a experimentação para que se definam quais os mais convenientes. Podem tomar-se vários produtos em simultâneo.

Para a administração de vitaminas:

Principalmente o pólen, a levedura de cerveja (em pó ou líquida), as sementes germinadas, o óleo de gérmen de trigo e os concentrados de acerola.  

Para a administração de sais minerais e oligoelementos:

Sobretudo os comprimidos de pós de conchas, de ossos ou de algas; a água do mar, o magnésio, o melaço escuro, as águas termais, a cauda de cavalo (ou cavalinha)…  

Revitalizantes gerais:

A geleia real, o ginseng, o sémen de peixe, a mistura de levedura líquida e de sumo de verduras e fruta… Combatendo as carências, o doente consegue eliminar melhor as toxinas, e, por outro lado, quando o organismo se desprende das toxinas, as carências satisfazem-se mais facilmente. Os dois processos são inseparáveis.  

c) Remédios Específicos

Para além de satisfazer as carências nutritivas do organismo doen­te, é também necessário ampará-lo nos seus pontos vulneráveis. Os cuidados a observar deixam de ser gerais, quer dizer, deixam de ter uma acção global a nível do terreno, e dirigem-se particularmente a um órgão concreto ou a um problema específico. Pode tratar-se de estimular um órgão preguiçoso, tonificar uma função deficiente, acal­mar a irritação dos tecidos, desinfectar, etc. Cada doente tem os seus pontos fracos que devem ser considerados no momento do tratamento, assim como durante a grande tarefa de correcção do terreno. Entre os remédios ou cuidados específicos, poderão utilizar-se coisas tão diferentes entre si e, no entanto, tão eficazes, como as plantas medicinais, a aromaterapia, o magnetismo, a acupunctura, a homeo­patia, os toques nasais, a reflexologia plantar, a hidroterapia, etc. No entanto, convém repetir que estes cuidados específicos são apenas complementos do tratamento geral do terreno. Quanto mais doente se encontra um corpo, mais ávido está dos nutrientes de que carece.

De: Christopher Vasey

Do livro Compreender as doenças Graves Editorial Estampa Lda.

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O segredo de como curar-se e manter-se saudável

O segredo de como curar-se e manter-se saudável

A terapêutica e os remédios

 Se todas as perturbações locais são o resultado do estado defei­tuoso do terreno, se as agressões microbianas também dependem das suas debilidades, o senso comum indica que a terapêutica deve actuar sobre ele, antes de mais. À unicidade patológica e à deterioração do terreno corresponde a unicidade terapêutica e a correcção do terreno, depurando-o e combatendo as suas carências. Mais a frente aprende como CURAR-SE e manter-se SAUDÁVEL.

O primeiro objectivo é, pois, libertar o organismo das toxinas e dos resíduos. Neste sentido, é necessário “abrir” de par em par as portas de saída, quer dizer, os órgãos de filtragem e eliminação: o fígado, os intestinos, os rins, a pele e as vias respiratórias. O seu funcionamento é lento em todos os pacientes. Os resíduos acumularam-se nesses órgãos e, ao não poderem abandonar de imediato o organismo, foram projectados para as profundidades dos tecidos. Os vários métodos de limpeza, destinados a estimular os canais excretores, despejam-nos primeiro, permitindo assim que todos os resíduos abandonem pro­gressivamente o organismo.

Para se poder avaliar realmente a quantidade de venenos e resíduos que podem acumular-se insidiosamente no corpo, é necessário que se faça uma cura de limpeza ou que se assista a ela. As pessoas que sofrem de um trânsito intestinal demasiado lento admiram-se sempre com a quantidade de matérias expulsas pelo intestino, mesmo após vários dias de jejum. O cheiro forte e nauseabundo exalado pelo suor dos doentes em estado grave, é um facto bem conhecido. Na mesma ordem de ideias, a coloração e concentração das urinas, no momento das crises de desintoxicação, é sempre surpreendente, do mesmo modo que o é a multiplicidade de formas pelas quais a pele expulsa os resíduos (borbulhas, purgações, corrimentos… ).

Apesar do carácter desagradável dos momentos de depuração do organismo, não há motivo para sustos ou desânimos, pois mais vale que esses resíduos sejam expulsos do nosso corpo, em vez de perma­necerem dentro dele.

Existem inúmeros meios pelos quais se pode estimular a elimina­ção de toxinas. Os processos são sempre escolhidos em função do doente. Consoante os casos, às vezes recorre-se às plantas medicinais, aos vários procedimentos de sudação, aos banhos, à reflexologia, etc.

Paralelamente à abertura das portas de saída, é também necessário auxiliar a “subida” das toxinas desde as profundidades dos tecidos até à superfície. Efectivamente, os resíduos que, com o tempo, se acumu­lam e se concentram cada vez mais, já não impregnam apenas os líquidos orgânicos: eles incrustam-se nos tecidos celulares. 

É lógico que estes resíduos são muito mais difíceis de eliminar, uma vez que, em primeiro lugar, é preciso desalojá-los para permitir que, com a continuação, sejam arrastados pelos líquidos orgânicos até aos canais excretores. As técnicas utilizadas são todas tendentes a intensificar enormemente a circulação, até aí lenta, dos soros celulares, ou a fragmentar os resíduos no próprio local em que se encontram, tornan­do-os em partículas mais finas, com o propósito de facilitar o seu transporte e a sua eliminação. Entre estas técnicas estão os jejuns, as mono dietas, os banhos hipertérmicos, as limpezas linfáticas, alguns exercícios físicos, etc.

Estimulando os intestinos com plantas de acção laxativa ou com lavagens, facilitando a eliminação da urina com plantas diuréticas, a expectoração com óleos essenciais e a sudação com a hidroterapia, a medicina natural não faz mais do que copiar os procedimentos cura­tivos accionados pelo próprio corpo. Efectivamente, para depurar o organismo e devolver-lhe a saúde, a própria força vital desencadeia abundantes evacuações de resíduos, através do tubo digestivo (diarreias, vómitos… ), rins (urinas concentradas, ácidas … ), vias respiratórias (catarros diversos) e pele (sudação). Deste modo, a medicina natural respeita essa grande verdade enunciada por Hipócrates: “A medicina é a arte de imitar os procedimentos curativos da natureza.”

O segundo objectivo da terapêutica natural é a correcção do terreno, proporcionando-lhe tudo quanto necessita para recobrar o seu equilí­brio. Trata-se de satisfazer as carências. As carências de aminoácidos essenciais, de vitaminas e oligoelementos têm efeitos dramáticos sobre o funcionamento do corpo, pela simples razão de que o nosso orga­nismo não pode sintetizá-los. Deve recebê-los do exterior.

Um organismo ao qual se proporcionam as substâncias de que se viu privado durante muito tempo renasce e recupera as suas forças de forma surpreendente. Todas as funções orgânicas que se encontravam adormecidas recobram a sua actividade, todos os trabalhos que haviam sido suspensos podem ser retomados, e o organismo revive. A depu­ração do terreno é, então, muito mais rápida, e as capacidades imunológicas são recobradas.

As carências podem satisfazer-se através de uma ingestão regular de alimentos que contenham as substâncias em falta, ou com a ajuda de “revitalizantes” como o pólen, a gelei a real, a levedura de cerveja, os germinados, os pós de algas ou alguns mariscos. A riqueza e concentração de alguns destes complementos alimentares em vitami­nas, aminoácidos essenciais, em oligoelementos e em minerais permitem manter eficazmente as forças vitais orgânicas e satisfazer as carências com maior rapidez.

Na medicina clássica, considera-se que a resolução do diagnóstico é o ponto mais importante, pois que dele depende a escolha dos medicamentos. Neste tipo de medicina, a terapêutica apresenta-se sob a forma de uma equação: para uma determinada doença, está indicado um determinado medicamento. Enquanto não se fizer o diagnóstico, não se poderá iniciar o tratamento.

Coloca-se, então, o doente sob observação, o que, na realidade, não faz senão permitir a evolução da degradação do terreno até que se manifeste uma perturbação local que seja diagnosticável.

Só então se poderá começar o tratamento, através da oposição que o agente terapêutico fará à enfermidade.

Para além do mais, este conceito apresenta um grande inconve­niente. Quando surge uma nova doença, desconhecida, como aconte­ceu recentemente com a SIDA, o paciente vê-se obrigado a depositar todas as suas esperanças no dia em que a sua enfermidade seja ple­namente identificada e surja um medicamento eficaz.

A medicina natural não se deixa deter por uma enfermidade “nova” e “desconhecida”. O novo é a forma de manifestar superficialmente a perturbação profunda que é a contaminação humoral. Embora não exista um diagnóstico no sentido da medicina clássica, o tratamento pode iniciar-se. Não há necessidade de submeter o paciente ao período de observação, de esperar que os seus transtornos se agravem, nem de esperar pela descoberta de um remédio. A acção de corrigir o terreno (limpar os resíduos e satisfazer as carências) pode iniciar-se imedia­tamente.

Na medicina clássica, o diagnóstico baseia-se na doença; Na me­dicina natural, baseia-se no doente. O interesse pelo enfermo significa interessarmo-nos pelo seu modo de vida, pela energia dos seus diver­sos órgãos, pelo seu sistema imunológico, pela natureza e as causas da contaminação humoral.

É preciso tratar-se o homem globalmente, nas suas dimensões fí­sica e psíquica, orgânica e espiritual, e não a pedaços isolados do seu ser, pois a diagnósticos fragmentados apenas corresponderão trata­mentos fragmentados. A medicina natural esforça-se para realizar um tratamento de fundo, que ataque a natureza profunda do mal e não apenas as suas manifestações superficiais.

Vale a pena determo-nos por um instante, para nos perguntarmos onde residirá a eficácia de um remédio. Como actua? Normalmente, temos a impressão de que o remédio tem em si todas as capacidades curativas necessárias e que ele é o único agente activo. Pode parecer assim, se situarmos a sua eficácia na capacidade que possui de fazer desaparecer os sintomas da doença. Mas, se esta for considerada um estado defeituoso do terreno, é lógico que nos perguntemos como é que um remédio, por muito polivalente que seja, poderá, por si só, estimular os canais excretores, depurar os tecidos, reforçar a imuni­dade, satisfazer as carências e fazer desaparecer os sintomas locais.

O remédio não cura a doença; no máximo, ajuda o enfermo a curar-se a si mesmo. As forças curativas encontram-se no corpo, são Forças Vitais do organismo: é a natura medicatrix dos Antigos, e a força imunológica dos modernos. Um remédio não tem capacidade para curar as doenças de uma pessoa morta. Faltam-lhe as forças vitais orgânicas que poderão estimular, orientar e manter.

Contudo, a medicina natural não se opõe ao uso de medicamentos. Ela própria os utiliza, mas unicamente como complemento para o tratamento de fundo. A medicina natural não deixa ao remédio a responsabilidade da cura; ela actua sobre o terreno responsável pelos transtornos locais. Além disso, os remédios específicos que, em caso de necessidade, emprega para tratamento dos transtornos locais são fisiológicos e não químicos; ou seja, são aceites pelos circuitos me­tabólicos do organismo, podendo ser facilmente utilizados e eliminados­ por ele. Quando assim não acontece, os remédios contribuem para maior degradação do terreno, tendo então um efeito mais nefasto que benéfico.

Ás vezes, pode ser necessária a utilização de remédios cujo efeito é “pior do que a doença”, quando o seu uso momentâneo permite superar momentos difíceis, por exemplo, no caso de super infecções microbianas, dores fortes, diminuição brusca da actividade de um órgão, etc. No entanto, o uso destes remédios ocasionais generalizou-se. Por esse motivo, podemos constatar como se multiplicam hoje em dia as enfermidades iatrogénicas, doenças provocadas pelos próprios medicamentos. 

Explicar que a enfermidade iatrogénica é menos grave que a enfermidade combatida inicialmente não é um argumento válido para justificar a sua utilização. Os problemas locais podem parecer menos graves, mas o estado do terreno por certo que se agravou com a intoxicação provocada pelos medicamentos, sendo por isso necessário prevenir novos transtornos.

É sempre desconcertante para aqueles que prescrevem e para os que utilizam medicamentos químicos constatar os procedimentos usados em medicina natural. Como podem as tisanas competir com produtos cujas concentrações em princípios activos são incompara­velmente superiores? Como é que as aplicações de água, de dietas ou massagens podem pretender efectivar curas nos casos em que os medicamentos fortes se mostram impotentes? Neste momento temos que recordar que o valor de um remédio não reside nele mesmo, mas na sua capacidade de ajudar, de manter e estimular as forças curativas do organismo.

As forças curativas encontram-se no corpo, são as forças vitais do organismo. O valor de um remédio não reside em si mesmo, mas na sua capacidade de estimular essas forças.

Fonte: Compreender as Doenças Graves de Cristopher Vasey

Editora Estampa