by Cloreto de Magnésio | Jul 13, 2018 | Parkinson, Resveratrol

Resveratrol e Doença de Parkinson
A doença de Parkinson foi inicialmente descrito por James Parkinson em 1817. Esta é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, depois do alzheimer, e estima-se que afeta cerca de 0,3% de toda a população e 1% da população com mais de 60 anos nos países desenvolvidos. Entre os sintomas encontram-se tremores, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural, porém, podem-se manifestar também mudanças a nível cognitivo e comportamental, tais como, dificuldade em dormir, deficit olfativo e transtornos neuropsiquiátricos.
A doença de Parkinson é caracterizada pela perda de neurónios dopaminérgicos na substância negra, perda profunda de dopamina no corpo estriado e acumulação intracitoplasmática de corpos de Lewy constituídos por agregados de proteína pré-sináptica α-sinucleína anormal, pós-traducionalmente modificada, e ubiquitina.
Estudos demonstram que existem dois fatores que levam à morte dos neurónios dopaminérgicos:
- disfunção mitocondrial e stress oxidativo,
- proteínas com conformação incorreta e consequentes agregados proteicos
Estudos in vitro em fibroblastos com a proteína parkin mutada (segunda causa mais comum desta doença), mostraram que o resveratrol recupera a capacidade respiratória mitocondrial via PGC-1α destas células. Isto resulta numa melhoria do gasto energético, assim como num aumento da capacidade oxidativa, tal como se pode verificar pelo aumento da atividade do complexo I e do citrato sintase, aumento do consumo basal de oxigénio e na produção de ATP mitocondrial e pela diminuição de lactato.
Por outro lado, estudos em murganhos de modelo da doença de Parkinson pela utilização do MPTP (1-methyl-4-phenyl-1, 2, 3, 6-tetrahydropyridine), demonstraram que o tratamento com resveratrol melhorou o deficit motor e as mudanças patológicas da doença. Segundo os autores, estes resultados deveram-se à ativação da SIRT1 e consequente deacetilação da
proteína associada ao microtúbulo 1 de cadeia leve 3 (LC3) que, por sua vez, participou na degradação autofágica de α-sinucleína anormal.
Estas observações sugerem que o resveratrol poderá ser um potencial agente terapêutico na doença de Parkinson.
Fonte: RESVERATROL: DO LABORATÓRIO À CLÍNICA, Ana Margarida Carmo Viola, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, 2016
Nota: A informação contida nesta página, não substitui a opinião de um técnico de saúde. Para um acompanhamento mais personalizado contacte o Aconselhamento Online ou “Há sempre uma solução perfeita na Casa Escola António Shiva®“
by Cloreto de Magnésio | Jul 11, 2018 | Alzheimer, Resveratrol

Resveratrol e Doença de Alzheimer
O primeiro caso da doença de Alzheimer foi observado em 1901 pelo médico Alois Alzheimer. Atualmente, esta doença é uma das doenças neurodegenerativas associadas à idade mais comuns, com aproximadamente 7% dos casos em doentes maiores de 65 anos e cerca de 40% em maiores de 80 anos nos países desenvolvidos. Entre os sintomas encontra-se a perda de memória e o declínio cognitivo dos doentes.
A doença de Alzheimer é caracterizada pela acumulação de proteínas com conformação incorreta (misfolded proteins), neuroinflamação e danos oxidativos, o que leva à disfunção sináptica e posterior morte dos neurónios.
Esta patologia é descrita pela presença no cérebro de placas senis e de novelos neurofibrilares. As placas senis são agregados extracelulares constituídos por peptídeos beta-amilóide (Aβ) que, por sua vez, são produtos proteolíticos da proteína transmembranar precursora amilóide (APP), cuja clivagem sequencial é realizada pela β- e γ-secretase,
originando os fragmentos Aβ que convergem em placas senis. Os novelos neurofibrilares são agregados intracelulares compostos por proteína tau hiperfosforilada associada a microtúbulos.
Esta doença é geneticamente heterogénea e tem sido relacionada com mutações dominantes no gene que codifica a proteína transmembranar APP e nos genes presenilina 1 e 2 (PSEN1 e PSEN2), que codificam componentes da γ-secretase.
Segundo estudos in vitro, o resveratrol tem um papel importante na inibição da agregação de peptídeos Aβ ao ligar-se a estes, prevenindo não só a formação de agregados, mas também impedindo o aumento dos agregados Aβ já formados. Além disso, o resveratrol também pode demonstrar um efeito indireto na agregação de peptídeos Aβ através da estabilização da estrutura de uma proteína transportadora, a transtirretina, que se liga às placas Aβ, prevenindo a sua agregação.
O resveratrol demonstrou ainda efeitos contra a taupatia associada à doença de Alzheimer em murganhos. Uma proteína essencial para a remoção da proteína tau acumulada, a família molecular BAG reguladora de chaperonas 2 (BAG2), foi reportada como tendo sido significativamente sobreregulada pelo resveratrol no córtex do murganho, sugerindo que o resveratrol pode ser um potencial candidato à remissão da taupatia.
O resveratrol reduziu significativamente o número de microglias ativadas num modelo animal da doença – murganhos APP/PSEN1 – sugerindo que o resveratrol diminui a neuroinflamação que ocorre na doença.
Fonte: RESVERATROL: DO LABORATÓRIO À CLÍNICA, Ana Margarida Carmo Viola, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, 2016
Nota: A informação contida nesta página, não substitui a opinião de um técnico de saúde. Para um acompanhamento mais personalizado contacte o Aconselhamento Online ou “Há sempre uma solução perfeita na Casa Escola António Shiva®“
by Cloreto de Magnésio | Jul 10, 2018 | Cancro, Diabetes, Doenças Cardiovasculares, Obesidade, Rejuvenescimento, Resveratrol

O que é o Resveratrol?
O resveratrol é um polifenol não-flavonóide que se encontra naturalmente em alguns alimentos, tais como, uvas, vinho, amendoins ou mirtilo. O interesse pelo resveratrol expandiu-se depois de ter sido identificado como sendo um polifenol ativo, que poderia ter ação cardioprotetora por inibir a agregação plaquetaria e diminuir os níveis de lipoproteínas de baixa densidade, o considerado “mau” colesterol.
Como foi descoberto o Resveratrol?
O resveratrol foi isolado pela primeira vez em 1939 dos extratos etanólicos das raízes do heléboro-branco (Veratrum grandiflorum O. Loes). Em 1976, foi caracterizado como uma fitoalexina, isto é, um metabolito produzido nas plantas induzido pelo stress como mecanismo de defesa em resposta a condições desfavoráveis, tais como fungos, bactérias, radiação ultravioleta, etc.
O Resveratrol ganhou alguma relevância na sociedade com a publicação do artigo onde era descrito o “Paradoxo Francês”. Este paradoxo sugeria que a população francesa, que consome um nível relativamente elevado de gorduras saturadas provenientes da sua dieta, tem uma taxa de mortalidade devida a doenças cardiovasculares relativamente baixa, sendo apontado como causa o consumo de vinho. Nessa altura foi sugerido que o Resveratrol seria o componente do vinho responsável pelo reduzido nível lipídico plasmático. No entanto, estas conclusões são controversas, visto que em condições
ambientais não extremas, a quantidade de fitoalexina na casca das uvas é muito baixa (0,16-3,54 µg de trans-RSV/g). Assim, o conteúdo de resveratrol no vinho é muito baixo, variável e imprevisível. Para ingerir 25 mg de resveratrol ter-se-ia que
consumir em média mais de 4 L de vinho tinto. Para além da casca da uva, o resveratrol encontra-se noutras espécies vegetais, tais como, mirtilo, amendoins e uvas.
Em 1997, uma publicação na conceituada revista Science descrevia, pela primeira vez o potencial anticancerígeno do resveratrol no cancro da pele. A partir desta publicação o número de artigos sobre o potencial do resveratrol no tratamento de certas doenças aumentou a uma velocidade exponencial.
Investigações sobre o Resveratrol
Investigações subsequentes sobre as atividades farmacológicas do resveratrol revelaram que esta molécula possui também propriedades antioxidantes, anticancerígenas e antiinflamatórias Para além disto, em 2003 resveratrol foi descoberto como sendo um ativador da desacetilase sirtuína 1 (SIRT1). As sirtuínas são uma classe de enzimas que parecem estar relacionadas com o envelhecimento e na regulação da transcrição, apoptose e resistência ao stress, como também com regulação de processos metabólicos em situações de baixa quantidade de calorias.
Nos anos que se seguiram, o resveratrol foi extensivamente estudado in vitro e in vivo nas mais variadas doenças. Alguns estudos sugerem que o resveratrol tem efeitos benéficos em doenças metabólicas, como o diabetes e a obesidade, e também em doenças cardiovasculares, cancro e doenças neurodegenerativas.
Fonte: RESVERATROL: DO LABORATÓRIO À CLÍNICA, Ana Margarida Carmo Viola, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, 2016
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by Cloreto de Magnésio | Mar 27, 2015 | Obesidade e Resveratrol, Resveratrol
Resveratrol : Para problemas de Obesidade
Em um estudo publicado na Cell Metabolism, realizado na Universidade Holandesa Maastriche University Medical Center, os resultados apontaram os benefícios do resveratrol em pessoas com obesidade que usaram uma dosagem específica durante 30 dias.
A pesquisa mostrou que usando o Resveratrol e sem mudar a dieta ou o hábito de se exercitar durante esses 30 dias, o metabolismo dos homens que participaram do estudo teve uma significativa melhora com redução de inflamação e gordura a nível hepático. Houve igualmente uma diminuição da concentração de triglicéridos circulantes.
O estudo demonstrou que os indivíduos que utilizaram o Resveratrol mantiveram a queima da mesma quantidade de energia durante 24 horas incluindo períodos em que descansavam ou dormiam. Isso fez com que os seus músculos aumentassem de forma eficiente.
Ou seja, o Resveratrol melhora a Bioquímica plasmática, melhorando a produção de energia a nível celular e diminuindo a circulação de glicose, triglicéridos e marcadores inflamatórios.
O estudo ainda concluiu que o Resveratrol reduz a pressão sistólica e melhora a sensibilidade à insulina. Com isso, as células beta do pâncreas, responsáveis por liberar insulina, passam a funcionar melhor.
O Resveratrol auxilia no aumento da mobilização de gorduras, melhorando a adaptação metabólica.
O estudo demonstra que 30 dias com a suplementação de Resveratrol promove mudanças metabólicas positivas para a saúde em humanos obesos, simulando o efeito da restrição calórica.
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by Cloreto de Magnésio | Jun 9, 2014 | Resveratrol
Resveratrol pode prevenir doenças

Benefícios do Resveratrol
O que é o Resveratrol?
O resveratrol é um polifenol que possui fortes propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, anti-cancerígenas, cardioprotectoras e fortalecedoras do sistema imunitário. O resveratrol age estimulando a actividade de uma enzima chamada SIRT1 (sirtuína 1). As sirtuínas são um conjunto de enzimas relacionadas com a ligação ou silenciamento de genes que têm a ver com a longevidade das células, e por conseguinte envolvidas na preservação dos tecidos do corpo. Particularmente, participam de um mecanismo de retroalimentação mantendo as células vivas mais tempo quando submetidas a situações de stress. A SIRT1 protege o organismo de doenças ligadas ao envelhecimento como o cancro, a Alzheimer, a diabetes. A sirtuína tem um efeito regulador muito importante na função mitocondrial, melhorando o desempenho das mitocôndrias, que são as “baterias” das células vivas. 
Benefícios do Resveratrol:
- Protector cardiovascular
- Diminui o risco de arteriosclerose
- Aumenta a resistência vascular
- Protege o sistema cardiovascular dos radicais livres
- Tem efeito vasodilatador
- Previne acidentes trombóticos
- Efeito antioxidante
- Protege do stress oxidativo
- Diminui alguns dos sintomas da diabetes
- Diminui a resistência à insulina
- Diminui a perda de memória
- Melhora a função cognitiva
- Facilita o equilíbrio lipídico
- Facilita o emagrecimento
- Facilita a regularização metabólica
- Diminui a pressão arterial
- É um Protetor Cerebral
- Previne Doença de Alzheimer
- Previne doenças degenerativas neurológicas.
- Efeito anti-inflamatório (inflamação aguda e crónica )
- Protege a cartilagem
- Diminui os sinais inflamatórios em alguns casos de artrite
- Aumenta a esperança de vida
- Diminui os sinais de envelhecimento
- Previne o cancro
- Previne as doenças do sistema cardiovascular (enfartes do miocardio, insuficiência coronária e acidentes vasculares cerebrais)
- Evita acúmulo de colesterol
- Preserva Sistema imunológico
Estudos sobre o Resveratrol
Prolonga a Vida
Em 2006, a equipa de Sinclair publicava os primeiros resultados que sugeriam que o resveratrol, composto presente nas uvas, amendoins e frutos vermelhos, era capaz de prolongar a vida de ratinhos de laboratório.
Prevenção de doenças cardiovasculares
Estudos realizados na PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), desde 1999 concluíram que o resveratrol – molécula encontrada na uva preta – podia contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares e retardar o envelhecimento.
Resveratrol e Emagrecimento
Um dos estudos mais recentes sobre o resveratrol e perda de peso, mostra que o resveratrol pode ajudar a acelerar o metabolismo e a combater a formação de células de gordura. Os cientistas descobriram que o resveratrol pode estimular a adiponectina (hormona que possui propriedades anti-obesidade e combate a resistência à insulina ). Publicado no Journal of Biological Chemistry, em 2011, o estudo testou os efeitos do resveratrol em células animais.
Resveratrol e o Cancro
Em um estudo de 2008 sobre culturas de células o resveratrol ajudou a suprimir a progressão do cancro de mama em seus estágios iniciais. Publicado na Cancer Prevention Research, o estudo descobriu que o resveratrol ajudou a evitar o estrogénio de reagir com moléculas de DNA e formar compostos que marcam o início da formação de células cancerígenas.
Resveratrol e o Colesterol
Num relatório de 2010 Molecular Aspects of Medicine, avaliando as pesquisas disponíveis sobre o resveratrol e a saúde cardiovascular, os autores do relatório observaram que o resveratrol pode ajudar a diminuir o Colesterol LDL, evitar o endurecimento das artérias e manter a pressão arterial sob controle.
Prevenção da Doença
Um estudo feito em Harvard, em Março de 2013, mostra que o resveratrol estimula a produção da SIRT1, uma ezima que bloqueia a doença por activar a energia das mitocôndrias.
Elisabete Milheiro
Fontes: http://www.pucrs.br/revista/pdf/0133.pdf http://www.cbsnews.com/news/resveratrol-does-provide-anti-aging-benefits-study-shows/ Internet
Nota:
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