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Magnésio e Envelhecimento

 

 

Magnésio e Envelhecimento

CONSIDERAÇÕES GERONTOLÓGICAS SOBRE O MAGNÉSIO

Mais do que as teorias que explicam o envelhecimento em função da perda intrínseca da capacidade de proliferação celular, tem sido focalizada recentemente a importância de fatores capazes de induzir deficiências múltiplas em vários órgãos e sistemas que tornam o organismo vulnerável à morte.

Dentre esses fatores, os neurotransmissores, em especial a dopamina, noradrenalina e serotonina merecem atenção especial por sua conexão com mudanças fisiológicas associadas com a idade, tais como ritmos circadianos, o sono e o termo-regulação. Estudos recentes têm apontado a importância capital do Mg++ no armazenamento, liberação, ação e reativação desses neurotransmissores.

É valida a especulação de que o Mg++ exerce uma influência crítica no processo de envelhecimento, sendo então um agente anti envelhecimento. Um estudo experimental revelou o déficit experimental de Mg++ correlacionado com a queda de dopamina no núcleo caudado,uma condição regularmente encontrada na doença de Parkinson. É provável que as alterações dos neurotransmissores sejam correlacionadas com distúrbios endócrinos que acompanham o processo senil.

O diabetes mellitus, fator de agravamento de hiperlipemia e doenças cardiovasculares simula um modelo experimental de envelhecimento. É curioso que o déficit de Mg++ em ratos produz uma baixa de tolerância à glicose e, alem disso, os efeitos do déficit intenso ou depleção de Mg++ são análogos às complicações do diabetes mellitus.

Distúrbios como o hipotiroidismo, feminização do homem e virilização da mulher de ocorrência comum nos idosos, podem estar correlacionados com a alteração de homeostase do Mg++ e os neurotransmissores.

 

O déficit de Mg++ pode inibir a síntese dos hormônios tireóideos, e por outro lado, níveis tanto altos como baixos de Mg++ podem reduzir a baixa de resposta de síntese protéica do ovário ao FSH.

 

Alterações do sistema imunitário como a queda funcional dos linfócitos T e resposta diminuída dos linfócitos B têm sido apontadas como indicadores do envelhecimento, e é digno de nota que o déficit de Mg++ induz alterações morfológicas e funcionais das células T paralelamente à supressão de imunoglobbulinas em ratos e camundongos. Clássicos nos estudos do envelhecimento é o aumento do teor de Ca++ paralelamente à queda do teor de Mg++ nos tecidos.

A arteriosclerose e aterosclerose não é um “sine qua non” na fenomenologia do envelhecimento, mas é uma ocorrência frequente em pessoas de mais de 50 anos, e também nas faixas etárias mais jovens, onde o déficit de Mg++ parece ser agente desencadeador, em analogia com as dietas experimentais, ditas cardiovasopáticas pobres em Mg++ e ricas em agentes calcêmicos ( fosfato, vitamina D e gorduras ), que produzem em varias espécies dentro de poucos dias extensas lesões degenerativas com calcificação e reações inflamatórias, lesões essas que são revertidas com uma sobretaxa de Mg++ na ração__ 5 a 7 vezes a taxa normal.

Há evidencias clínicas e experimentais de que o teor de Mg++ extracelular é fundamental para o controle basal em ação recíproca com o Ca++ da rede arterial coronária, cerebral e periférica assim como da musculatura lisa visceral (06). A baixa do teor sérico e miocárdio do Mg++pode provocar vasoespasmo e potenciar agentes vasoconstrictores que operam através do influxo intracelular do Ca++ (06). Assim sendo, níveis elevados de Mg++ no sangue e no miocárdio exercem uma ação protetora contra a isquemia, através da função do Mg++ como “bloqueador fisiológico do Ca++”.

Na rede arterial cerebral, foram constatados os mesmos efeitos do Mg++ bloqueando a concentração excessiva de ínos de Ca++, que provocam a vasoconstrição  e os espasmos cerebrais. Os pacientes idosos com insuficiência cardíaca congestiva e arritmia podem perder Mg++ em função da hipóxia que causa o efluxo de Mg++ dos tecidos, em especial o miocárdio (110).

Por seu turno, os digitálicos estimulam o influxo do Ca++ e efluxo do Mg++ e inibem as enzimas Mg dependentes do mitocôndrio, e não é surpreendente que o défficit de Mg++ e a terapia com Ca++ aumentam a intensidade da intoxicação digitálica, cujo remédio eficaz é a magnesioterapia. Ataques cerebrais isquêmicos transitórios de ocorrência freqüente em idosos são associados com hiperadesividade plaquetaria e outros distúrbios e outros distúrbios tromboembólicos.

Há evidências tanto “in vivo” como “in vitro” que o Mg++ pode inibir a trombogênese agindo sobre a adesividade plaquetária e prevenindo o depósito das plaquetas no endotélio lesado. Os estudos indicativos da ação do Mg++ sobre os vasoespasmos e sobre a adesividade plaquetária parecem revelantes para serem aplicadas na prevenção de acidentes cerebrais isquêmicos e ataques cardíacos.

(Continua)

Arnoldo Velloso da Costa

Texto completo:

Parte 1: Magnésio e o Envelhecimento – MAGNÉSIO EM GERIATRIA 
Parte 2: O Magnésio e o Envelhecimento – EXIGÊNCIA NUTRICIONAL
Parte 3: Magnésio e Envelhecimento – INTERAÇÕES COM OUTROS NUTRIENTES
Parte 4: Magnésio e Envelhecimento – CONSIDERAÇÕES GERONTOLÓGICAS SOBRE O MAGNÉSIO
Parte 5: Magnésio e Envelhecimento – O COLÁGENO E A TENDÊNCIA À FIBROSE
Parte 6: Magnésio, Envelhecimento e Longevidade

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