
IODO – UM NUTRIENTE ESSENCIAL
Por Renato Dias
O iodo é, sem dúvida, o nutriente menos estudado e compreendido do corpo humano. O seu uso, como simples elemento para tratar uma doença específica, ocorreu no início do século XX e foi usado pela primeira vez para tratar o bócio tireoidiano.
Este nutriente é essencial para o metabolismo da: tireóide, mamas, mucosa gástrica e próstata. É também um poderoso eliminador de toxinas do organismo e modulador do sistema imune e sua ingestão diária está correlacionada com a diminuição do risco de câncer de mama, próstata, endométrio, ovários, tireóide e estômago.
A tireóide contém apenas 50 mg de iodo, enquanto o corpo, como um todo, armazena em torno de 1.500 mg de Iodo. Toda a célula do corpo humano necessita dele e a sua concentração é maior no sistema glandular: mamas, glândulas salivares, parótidas, pâncreas, mucosas gástricas, próstata, glândulas lacrimais, sendo também usado pelos glóbulos brancos para promover a defesa do organismo contra infecções.
O que os estudos dizem
Segundo o “National Health And Nutrition Examination Survey” (NHANES), houve uma diminuição superior a 60% na ingestão de iodo nos últimos 30 anos. Hoje, podemos considerar a deficiência neste nutriente como um problema de saúde pública em mais de 120 países, pois algo em torno de 72% da população mundial é afetada por isso.
As mulheres japonesas são as que consomem maior quantidade, entre todas as mulheres no mundo. O Japão tem a mais baixa taxa mundial de mortalidade perinatal! Os japoneses ingerem 13,8 mg/dia, isso corresponde a 92 vezes a dose recomendada no Brasil e nos Estados Unidos.
A deficiência de iodo
A deficiência neste nutriente leva à formação de cistos que progridem para nódulos e formam fibroses que podem evoluir para tumores na tireóide, mamas, útero, ovários e próstata.
Existe na classe médica e na população um medo enorme de se fazer uso de iodo/iodeto, inorgânico, não radioativo, dentro de uma dosagem que é sabido ser segura e eficaz na prevenção e tratamento de várias patologias.
O Dr. Guy Abraham, uma das maiores autoridades mundiais na suplementação de iodo afirma que: “A Iodofobia médica pode ter causado mais sofrimento e morte humana que as duas grandes guerras juntas, deixando de prevenir patologias com doses diárias desse nutriente necessárias para a otimização física e saúde mental”.
A Solução de Lugol
As duas formas de iodo (Iodo/Iodeto) são usadas diferentemente por diferentes órgãos. O esófago, o estômago e a próstata usam Iodo. A tireóide, glândulas salivares e a pele usam Iodeto. A mama usa tanto o Iodo quanto o Iodeto.
A solução de Lugol é constituída de ambas as formas: Iodo + Iodeto. Por isso é a mais conhecida e receitada pelos profissionais da saúde que não fazem parte dos iodofóbicos, sendo esta solução muito eficaz na prevenção de inúmeras doenças.
O Dr. Michael B. Schachter recomenda: “A dose para tratamento ou prevenção em pacientes com insuficiência de Iodo é de 12,5 a 50 mg diárias. Sendo que 2 gotas de solução de Lugol contêm 12,5 mg de Iodo/Iodeto”.
Sem iodo suficiente, a tireóide não consegue produzir as suas hormonas em quantidade adequada para uma boa saúde. A deficiência neste nutriente é responsável pela hipertrofia da tireóide, que começa a crescer na tentativa de captar mais iodo do corpo.
O bócio pode aumentar até ao tamanho de uma laranja ou maior ainda na face anterior do pescoço, por baixo do queixo. Os distúrbios por deficiência deste nutriente são problemas sérios de saúde, como: o bócio, abortos prematuros, retardamento mental, cretinismo, mal de Parkinson, etc..
Segundo o Conselho Internacional para o controle de transtornos de deficiência de iodo, apenas 74% da população brasileira tem acesso às quantidades mínimas necessárias para evitar os males da deficiência. A adição de 20 a 60 mg de iodo por quilo de sal é muito pouco, pois o ideal de consumo projeta uma adição de 2,5 g por quilo, para um consumo diário de 5 g de sal/dia.
Renato dias
Do livro: O LIVRO VERMELHO DA SAÚDE




